Capitulo 4- monday.

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Me levantei sem uma mínima vontade de ir para a escola.
Apesar disso, eu precisava ir.
Lavei meu rosto, tomei um banho e fui até a cozinha ainda de pijama.
Assim que tomei meu café da manhã, me dirigi até o meu quarto e troquei de roupa.
Em seguida, entrei no carro e fui pra escola.
Foi um dia normal dentro da escola.
*quebra de tempo*
Assim que cheguei em casa, passei pela sala e percebi meu pai discutindo com alguém ao telefone. Logo em seguida, ele se dirigiu até a porta da frente de casa. Antes de entrar no carro, perguntei a ele:

- Onde você está indo, pai?

- Ao orfanato, resolver algo.

Eu decido ir junto, e ao chegarmos lá, percebo uma grande discussão das crianças com a dona Carmen. Meu pai apenas leva a dona Carmen para
o escritório da diretora, sem falar nada.

- Gente, o que houve?

- A Carol foi demitida, Maya.
Rafa diz pra mim, chorando.

- Meu Deus, como isso é possível?
falo indignada

- Ela disse que não precisamos mais da Carol aqui
Bia diz chateada.

- Se acalmem, talvez meu pai possa dar um jeito nisso.
Eu falo com a intenção de anima-los

- Maya, fica aqui até tudo se resolver
Mili pede pra mim e as meninas concordam

- Ok, meninas. Eu fico.

*quebra de tempo*

Na hora do jantar, todas as crianças estavam chateadas, e principalmente, sem vontade de comer.

- Comam, crianças. Por favor!
Chico pede de forma carinhosa

- Eu não acredito que a Carol foi embora.
Mosca diz chateado.

- Se acalma, Mosca.
O abraço.

Depois do jantar...

Vocês tem visita, pessoal.
Ernestina fala abrindo a porta.

Duda aparece e eu apenas o abraço muito triste, ele parece não entender o que aconteceu, então apenas o levo para o pátio e explico que a Carol deixou de ser a cuidadora.

- Duda, eu sei que você deve achar frescura, mas a Carol é uma pessoa muito boa, ela me ajudou muito e...
Eu sou interrompida por Duda que me abraça de forma sútil e diz:
- Eu sei como é isso, e não é frescura. Pode contar comigo.

Logo em seguida, começamos a ouvir burburinhos muito altos vindo da sala.
Quando chegamos lá, nos deparamos com a porta da sala aberta.
Quando chegamos até o portão, vimos a Carol. A Ernestina também estava lá, e começamos a praticamente implorar para ela abrir o portão.

- Por favor, Ernestina. Deixa a gente se despedir direito.
Mosca diz chorando.

- Eu não posso, Mosca. São ordens.
Ernestina diz claramente chateada com essa situação.

Chico chega e se depara com a situação, entendendo tudo rapidamente.

- Ernestina, não me obrigue a tomar essa chave de sua mão.
Chico encara Ernestina esperando por uma resposta, quando é interrompido.

- Nem se atreva a fazer isso, se não você também vai ser demitido!
Carmen aparece, se dirigindo a Chico.

- E você, Carolina, é uma ameaça para as crianças. Saia daqui antes que eu chame a polícia.

Eu apenas entro no orfanato e desabo de chorar na sala. Deito-me no chão e desmorono.
Duda percebeu minha ausência, e começou a me procurar, até me enxergar na sala, deitada. Ele então apenas me abraçou fortemente.

- Maya, eu vou te levar até sua casa. Vai ser melhor para você.
Duda diz pensando no melhor pra mim. Eu apenas aceitei.

A minha noite acabou dessa forma. Depois disso, apenas fui dormir. Eu nem sequer sei como aquilo terminou.
Acordei com 17 ligações e 23 mensagens de Duda, ele desejava saber se eu estava bem. Em certa parte do dia, Mosca me ligou, pedindo para que eu viesse para o orfanato, pois era urgente.

*quebra de tempo*

Assim que eu cheguei no orfanato, percebi que o local seguia com um clima bem pesado, pois a maioria das pessoas não estava feliz com o fato da Carol ter sido demitida.

As crianças estavam fazendo atividades na sala, o Mosca me convidou para entrar, e assim que me sentei ao lado dele, ele disse que ia fazer uma reunião com todo mundo no quarto das meninas, e que era muito sério. Antes de sequer terminar de falar, foi interrompido pela campainha.

- Ah, é. Eu chamei outra pessoa.
Mosca me conta.

- Vou abrir a porta então.
Eu respondo me levantando.

Assim que abro a porta, percebo Duda, que me abraça assim que me avista.

- Você tá bem? Eu fiquei preocupado com você ontem.

- Obrigada, Duda. Eu tô melhor, o Mosca que ligou pra você, né? Entra, senta perto de mim!

Mosca explica o motivo de ter chamado Duda, e assim que todos terminam suas atividades, subimos até o quarto das meninas, tendo certeza de que ninguém iria seguir a gente. Assim que chegamos ao quarto, Mosca começa a falar:

- Com tudo o que tá acontecendo no orfanato, eu troquei uma ideia aqui com a Pata, o Binho e o Rafa e a gente chegou a uma conclusão.

- E qual é a conclusão?
Eu pergunto curiosa.

- Que o melhor a se fazer agora é fugir.

- vocês não podem estar falando sério.
Mili diz seria.

- Sim, e a gente fez essa reunião pra saber se vocês querem ir com a gente.
Pata fala.

- Eu topo
Bia concorda.

- Quer saber? Eu também quero ir, tô cansada de tudo isso
Vivi diz.

Tati, Cris, Ana e Mili concordam.

- Gente, vocês sabem como a rua é perigosa. Tem certeza que vocês querem fazer isso?
Eu questiono.

- Sim, Maya. Tá um inferno viver aqui. Mas você sabe que se não quiser ir, não precisa. A mesma coisa vale pro Duda também.
Mosca diz com total certeza de sua ação.

Eu decido puxar Duda de canto para conversar com ele

- O que você acha?
pergunto baixo.

- Se você for, eu vou.
duda sussura.

Após uma conversa, eu digo a todos:

- Ok, eu e Duda tomamos uma decisão: a gente também vai. A gente vai estar esperando vocês na saída secreta.

Após o término da conversa, me junto as meninas para discutirmos a fuga.

- Gente, mas como vai ser isso afinal? A Carmen aumentou a segurança desde o assalto no orfanato.
Vivi questiona as meninas.

- É verdade, não dá pra sair pela janela por causa das grades.
Cris retruca.

- Nem pelo portão por causa do alarme.
Ana concorda

- Não se preocupem, nós já resolvemos tudo.
Mili avisa e eu concordo com a morena dando um sorriso malicioso

*no dia seguinte...*

You are my Romeu. 💋Where stories live. Discover now