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Estava sentada no almofadado perto da janela na sala de estar lendo o meu livro preferido ‘vinte mil léguas submarinas’ esse foi o primeiro livro que ganhei em toda minha vida, e um presente de meu pai que tinha sido entregue a ele por seus pais meus avós, o que o tornava ainda mais especial.
O livro continha um conto sobre a antiga Terra o planeta de onde os humanos vieram, não costumávamos usar livros com; capas e folhas liamos em pergaminhos e cilindros de metal e víamos as figuras as imagens aparelhos de imagens, foi uma insistência de meu pai que eu cultivasse o hábito da leitura de acordo com ele “nada supera a sensação de ler um bom livro”.
E ele nunca esteve, mas certo, eu já li esse livro inteiro milhares de vezes decorei cada uma das falas e além de tudo as ilustrações são incrível e muito criativas, embora tenha ganhado um incrível medo de água após lê-lo pela primeira vez.
A porta e aberta, vejo a figura de meu pai já em vestes, mas confortáveis, ele se senta em uma das poltronas a minha frente Neera logo se junta a nos se sentando no almofadado e que estava.
Continuo minha leitura enquanto eles conversavam.Pude perceber que Neera estava mantendo a sua usual distância de mim, minha história com ela é difícil, na verdade, esse dois já tinham uma história difícil antes mesmo de eu vir ao mundo.
Neera era uma nobre e também bene gesserit, ela e meu pai se conhecem desde a infância ela era sua melhor amiga ele o dela.
Ela sempre fora apaixonada por meu pai, mas ele não correspondia a ela com esse tipo de amor, ela era uma mulher linda, inteligente, bem doutrinada na ordem e rica. Mas minha mãe era tudo isso também, tanto Lady Jessica, Neera e minha mãe foram conterrâneas na escola bene jesserit.
Porém Neera passou a odiala começou a competir com ela em tudo depois de descobrir que ela era quem ocupava o coração de meu pai.
Embora ela a odiasse nunca fez nada contra sua vida ela apenas queria ser melhor... Ser vista, Neera estava sempre acostumada ater meu pai, por perto e de repente não o tinha, eles eram apontados como futuro casal desde crianças ela era a favorita para isso, e claro que ela sentiu ciúmes e normal.
Mesmo assim não adiantou, meu pai amava minha mãe e ela amava ele e não a nada que pudesse ser feito.
Apenas a morte foi capas de separá-los.
De toda forma não tenho rancor dela, nem minha mãe a odiava e sempre me disse para manter meu respeito por ela.Ela nunca fez nada contra mim, na verdade, sempre cuidou de mim com muito carinho e dedicação.
Mas as coisas foram piorando quando seus pais que eram pessoas extremamente influentes junto ao imperador conspiraram para que fosse enviada para o, mas longe possível, e claro que ele os ajudou afinal eu também era um perigo para a sucessão de Irulan.
Por conta disso ela se sente muito culpada com tudo.
Meu pai deve que casar com ela, e depois da partida de minha mãe passou a amalá, e eu sou feliz por isso afinal nunca foi meu desejo e nem seria o dela que ele ficasse sozinho para sempre....
- Então minha filha... o que fez hoje; mas um instrutor ferido? – Vejo sua corriqueira expressão de provocação se formar em seu rosto e um sorriso aparecer nos lábios de Neera.
- Pai! Quantas vezes preciso dizer.. Foi um acidente! – o vejo gargalhar de saber que suas provocações deram certo oque posso fazer tenho pavio curto e ele sabe. Nossa conversa se segui com: vou de almofadas, mas provocações de papai e risos sutis por parte de minha madrasta....
- Soube… hmm bem… Que você deve uma visita hoje- Neera se pronunciou pela primeira vez, eu que estava de pé no almofadado já com outra almofada pronta para ser arremessada na direção de meu pai se surpreendi com sua fala.
Não imaginava que ela falaria sobre isso.
Neera também não gostava dos Harkonnem, não podia impedir de me encontra com Freyd, mas podia dizer a meu pai.- Uma visita? – Questiona meu pai
- Bem… hmm sim tive – Sentei-me novamente, não pretendia contar a ele afinal, só daria, mas dor de cabeça.
- Quem minha querida? – Continuava a perguntar- veio visitala
- Freyd...- Disse baixo
- O que?
- Freyd papai, Freyd Rautha – vi seus olhos se arregalarem¬
- O QUE TINHA UM HARKONNEM NÓ MEU JARDIM! – esbravejou
- Otto mantenha a calma, Liora sabe lidar bem com ele, ela e a única que consegue, sabe disso, ela está bem – falou Neera numa tentativa de acalmá-lo
- Eu não permiti a entrada desse ser em minha casa! – ele estava realmente ofendido – Quem permitiu – questionou, só por nossa falta de resposta ele já sabia
– Gaius... Não é – ela era a única que passaria por cima de uma ordem dessa – Já deveria imaginar
O clima passou realmente de agradável para tempestuoso muito rapidamente
Meu pai se ajoelhou em minha frente para ficar da altura de meu olhos já que estava sentada- Minha filha.- Pegou em minhas mãos – Não se preocupe logo você estará segura e longe de qualquer problema e em um lugar que gosta... Me perdoe por não mantê-la segura – Infelizmente era isso que meu pai tinha medo.
Medo de não poder manter sua família em segurança ele tinha medo de não ser a figura de força para nós e eu odiava que ele pensasse assim por que ele era, era o meu porto seguro.
- Pare com isso pai, você me mantém segura… eu me sinto segura não aconteceu nada eu estou bem- Mas estará ainda mais longe daqui – podia ver seu semblante triste – Agora vá é hora de se recolher – Iria tentar falar com ele, mas Neera pediu para que eu o obedece-se e... Ela falaria com ele por mim.
Eu Estava em meus aposentos, sentada em frente a minha penteadeira esperando por Neera, ela sempre penteava meu cabelo antes de dormir, mas ela estava demorando muito, tanto que acabei me entregando ao sono.
Adormeci na cadeira em frente ao espelho e então desisti de esperar e me deitei
....
Eu sentia a água em meus pés a brisa fria, mas reconfortante em meu rosto, os vales verdes o imenso mar a minha frente, eu já sabia onde estava Caladan... e senti novamente a presença de alguém ao meu redor como todas as noites... Paul me vire e o viLindo... Podia ver o vento bater em seus cabelos ele olhar em direção ao horizonte e para mim outra vez seus olhos me olhavam com uma mistura de curiosidade e carinho. De repente várias imagens soltas começam a parecer em minha mente era sempre as mesmas; areia, naves, fogo, clamor e pessoas, olho para Paul outra vez e o vejo em meio ao deserto ele não exalava nada, mas que poder, olhando para baixo, levantando suas mãos e proclamando algo… não podia ouvir muito bem, mas o pouco que conseguia compreendi… Paraíso era isso que falava
Ele se virou para mim, seus olhos estavam completamente azuis...parecia uma mistura de deus da guerra é sol... olhou para mim e eu senti em seus olhos que ele exalava uma súplica quase como uma oração… e quase como se ele estivesse… adorando, mas oque?
De repente estávamos novamente em Caladan e então chamei por seu nome- 𝐏𝐚𝐮𝐥...
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DUNA - 𝕿𝕸𝕻𝕰𝕽𝕴𝕺𝕸
Science FictionIndesejada, odiada, fruto de um pecado. Mas com um sobrenome imponente o bastante para que quem quer que fosse não pudesse exibir suas insatisfações quando bem desejar. Essa era Liora Corrino de longe a membro mais misteriosa da família dominadora d...