Cap. 6

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POV: Catarina

A campainha tocou. Me levanto do sofá e vou até a porta. Posiciono o rosto no olho mágico. Ah, claro! Era só o que me faltava. Fabrício está aqui. Meu ex namorado. Isso não é bom.

Abro a porta e ele está lá. Em pé, como se nada tivesse acontecido entre a gente. Fabrício me traiu uma vez, e não foi nada legal, já que simplesmente foi com minha melhor amiga. Além da traição dele, tem a dela também. Esse é o pior.

Como eu descobri? Bom, naquela noite os dois estavam aqui, na minha casa, mas fui fazer algo pra gente comer enquanto eles estavam na sala. Voltei e os dois estavam simplesmente se agarrando. Literalmente. Acabei descobrindo também que eles ficavam às escondidas já tinha uns dois meses.

Eu estava com Fabrício há quase um ano. Mas terminei com ele quando descobri. Já tem quase dois meses que terminei. Mas não sei porquê raios ele insiste em voltar. Mas eu não vou voltar com ele nem que me paguem.

— Por favor, Catarina! Volta comigo! — Ele diz, com as mãos juntas. Coitado, nem sei se tenho pena ou raiva.

— Não, obrigada pela oferta! — Digo debochada. Fecho a porta, mas sou impedida.

— Se não voltar comigo vou te bater! — Ele ameaça, levantando a mão. Me encolhi um pouco. Dinho aparece atrás de mim. Ainda bem que tem cinco homens comigo nessa casa.

— Ah, meu querido. Tu não vai bater em ninguém, se não quem vai apanhar nessa porra vai ser você mesmo. — Ele ameaça Fabrício. Logo todos os meninos estão atrás da gente, encarando Fabrício.

— E você acha que é quem pra falar assim comigo, ô cabeludo? Eu sou namorado dela!

— Não, não é não. Eu terminei com você dois meses atrás quando vi você e Larissa se pegando no sofá da minha casa! — Enfatizo, para deixar bem claro do que aconteceu.

— Mesmo que tu fosse namorado dela, não poderia agredir ela. Se tu não meter o pé daqui agora, a gente deforma tua cara. — Samuel fala.

Do nada esse retardado deu um soco no rosto de Alecsander. Óbvio que ele não ia deixar barato. Dinho devolveu o soco, só que bem mais forte. Meu ex caiu no chão, Dinho se posicionou no corpo dele e deu mais alguns socos. E é claro que eu ia me meter. Puxei o mesmo de cima de Fabrício e foi minha vez.

— Olha aqui pra mim, seu filho da puta, da próxima vez você vier mexer comigo ou com meus amigos, pode ter certeza que quem vai sair da briga mais uma vez cheio de sangue na cara vai ser você. — Eu disse segurando a gola da camisa dele.

O mesmo saiu andando cambaleando da minha calçada.  Voltamos pra dentro da casa. Pedi perdão pelo ocorrido.

— Aí, gente, desculpa. Não queria que a nossa noite fosse desse jeito.

— Que isso, Pitchula, tá tranquilo. O importante é que você está bem. — Bento fala.

— É isso, aí. — Sérgio concorda.

— Mas o que houve com vocês exatamente? — Júlio diz.

— Bom, houve uma noite em que ele e minha ex melhor amiga estavam aqui. Nós éramos amigos, então eu confiava neles. Fui na cozinha fazer pipoca, e quando voltei vi os dois se agarrando no meu sofá. Eu ainda descobri que os dois estavam tendo um caso por dois meses antes do término. Ele tem me perturbado. Aparece aqui de vez em quando, umas três vezes no mês querendo voltar comigo. Ás vezes telefona.

— Nossa, mas os dois são babacas mesmo. — Dinho fala, nesse momento percebo que ele estava com um corte no supercílio, estava sangrando um pouco.

— Ah, seu supercílio está sangrando. Vem cá que a gente vai ver isso.

— Não precisa, Pitchula. Estou bem. — Ele recusa.

— Nada disso, não vai doer. — insisto, o puxando do sofá e subindo com o mesmo atrás de mim.

Trago-o até meu quarto de novo. O corte foi um pouquinho fundo, mas não precisa de pontos. Ele senta na ponta da minha cama e eu vou pegar o kit de emergência no banheiro. Me sento do lado dele e o viro para que eu possa limpar.

A gente fica no silêncio, pois estou concentrada. Pego um pedaço de algodão e molho com um pouco de álcool. Passo no corte e ele pisca o olho com cara de dor.

— Foi mal. — Me desculpo.

Pego uma mini gaze e passo um remédio de spray nela para cicatrizar mais rápido. Posiciono no machucado e coloco um esparadrapo por cima para fixar. Pronto!

— Acabou? — Ele questiona.

— Sim, você pode tirar amanhã de tarde para secar mais rápido.

— Tá bom, muito obrigada, Cat! Sério, você foi incrível.

— Ah, eu que peço obrigada! Sério, vocês me salvaram, eu não sei o que faria se estivesse só.

Não sei se era impressão minha ou os nossos rostos começaram a se aproximar. A gente se encarou un pouco. Aproximamos mais e... Bum! Nossos lábios se tocaram, foi como um puro choque. Nossas bocas estavam em sincronia. Ele pediu passagem para a língua e eu cedi.
Passo minha mão por seu peitoral, subindo até a nuca. Ele passa a mão pela minha cintura, entrando dentro da blusa. E é claro que a falta de ar veio. Nos separamos e sorrimos um para o outro. Damos mais dois selinhos pra fechar.

— Agora temos que ir. Os meninos estão esperando. — fecho a maleta do kit e ponho em cima da minha mesinha de cabeceira. Levantamos e fomos em direção à porta. Sinto um puxão na mão.

— O que foi, Alecsander Alves Leite?

— Quero um beijo! Mais um! — Ele pede.

Dou um beijo rápido, mas carinhoso. Descemos com as mãos meio dadas.

— Oxi, por que o Dinho tá com gloss e a Catarina tá sem? — Hinoto questiona.
Lembro de que nossas bocas devem estar rosadas e coro rapidamente. Senti as bochechas queimando.

— Foi o que eu percebi também. — Sérgio comenta.

— Bom, essa moça aqui tem um beijo maravilhoso. — Olho pra cara dele que estava com um sorriso de orelha à orelha.

— Eu sabia! — Júlio exclama.

Os meninos começam a girar em torno de nós pulando e gritando. Comecei a rir e não consegui parar.

Eles param de girar e se acalmam. Olho o relógio da parede para conferir o horário. Já são 19:00 da noite, o tempo passa muito rápido.

— Nossa, já são 19:00 horas! Passou rápido. — Comento surpresa.

— Nossa, temos que ir então. — Samuel diz.

— Ah, é, mamãe papai vão questionar. — Sérgio diz.

— Tá legal, os irmãos Reoli primeiro, depois o Júlio e o Bento por último. — Dinho fala.

— Ok! — Júlio e Bento concordam.

— Cat, obrigada por nos receber, esse bando de marmanjo. — Júlio agradece fazendo careta.

— Que isso, foi ótimo poder passar o dia com vocês. E eu que agradeço por mais cedo.

— Quando precisar é só chamar! — O Japonês diz.

— Obrigada! — Agradeço.

Pego o número de todos eles e eles pegam o meu. Me despeço dos mais velhos e eles partem. Entro na casa e tranco tudo. Desligo a TV e as luzes.

Subo e tomo um banho rápido. Me visto com uma roupa confortável e me deito. Mais um dia concluído!

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Oi, Xuxuuuuss!
Como vai a vida?

Gostaram desse EP? Ficou legal, né?
Foi badalado!

Quantidade de palavras: 1188
Escrita: 11/07/2024
Publicada: 11/07/2024

Te vejo na Brasília ~ Dinho Alves Onde histórias criam vida. Descubra agora