DUNA - 𝕿𝕸𝕻𝕰𝕽𝕴𝕺𝕸

.𝐌𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨

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.𝐌𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨

Era uma noite quente no Castelo Caladan e a antiga pilha de rochas, que servira como lar para a família Atreides por vinte e seis gerações, exibia aquela atmosfera suarenta que costumava adquirir antes de uma mudança no tempo.
E que mudança! Caladan estava preste adquirir uma nova duquesa e não havia criatura, mas curiosa do que o herdeiro ducal.

Paul sempre fora um rapaz extremamente curioso, mas se saciar ele tinha seus mapas, cilindros leitores, caixas de imagens e livros. Porém, sua noiva sempre fora uma incógnita, desde de seus quatorze anos, quando soubera que a mão da princesa tinha sido concedida a ele.

Ele não sabia muito, as únicas coisas que tinha conhecimento sobre sua noiva foram as poucas que lhes foram contadas e que ele furtivamente descobriu.
Eram essas; Que a garota era filha do príncipe Otto aquele que tinha o imponente título de Leão Corrino, que ela era herdaria alguma coisa muito importante, mas ele não fazia ideia do que era, e que ela era uma lady Bene jesserit  que era frequentemente treinada por seus mestres de armas Duncan e Gurney e isso lhe rendia vários tipos de comentário dos memos durante suas práticas como:

“Se continuar nessa moleza ela vai te esmagar”

“Sua noiva já teria me derrubado há cinco minutos.”

Ou

“Que as estrelas tenham misericórdia de você”

“Está vendo essa cicatriz foi ela que me deu”

Tudo isso mexia tanto com seu orgulho como com a curiosidade e a vontade de conhecê-la. Ele havia interrogado a mãe, o pai e até o avô e a única coisa que lhe era dita era que ela era bela como um céu estrelado e que ele deveria ser, mas paciente.

Mas, como ele poderia, ela seria sua esposa e companheira para toda a vida, e ele não tinha ideia de como era sua personalidade, se eles combinariam, se teriam o que conversar, se ela era divertida ou pelo menos se gostaria dele.

A única menina que tivera um contato, mais íntimo em sua vida fora a pequena Faeera a única amiga que tivera na infância, ela fora sua companhia preferida. Ela era, mais nova que ele, apenas algumas messes, o que facilitava sua comunicação e interesses em comum.

A coisa que mais apreciavam fazer juntos era nadar nós rios de Caladan e discutir curiosidades sobre seus livros preferidos.

Mas precisaram se separar, quando comemoraram seus setimo aniversário, ele se lembrava bem da época, fora um dia que chorara até adormecer a esperara por horas, dias, semanas, messes e anos… que mentira ele ainda a esperava.

O único momento que passara a se importa por outras menina com outra coisa foi quando a garota misteriosa começara a aparecer em seus sonhos, antes ele era como uma sombra a única coisa que ele podia ver dela eram pequenos fleches, conforme o tempo foi passando ele passou a vela e ouvi-la nitidamente e as semelhanças que ela tinha com sua querida amiga o assustavam, Paul até começou a pensar que tão garota era um devaneio de seu cérebro que tentava de alguma forma manter as memórias de sua amiga vivas, por isso as semelhanças, mas conforme o tempo foi passando os sonhos passaram a ficar cada dia mais lúcidos ao ponto de parecerem memorias.

E a preocupação evidente de sua mãe quando ele lhe contou sobre os sonhos a infeliz visita da reverenda madre em sua casa e o maldito teste ao qual foi submetido só aumentaram mais ainda suas dúvidas sobre a garota.

Agora, com a aproximação do casamento, ele não sabia se contaria a sua futura esposa sobre seus sonhos. Afinal, que mulher gostaria de saber que seu marido sonhava com outra.

Ele tinha opção de não contar, mas não era isso que ele desejava, ele queria um casamento feliz, feito de amor, carinho e respeito, assim como o de seus pais e ela sabia que nada disso era construído a base de mentiras.

Mesmo que não a conhecesse, e não a amasse, ele tomou a decisão de acordar todos os dias e mudar seu coração se ela fosse uma boa pessoa e tão empenhada em fazer esse acordo funcionar era só questão de tempo e ele a colocaria em seu coração por que parte de sua mente ela já tinha.

Logo, todas suas dúvidas e questionamentos seriam respondidos afinal amanhã ele iria finalmente conhecê-la.

...

Pude sentir a brisa gelada da manhã abraçar meu rosto, eu estava próximo do mar, os vales verdes de Caladan brilhavam com a luz fria do sol

Mas eu não estava sozinho, olhei para minha frente é então a vi, com metade de suas pernas na água... Ela se virou para mim e sorrio...lindo... lindo sorriso, eu sentia carinho por ele afinal ela me acompanhava todas as noites... em meus sonhos olhei novamente para o horizonte

Mas já não estávamos, mas em Caladan, várias imagens soltas começaram a surgir em minha mente; areia, naves, fogo, e clamores, olho para minha frente e vejo pessoas muitas pessoas, pude me ver no deserto, vi a mim mesmo proclamando algo...algo que não sabia o que era, mas eu ouvia em minha mente...𝐏𝐚𝐫𝐚𝐢𝐬𝐨

Viro-me novamente para atrás, e pude vela outra vez, ele estava com roupas diferentes tinha um véu e pequenas joias prateadas sobre a cabeça e um pano cobria sua boca o que deixava seus olhos completamente azuis em destaque

A visão que tinha dela não era nada, mas que divina ela parecia uma força da natureza e tinha uma forte energia maternal e feroz...sentia que deveria me ajoelhar aos seus pés e adorá-la

Pisquei e estávamos novamente em Caladan

Com ela ainda olhado para mim

-𝐏𝐚𝐮𝐥...

...

Sonhando... eu estava sonhando outra vez

E quando a aurora tocou a janela do quarto com sua luz amarelada ele a sentiu através das pálpebras fechadas; abrindo-as, ouviu a agitação renovada do castelo, vendo o padrão familiar das vigas do teto.

A porta do corredor se abriu e sua mãe apareceu com cabelos de um bronze pálido presos em coque por uma fita negra. O rosto oval e os olhos verdes a fitá-la com solenidade.

— Já está acordado... Dormiu bem?

— Sim.

Ele observou seu porte esbelto e percebeu o indício de tensão em seus ombros, outro não teria notado essa tensão, mas ela o treinara bem nos ensinamentos Bene Gesserit, nas observações das minúsias e claro que ele estava nervosa afinal hoje era o dia.

-Paul querido, se apresse logo eles estarão aqui

- Sim, mãe – ela deixou o quarto, tudo já estava pronto apenas me esperando, banho quente minas roupas oficiais toda a casa e convidados ambos esperando para a chegada da futura Duquesa

Após pronto os cervos deixaram meus aposentos

Sente-me em frente minha janela, e repassei mentalmente as coisas que seu pai e sua mãe o advertiram sobre, como: seja gentil e educado e não fique enchendo a moça de perguntas, Kaitan e um lugar muito diferente de Caladan em termos de costume então a ajude a se adaptar, mas com cuidado para não ofender a jovem dama, a família de Otto e muito popular entre as grandes casas e teremos muitos convidados aqui então não de espaço fazendo coisas que possam causar falatório pertinente, os Corrino pressão muito pelo espaço pessoal então não se aproxime muito da princesa ou a toque sem permissão e a mais importante, Otto é um pai muito ciumento e ele tem apenas uma filha então seja cortes, porém não demais.

Esses eram os pontos, mas importantes e que ele se recordava.

Batidas na porta

- Entre – respondi

- Jovem mestre – o cervo se curva – E o momento...𝐄𝐥𝐞𝐬 𝐂𝐡𝐞𝐠𝐚𝐫𝐚𝐦

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