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Lanna
20:10

Ele ficou bem perto de mim, mas não o permiti que me tocasse.

[G]- Vou querer um café e um croissant. -foi para atrás e se sentou.

- A máquina de café estragou, gostaria de outra coisa?

[G]- Uh, então pode ser um chá preto.

- Okay, já trarei seu pedido.

Melhor agir "naturalmente", será que ele percebeu que sou eu? Eu até que mudei um pouquinho esses últimos anos.

Voltei pra dentro. Coloquei a água a esquentar e o croissant no microondas. Já aproveitei pra deixar uma xícara em cima da bancada.

Abri a gaveta dos talheres pra pegar uma colher e acabei olhando as facas.

Depois de tudo pronto, ajeitei a bandeja e fui pro lado de fora.

- Aqui.

[G]- Obrigado.

Deixei tudo em sua mesa, mas, infelizmente, ele começou a puxar assunto comigo.

[G]- Você trabalha aqui sempre? Ou só durante a noite? Não é bom estar sozinha por aqui.

- Eu não estou sozinha, tem algumas pessoas lá dentro.

Não vou falar nada a esse merda.

[G]- Não precisa mentir, eu sei que está só você.

Decidi continuar firme no meu argumento. Mas infelizmente, mentir não é meu dom.

- Mas eu não estou mentindo. -meu olhar com certeza me entregou.

[G]- Está sim.

- Não tô não.

O que esse idiota quer ein?

[G]- Prove, me leve até as pessoas.

- Não tenho que provar nada a você.

Esse cara tá me dando nos nervos.

[G]- Vamos lá Lanna, eu nem fiz nada pra você, não tem porque estar assim. -ele se levantou.

- Quieto aí.-

[G]- Ou o que? Vai me bater? Hah.

Fiquei em silêncio. Sentia meu corpo tenso, mas não abaixei a cabeça.

- Eu disse pra parar.

Ele continuou se aproximando, até estarmos bem próximos.

[G]- Por que agente não vai lá pra dentro ein?

Não é como se eu tivesse alguma opção a esse ponto. Talvez, ceder seja o melhor a se fazer; mesmo que eu não queira.

Fomos pra dentro. Enquanto eu fechava a porta ele ficava atrás de mim.

[G]- Mesmo depois de tanto tempo, você ainda me obedece, né?

Disse ele com tom de deboche.

- Cala boca Gustavo..

Me virei. Ele me segurou pela cintura e colocou em cima da mesa. O choro parecia estar entalado na minha garganta, mal podia respirar.

Ainda mais quando senti aquelas duas merdas de mãos se esgueirando pelo meu corpo, cravando suas unhas na minha pele.

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