Ele me chamou de filho?

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Soluço deu uma última limpada em suas lágrimas, e entrou em casa, mas ao fechar à porta sentiu uma presença intimidadora, era ameaçadora, essa presença ele conhecia bem, era à presença de seu pai, mais especificamente quando estava com raiva, muito provavelmente foi provocada pelo fracasso da busca
" Onde você esteve Soluço?" Perguntou com sua voz firme e sem abalo, diferente dá de Soluço que era trêmula e fraca... não ouve resposta
" Soluço onde você esteve? Por que não estava no abrigo?" sem resposta
" Você sabe que não deve sair durante um ataque, ou ainda uma busca, sabe muito bem que diminui a quantidade de guerreiros" ainda sem resposta
" Soluço você está me irritando com esse silêncio!" Ainda sem resposta alguma, Stoiko já estava sem paciência, ele respirou fundo e disse " Para o seu quarto, agora!"
Soluço subia as escadas, o que pareceu uma eternidade, o rangido da escadaria devido ao peso e tamanho de Stoiko, arrepiava Soluço, e a respiração acelerada e irada faziam seu coração quase pular pelo boca
" O que será que ele vai fazer dessa vez?"
Ao chegar no quarto " Sente-se" ordenou Stoiko, Soluço se sentou em sua cama, "Soluço, o que está me irritando não é o fato de eu não saber para onde você foi, e sim por você não estar me respondendo, dando à entender que você fez algo de errado, é isso que eu quero saber agora, Yn-Soluço Haddok III o que foi que você fez enquanto eu, Bocão e outros guerreiros estávamos na busca?" Soluço percebeu o que Stoiko queria dizer, mas ignorou, pois ele não aceitaria que seu pai envolvesse Bocão,a pessoa mais importante para ele, nesse tipo de " conversa"
" N-não m-mencione o nome dele num m-momento como esse" à única resposta dada por Soluço nesse tempo todo, porém, ela não alegrou Stoiko
" Como é Soluço?"
" E-eu d-disse para não mencionar o-o nome dele" repetiu Soluço nervoso, sabia que se contrariasse seu pai, coisas ruins iriam acontecer, mas... mencionar Bocão alguém tão bom para ele em um momento como aquele, um momento de completa intimidação, medo, ameaça e tristeza, era como envolver ele nisso, e Soluço não aceitaria isso, involuntariamente ele rangeu os dentes, isso só piorou à situação, seu pai notou o movimento dele, e não se aguentou mais, levantou sua mão e...-TOC TOC-... várias batidas fortes foram dadas na porta da casa Haddock , Stoiko pretendia continuar, porém, uma voz conhecida foi ouvida " Oii, Stoiko abre à porta tenho boas novas", Soluço não cabia em si de alivia achou que ia acordar com um olho roxo, Stoiko se virou e disse
" Fique aqui enquanto eu- não... melhor, venha!"
Isso surpreendeu Soluço o que seu pai queria, (P.S)" Ele vai realmente levar essa situação para outra pessoa, que não seja nós? Como? E por que ,justamente, o Bocão? Podia ser qualquer um, literalmente qualquer um, mas por que Bocão?"A descida foi igual à subida, durou uma eternidade.
E lá estava ele, com um sorriso no rosto, aliviando toda à tensão anterior " O que foi Bocão?" " Nossaa, que jeito é esse de receber um velho amigo?" Ambos entraram na sala e se sentaram de frente para o outro
" Então o que você tem pra me contar, Bocão?"
" Então... reconhece isso" disse Bocão mostrando algo que arrepiou até à espinha de Soluço " Um, mangual... ah onde você achou ele? Estava o procurando" (P.S) " Que droga, como que acharam? Apesar que... eu não me preocupei em esconde-lo" Soluço se arrependeu amargamente de não ter tentado escondê-lo, nem que minimamente, Bocão riu da reação de Soluço e disse " Bom... me diga você, Soluço?" Soluço não acreditava no que estava acontecendo, será que Bocão descobriu? Como? Antes de Soluço falar qualquer coisa, Stoiko se levantou e questionou o Bocão de como acharam seu mangual, e por que ele estava acusando Soluço
"Bem Stoiko, você sabe que Grimmel ficou mais um pouco para procurar de novo, porém ele encontrou esse mangual com a letra "H" é à sua marca, né? Então ele voltou para devolver, e a respeito da "acusação", o lugar onde Grimmel achou é próximo da onde Soluço vai escondido as vezes, acho que para brincar, agora à pergunta que eu quero fazer é para o Soluço, o que você foi fazer lá com um mangual de seu pai, filho?" (P.S)
" 'Filho'? Ele me chamou de filho? Mas por que? Eu não consigo... raciocinar direito... devo ter escutado errado... não deve ser nada... mas... é a primeira vez que ele me chama assim... não consigo segurá-las..." Soluço começou à chorar e soluçar, histericamente, ele nem tentou parar as lágrimas, sabia que elas iriam continuar à cair, Stoiko e Bocão se assustaram com à reação de Soluço, Bocão foi o primeiro à abraçá-lo dizendo
" O-o que foi garoto? Qual o problema, caramba eu não sei o que fazer nessas situações, Stoiko ajuda aqui, ele é seu filho" Stoiko estava levemente assustado, depois que Soluço cresceu, ele nunca tinha chorado desse jeito, pelo menos, não na frente dele, Bocão carregou Soluço até o quarto e o colocou em sua cama, o cobrindo com um cobertor fino (P.B) " Á noite está fria, talvez mais uma coberta não seja ruim, ele possui uma saude delicada" e colocou mais uma coberta em Soluço, aos poucos ele foi se acalmando do choro, espontâneo aparente, Bocão decidiu não perguntar o motivo do choro para que ele não voltasse à chorar (P.B) " Eu não vou saber o que fazer se isso acontecer de novo".

Se Soluço não fosse um viking Onde histórias criam vida. Descubra agora