Duda me puxa pela mão para fora do estabelecimento, pela porta dos fundos. Janjão vai atrás parando Duda agressivamente.
- Que porra é essa, Duda?
Eu pergunto para ele, soltando sua mão.- Eu que te pergunto. O que você tá fazendo com esse cara?
Ele aponta para Janjão, lançando um olhar de desprezo a ele.- E o que você estava fazendo com aquela loira? Eu te dei aquele ingresso, para você entrar aqui e esfregar na minha cara que você tá com outra menina.
Eu grito encarando Duda, que parece indignado.- Você literalmente trouxe o garoto que eu mais odeio para essa festa.
Duda retruca.- Cara, só vai embora.
Janjão exige para Duda, parecendo irritado.- O que você quer aqui, caralho?
Duda diz indo em direção a Janjão, tentando o fazer ir embora.- Quero o mesmo que você.
Janjão diz com um sorriso malicioso, se referindo talvez a mim.
Assim que a última palavra sai da boca de Janjão, Duda enlouquece e vai para cima dele, eles brigam como cachorros de rua no chão.
Eu estava tão mal que nem sequer percebi a gravidade da situação, e minha única reação foi gritar "para", apesar de ter sido inútil.Eles tentavam socar um ao outro, e eu tentava separa-los, mas eu nem sequer conseguia me manter em pé. Até eu lançar um:
- Parem com essa putaria, que merda!
Eu sento no chão e choro. Com toda a certeza, eu nunca tinha me visto daquele jeito.
Com isso, eu apenas me levanto e vou embora, e eles continuavam a se bater como animais.Chego em casa com o único desejo de que amanhã, eu tenha a resposta de quem eu deveria ficar.
Entro pela porta da frente, e tiro meus saltos. Com eles em minhas mãos, vou em direção ao meu quarto, e chego ao chuveiro.
Permito que a água escorra em meu corpo, e me limpe por inteira.
Assim que eu saí do banho, vesti um moletom e shorts e me deitei.
Eu sentia uma leve dor de cabeça, mas aquilo não era o pior, claramente.*no dia seguinte*
QUINTA-FEIRAAcordei atrasada, e teria que chegar na escola na segunda aula. Aquilo não era tão ruim assim, pior seria ter que encarar Duda e Janjão no dia seguinte. Assim que me levantei, lavei meu rosto e vesti meu uniforme, em seguida passando uma simples maquiagem.
Eu ainda tinha tempo de sobra, por só poder chegar na segunda aula.
Sendo assim, cheguei na cozinha, e me instalei no sofá com uma tijela de cereal no colo.
Esse cereal me lembra quando eu e Duda corríamos pela casa inteira brincando de pega-pega, era tão legal...Eu realmente estraguei tudo, inventando gostar dele. Vou para longe com meus pensamentos, mas volto após ouvir meu pai falando comigo:
- Como foi a festa ontem?
Ele pergunta mexendo em alguns documentos.- Nada demais. Vai sair?
Eu pergunto a ele curiosa.- Sim. Vou até a empresa, e mais tarde buscarei os Almeida Campos para termos uma reunião e conversarmos aqui em casa. A mãe do Duda estará aqui, lembra dela?
Eu concordo com a cabeça e ele termina de mexer nos papéis me dando um beijo na testa, e logo em seguida saindo pela porta da frente.Por que ele nunca está presente nos detalhes da minha vida?
Assim que meu pai sai pela porta, me levanto e escovo meus dentes, pegando minha mochila e indo em direção a porta também, para o outro motorista me levar.
Como sempre, a chegada a escola parecem demorar horas.Ao chegar, apenas me dirijo a sala de aula. Prefiro apenas me sentar em um canto, e não causar mais nenhuma discussão.
Olho pelo canto do olho e percebo que Duda e Janjão vieram.
Apenas pego meu celular e finjo mexer em qualquer coisa.
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You are my Romeu. 💋
FanfictionMaya Armani Vieira, com apenas 16 anos, é uma das herdeiras do orfanato, "Raio de Luz". Em uma de suas visitas ao orfanato, conhece um belo garoto que se chama Duda, que ao passar do tempo se tornam amantes.