Ou se torne forte, ou morra

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E então, os dragões começaram a cair em cima dos vikings transformando em uma batalha mortal e sangrenta, os dragões atiravam os vikings nas águas obrigando-os a recuar aos poucos, mas, os vikings não iam desistir, começaram a usar suas bolhadeiras e flechas, fazendo alguns dragões caírem transformando em uma batalha térrea, os dragões usavam suas mandíbulas poderosas para quebrar as armas e armaduras dos vikings, e os vikings usaram seus punhos para encurralar os dragões fazendo assim uma batalha equilibrado, não podia-se dizer quem ganharia, mas algo parecia estranho, Grimmel não se moveu um centímetro para lutar, ele parecia estar tramando algo, como um plano, ele agia como se finalmente tivesse surgido sua oportunidade, e então Soluço viu Grimmel ir em direção aos navios incendiadas pelos dragões, eles estavam fazendo um verdadeiro estrago, se a praia não fosse de arreia, ou algo não inflamável, toda uma floresta estaria consumida pelas chamas, realmente o poder de fogo dos dragões era inigualável, essas criaturas protegeriam seu lar de todas as formar possíveis, Soluço e Banguela foram em direção à Grimmel, impedir que ele fizesse qualquer tipo de trapaça nessa guerra, Grimmel entrou no navio e nem se importava com o fogo, parecia que ele estava andando em plumas de algodão, sua tranquilidade frente a situação de guerra era assustador, ele possuía um sorrinho de lado, sarcástico, Banguela começou a planar em torno do navio dando pequenas voltas nele, eles tentavam ver o Grimmel poderia estar tramando, até que no meio da fumaça escura, em meio ao fogo, eles viram caixas e mais caixas cheias de flechas envenenadas, caixas o suficiente para encher um arsenal delas, Soluço se assustou eles tinham que fazer algo, se essas flechas chegarem aos vikigs, eles abateram todos os dragões do ninho, criando assim um massacre, mesmo que o veneno não seja mortal o fato de enfraquecê-los, irá tirar a vantagem que eles poderiam ter nessa guerra, além de que... isso seria sujo, e desprezível, era o tipo de estratégia que seu pai adorava usar, e Soluço tanto odiava, e sentia nojo (P.S)" Por que eles tem que ser assim? Eles falam tanto de honra, caráter, sendo que eles usam desses meios para vencer, já não basta o estrago que estão fazendo? Tem que fazer um massacre ainda?... Por que?" Isso dava a Soluço um sentimento de tristeza e confusão, não havia sentido eles fazerem isso, sendo que... eles valorizam tanto a honra, será que fazer essas coisas significa honra? Ou a possibilidade de uma derrota seria mais desonroso do que a trapaça? Soluço não permitiria que isso acontecesse, então... ordenou a Banguela que ele atirasse fogo contra as caixas, para que Grimmel não pudesse usá-las nessa guerra, aprincipio, Soluço não tinha se preocupado tanto, afinal era direito dos dragões defenderem seu lar, porém, agora que realmente aconteceu, ele sente um arrependimento amargo, ele não imaginária que uma guerra pudesse ser tão horrível, mesmo tendo motivos, mesmo os dragões estando certos, ainda assim... guerras devem ser evitadas, elas machucam não só fisicamente, mas, também psicologicamente, afinal ninguém iria querer ver corpos caídos nas areias grosseiras e umidas de uma praia, perante o entardecer do sol, esses corpos provavelmente serão jogados em valas comuns, embora eles façam uma celebração para honrar os que já foram, mas, de que adianta sendo que estão todos a sete palmos do chão? E também todos esses dragões mortos seram feitos de matéria prima, usaram seu couro, e os transformaram em troféus, para pendurar em suas paredes, esse é o destino que algum de nós, iria gostar de ter depois da morte? Óbvio que não, tudo isso não passa de crueldade, a guerra só nos mostra nossa verdadeira face, Banguela destruiu totalmente o navio em que Grimmel estava, com seus tiros, podia-se ver as chamas engolindo o navio e tudo que a nele, mesmo estando nos águas da praia o fogo não se importou, ele continuou a queimar, seus mastros estavam caindo lentamente, Grimmel... estava correndo de um lado para o outro ele tinha que pular no mar era sua única opção, porém... o mastro principal que estava prestes a cair, fez ele recuar, e com isso, algo bastante inesperado aconteceu, Soluço não esperava por isso, ainda da mas aquele ser ... Banguela atirou na base do mastro principal, fazendo-o cair em cima de Grimmel, a única coisa que se ouviu, foram os gritos de Grimmel ao ser atingido pelo mastro incendiado, Soluço involuntariamente estendeu a sua mão e disse o nome de Grimmel, ele não esperava por aquilo, foi muito derepente, (P.S) " Ele... realmente... se foi? Realmente tudo acabou?" Soluço nem teve tempo para reagir adequadamente, pois ele escutou um grito conhecido, embora existem muitos dragões da mesma espécie que ela, ele sempre saberia reconhecer, independente de quanto tempo passasse, eles saberiam se reconhecer até mesmo vendados, por isso ele soube perfeitamente quem era, mesmo não querendo se virar ele tinha que fazer, se não ela poderia morrer, então, ele e Banguela se voltaram para a região do grito, procurando entre todos os presentes, era difícil de enxergar, havia muita areia no ar, e sangue se misturando com as águas do mar, era uma visão da mais pura dor, e ódio, mas no meio de tanto massacre, ele viu... um certo dragão lutando contra um viking qualquer, porém, com um corte centralizado em seu olho, ia do topo de sua cabeça até o começo de seu pescoço, "Valka!!" Ela possuía um olhar intimidante, não se abalava, mesmo depois do golpe  ela não recuou ou cedeu sua compostura, continuou com seus ataques, suas garras devolviam toda a dor de seu olho, o vikings foi arremessado longe, e então Banguela desceu para ajudar Valka junto a Soluço, após descer Soluço ignorou a dor em sua perna e correu até Valka a abraçando, ela possuía alguns pequenos machucados superficiais, mas mesmo assim Soluço se preocupou muito, " Valka tenha mais cuidado por favor, e-eu sei que você é a líder... mas eu não quero te ver tão machucada" Banguela também se aproximou dela, a cumprimentou cum grande respeito, mesmo ferida ela continuava lutando bravamente, levantando aqueles que estavam caídos no chão, protegendo os feridos, fazendo tudo que um líder de verdade deveria fazer, Valka era um exemplo a ser seguido, nem mesmo ele poderia se compara com ela, não chegava nem aos seus pés, tudo que ela fez na batalha, a fez mais forte e mais digna de respeito e conduta, Banguela fez uma reverência para demonstrar seu enorme respeito, e a ajudou a se levantar mesmo ela dizendo " Eu não preciso de ajuda, eu que deveria estar ajudando!" Mas Banguela retrucou " Se você precisar de ajuda quem vai te dar? Por isso que existem... companheiros"  Valka acabou sedendo, ela sempre procurou pela paz sozinha para seu povo, não queria que ninguém se machuca-se, mas... realmente, quem a ajudaria se ela precisasse? Nesse momento de guerra, se não se ajudarem, nunca iriam conseguir vencer " Obrigada..., ha Banguela, esse nome sempre me fará rir" Soluço usou uma lança jogada ali para se apoiar pois sua perna ainda está doendo, mas ele se acostumou e começou a ignorar essa dor constante, pois, mais um ferido de guerra não ajuda em nada, então, era melhor juntar suas forças para não se tornar um estorvo, até que derepente ele sentiu algo, era estranho parecia como se algo fosse atingi-lo, como se seus sentidos falassem que ele está em perigo, então ele balançou sua lança, e se preparou para receber algum ataque, e então ele veio, dizendo
" Saia do caminho Soluço" aquele viking qualquer não aceitou sua derrota, e agora estava vindo para cima de Valka, porém, Soluço estava no caminho... ele não sabia o que fazer... se ficasse ali iria ser morto... e com isso ele agiu de acordo com seus instintos... de sobrevivência... e então, lançou sua lança a sua frente em defesa de Valka e de si,  perfurando o peito do viking e o matando no mesmo instante, sangue respingou em seu rosto, ele sentiu o gosto de sangue escorrer pelos seus lábios, e ele viu uma visão tenebrosa, o viking morto em cima de si, seu sangue escorria pela lança e chegava em suas mãos, seus olhos estavam estáticos, concentrados em Soluço, ele podia se ver no reflexo dos olhos daquele homem já sem vida, ele sentiu seu peito apertar, um enjoou no estômago, jogou o homem para o lado, e  repensou no que fez, como ele pode matar alguém?... Ele realmente fez isso?...Por que?.... O que ele fez? Porém... após alguns segundos, ele pensou melhor... e se perguntou, por que não fazê-lo? Se sentiu um pouco mal por seus pensamentos e por... não sentia nada, era como se fosse... justo, como se... ele não sentisse culpa nenhuma, e se tivesse que fazer de novo... faria, era o justo? Eles matam sem dó, quem é diferente deles, seja de espécie seja de seus próprios iguais, eles sempre julgam, humilham, espancam e matam como se não fosse nem ser vivo, então não era errado devolver o que o viking fez, assim como ele havia feito com seu pai na época, Soluço tinha que cair na real, ele havia feito uma promessa e para cumpri-la, ele estava disposto a fazer de tudo, e além de que ele não seria injusto, não poderia ser cego com tudo que estava acontecendo, aquilo era uma guerra, e numa guerra, se você não for forte você morre, se você não for útil você morre, então não há o que fazer, Soluço vai lutar nessa guerra, mesmo ferido, mesmo enojado, mesmo sem experiência alguma em batalha, ele reergueria seus amigos e companheiros, e com a ajuda de Banguela, eles começaram a ajudar aqueles que estavam caídos. Soluço não tinha uma arma própria, ele usava o que estava ao seu alcance, como espadas, lanças, escudos e arcos e flechas, e utilizava seus instintos de sobrevivência, para atacar, desviar e prever ataques de seus inimigos, ele atacava por baixo devido a sua perna machucada, mas isso não impedia, que ele derruba-se os vikings, seus golpes iam de baixo para cima, agachado ele esfaqueava todo o viking conforme ia subindo sua lança e quando chegava no peito, ele perfurava os corações podres dos vikings, fazendo seus inimigos terem um encontro com a morte, e recebendo uma viagem só de ida para o submundo por que nem mesmo, Odin ou o justo deus Forseti, teriam piedade de suas almas, esse era o preço a se pagar ao entrar em uma guerra, não existe as grandes recopensas que seriam dadas aos vencedores, apenas a angústia, a dor, e o sofrimento, é esse o resultado que as guerras trazem, Soluço só podia contar consigo mesmo, e com Banguela, tinha que ter força para não ser morto, e contar com seu senso de justiça, para enfrentar o que vinha pela frente, a visão que teria depois de tudo acabar, lhe causava tremor, mas, não era hora de pensar no futuro, e sim no agora, por que se não, ele não teria um futuro para imaginar.

● Boa Noite○
♡ Obrigada por ler♡
Até o próximo capítulo》
Grimmel morreu,




¿Ou será que não?

Se Soluço não fosse um viking Onde histórias criam vida. Descubra agora