O Começo - Trilogia Forever ( LIVRO 1)

Capítulo 23 - Vampiro?

. #Chamada On'#

-Emilly?

-Você?.

-Emilly precisamos conversar.

- Não Paul. Nós não precisamos conversar.- diz eu já irritada.

dessa vez ele não vai me enrolar, mesmo que a sua voz ainda me cause arrepios ou deixe meu coração acelerado, eu não vou deixar ele brincar comigo de novo.

-Emilly por favor. Me deixa explicar.- diz ele suspirando.

- NÃO PAUL, DESSA VEZ NÃO. EU NÃO QUERO MAIS ME MAGOAR, EU NÃO QUERO MAIS ME MAGOAR PAUL. VOCÊ NÃO PODE SIMPLESMENTE CHEGAR E FALAR "VAMOS CONVERSAR" EU...- fui interrompida por Paul.

-Olha não é hora para falar sobre isso ta legal. Eu estou te esperando aqui no ginásio da escola. Eu estou estou te esperando. Tchau.

-Paul? Alô, Alô. Paul.- arg! Idiota desligou ma minha cara.

#chamada Off'#

Ele desligou na minha cara?.
Fico estática olhando para a tela do celular tentando perceber o que se acabou de passar.

Paul me ligou.
Quer falar comigo.

Como ele pode fazer isso? Depois de tudo ele volta do nada e diz que quer conversar.
Volto para dentro da lanchonete e encontro Denny e Kassia aos beijos, forço uma torce para chamar a atenção do casalzinho a minha frente. Eles para e me olham, Kas fica vermelha e Denny me lança um sorriso tímido.

-Emilly nós... Ham... Um... Estávamos...- diz Kassia toda enrolada.

-Calma Kas, está tudo bem.- diz eu tentando amenizar a situação.- Bom agora eu tenho que ir resolver um problema.

-Aconteceu algo?.- pergunta Kas.

Sim Paul me ligou e disse que queria falar comigo. Depois desse tempo todo ele voltou como se nada tivesse acontecido. E eu não sei o que faço.

-Não está tudo bem. É uma coisa simples, nada com o que se preocupar.- digo com um sorriso forçado.

-Tem certeza Em?.- pergunta ela.

-Tenho. Bom até amanhã e meus parabéns.- dito isto saio dali sem ao menos olhar para trás.

As ruas estão escuras e sem vida, o céu está sem estrelas e eu estou confusa. Eu realmente não sei mais o que pensar.
Depois de dois meses de sofrimento, me martirizando por ser tão idiota ao ponto de não ver que Paul não sentia nada por mim.

Eu nunca reparei, ele sempre foi tão atencioso, cavalheiro, amoroso e a todo momento me lembrava que ele me amava.

Eu ainda não entendo o porque ele brincou comigo, todas as coisas que ele fez para mim e por mim. E agora aqui estou eu indo ao encontro o progenitor da minha dor, o causador da minha angustia. Parece que eu estou vivendo em um pesadelo em que o único propósito é o sofrimento.
Se ele soubesse ou até mesmo sentisse a dor que está no meu coração, se ele ao menos se desse o luxo de me ter deixado na primeira brincadeira com o meu coração eu agora estaria curada, e as feridas feitas por mentiras nunca existiriam, mas ele escolheu brincar com meus sentimentos, escolheu torturar meu coração, escolheu me fazer sofrer.
E agora olha onde eu estou, indo em direção a única pessoa que tem o poder de me tirar ou me afundar mais nessa escuridão que eu estou.

Quando eu vejo já estou em frente aos portões da escola. O ginásio está escuro, vou em direção ao mesmo, mas a sensação de estar sendo vigiada está presente em cada partícula do meu corpo.
As portas do ginásio estão abertas e eu entro, não dá para ver um palmo na minha frente está tudo em uma completa escuridão.