Cap. 3

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POV: Catarina

Se vocês acham que eu não vou ligar para o Dinho, estão muito enganados. Ele é bem engraçado e bonito. Não teria o porquê não ligar.

São 15:00 do dia seguinte ao último acontecimento do restaurante. Eu não trabalho todos os dias, só quinta, sexta e sábado. E hoje é domingo. Além disso, tenho uma vantagem que posso simplesmente tirar folga alguns dias, ótimo isso.

Pego o guardanapo e disco o número no telefone. Chama. Chama. E... Finalmente ele atende!

Ligação on

— Alô? Quem fala?

— Oi, Dinho! Lembra de mim? É a...

— Catarina! Minha bela moça. — Ele me interrompe, lembrando, provavelmente, pela voz.

— Eu mesma! É... Então, o que podemos fazer?

— Olha, faço parte da Utopia agora, estamos num ensaio na casa do Sérgio e do Samuel. Quer vir nos assistir? Você tá livre?

— Ah, seria ótimo! Me passa o endereço que já já estou aí!

Ligação off

Dinho me falou o endereço, anoto num caderninho e me despeço dele. Já estava tomada banho, só tinha que colocar uma roupa melhorzinha.

[...]

Chego no endereço. Bato palma até alguém atender. Era Bento. Dou um abraço no mesmo e agradeço por me receber.

— Fica a vontade, nuestra casa, su casa! — Acho graça. — Bom os meninos estão na garagem, vamos lá.

Nos dirigimos até o local, encontro os meninos posicionados nos instrumentos e Dinho não estava lá. Achei estranho.

— Oi, pessoal! Como vai? — cumprimento eles, mas há alguém que não conheço.

— Oi, Cat! Esse cabeção aqui é o Júlio. Júlio, Catarina. Catarina, Júlio! — Samuel nos apresenta.

— Prazer! — Júlio diz, o cumprimento com um aperto de mão.

— O seu namoradinho foi no banheiro cagar, aquele mijão! — Sérgio zoa Dinho e eu gargalho.

O moço de maxilar acentuado aparece na garagem.

— Vocês gostam de queimar meu filme pros outros, mesmo em tão pouco tempo! — Ele diz olhando pro Sérgio que ri da cara do mesmo.

— Oi, bela moça! Você está simplesmente linda! — Ele me abraça pela cintura. — Você é tão pitchulinha, tão pequenininha!

— 1,60 que fala, Xuxu!

— Chega, chega, chega! Muita pegação pro meu gosto! — Bento fala — se conheceram tem nem dois dias e já tão nesse grude.

— Igual chiclete — Júlio pronuncía pela primeira vez.

—  Falando nisso, como conheceram o Júlio? — pergunto

— É amigo meu, e já que ele toca teclado, pode complementar a banda. — Dinho fala.

Os meninos voltaram a ensaiar e eu me sentei em um sofá que tinha lá. Eles começaram a tocar uma das músicas da Utopia, que eu não sabia ao certo qual era.

[...]

— Parabéns, meninos! O ensaio foi demais!

— Obrigado, obrigado! — Eles dizem ao mesmo tempo, fazendo uma referência.

— Bom, tenho alguns ingredientes em casa para fazer algo diferente pra vocês. Querem jantar comigo? Não é muito longe.

— Não se recusa convite pra comer, estamos dentro! — Samuca disse.

— Com certeza! — O Japonês disse levantando na mesma hora, já que estava sentado todo esparramado no chão.

— Ok, então vamos! Temos o carro do Dinho e o meu. — Sérgio disse coçando a barba.

Nos dirigimos até os carros. Eu fui com Dinho na frente, ele que me chamou, então...
Atrás estavam Júlio, Bento, Samuel e Sérgio. Acabou que fomos todos em um carro só, no caso a Brasília amarela de Dinho, que era bem maior do que o Fusca dos irmãos Reoli.

No caminho fui explicando o caminho para o motorista do meu lado, vulgo Dinho que até agora não sei se Dinho é realmente o nome dele. Atrás estava uma barulheira só, o Bento estava deitado atravessado em cima dos três. Era incrível como em tão pouco tempo eles já tinham ficado próximos.

Quando estamos quase chegando, sinto algo na minha coxa. Era a mão de Dinho, ele estava focado na estrada, mas fala algo.

— Pode pegar meu cigarro e o isqueiro dentro no porta luvas? — Ele fala dando umas batidinhas na minha coxa. Fiquei arrepiada.

— Ah, claro. — pego os dois, tiro um cigarro de dentro do maço, acendo um e o entrego. Ele pega e traga uma vez. Mas continua com a mão no mesmo lugar. Pego a mão dele e entrelaço os nossos dedos. Dou um sorriso e olho pela janela, mas já entramos na minha rua.

Ele puxa a mão para puxar o freio de mão após estacionar. Eu estava pegando minha coisas e ia abrir a porta, mas ele chega antes.

— Pitchula, deixa que eu abro.

— Obrigada, você é um verdadeiro cavalheiro.

Ele joga o cigarro no chão e apaga com o pé.
Pego as chaves que estão na bolsa e abro o portão, todos entramos no quintal pequeno. Abro a porta da sala.

— Uau, cê tem dinheiro, hein, Catarina! — Júlio diz espantado. Minha casa não é tão grande, mas dou o máximo pra deixá-la arrumada e bem cuidada.

— A mina é rica — foi vez do Sérgio falar.

— Eu juntei dinheiro por um tempo, mas sempre tento deixar a casa brilhando. Ok, fiquem à vontade, vou na cozinha, alguém quer dar um palpite do que fazer?

— Pizza? — Bento pergunta.

— Claro, estão de acordo?

— Sim — os outros quatro dizem.

Eles colocam algo na TV e vou pra cozinha pego os ingredientes, começo a abrir os ingredientes, quando do nada...

[...]

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Oi, Xuxus!! Tudo de boas?

Trouxe um capítulo levezinho hoje, com todos juntos.

O que será que vai acontecer no próximo EP???

Quantidade de palavras: 853
Escrito: 07/07/2024
Publicado: 07/07/2024

Te vejo na Brasília ~ Dinho Alves Onde histórias criam vida. Descubra agora