Capitulo 10- discovered

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Por incrível que pareça, não fui vista pelos meus pais. Eu acho que quando eles viram que a porta do meu quarto estava trancada, e acharam que eu estava fazendo algum protesto contra o meu castigo ou algo do tipo.
Eu realmente não me importei, e não teria me importado se eles tivessem me visto. Eu estava com tanta raiva,
eu só queria passar um tempo sozinha com Duda, e fazer o que eu já esperava por tempos.

Naquela noite, após voltar para casa, fui até o banheiro, lavei meu rosto e troquei minhas roupas, deitando-me na cama.
Eu simplesmente apaguei depois daquilo.

SÁBADO

Acordo por volta de 12:00, esfregando meus olhos com os punhos. A luz da minha janela invadia o ambiente quase que por completo.
O clima estava bom e agradável.

Me dirijo ao banheiro, jogando uma água em meu rosto suavemente. Logo ao levantar, sinto um cheiro agradável de café vindo da cozinha, e decido ir lá pra conferir. Ainda de pijamas, percebo uma movimentação esquisita na sala. Ao chegar lá, dou uma olhada geral no lugar que faz meus olhos se arregalarem quase que imediatamente.
- O que vocês fazem aqui?
Meu corpo inteiro se treme ao ver meu pai, o senhor José Ricardo, Mariana (mãe de Duda), dona Carmen e Duda na sala.
- Maya. Você chegou, sente-se.
José Ricardo se manifesta, e aponta para o lugar ao lado de Duda, insinuando que eu deveria sentar ao lado do garoto. Eu me sento, desconfiada. Tento lançar um olhar para Duda, a fim de entender o que está acontecendo, e o por quê deles terem nos chamado na sala.
Ele apenas esta com a cabeça abaixada, e o olhar fixo no chão.
- Nós estamos aqui porque soubemos de uma coisa que aconteceu durante nossa ausência, na casa dos Almeida Campos.
Mariana diz, fazendo um silêncio ensurdecedor se instalar no lugar. Todos se encaram em choque.
- Ok, vamos direto ao ponto. Vocês dois fizeram coisas inapropriadas na casa, e acharam que ninguém ia descobrir? Felizmente, uma vizinha viu o que aconteceu pela varanda da casa e nos alertou.
Dona Carmen diz, tirando uma foto de sua bolsa e a colocando em cima da mesa.
Puta merda.
Era simplesmente uma foto em que eu e Duda estávamos nos beijando, e ele estava com o tronco entre as minhas pernas. Provavelmente foi algum vizinho que tirou a foto.
Eu me senti tão envergonhada, que era quase impossível não corar depois dessa cena.
- Quero que saibam que eu não aprovo esse namoro, e tenho a concordância dos Almeida Campos, que farão de tudo para esse namoro não acontecer.
Meu pai aumenta seu tom de voz, se levantando da cadeira que está acomodado. Todos na sala parecem concordar, menos eu e Duda, claramente.

- Olha, Sr. Armani. Eu entendo você, mas não concordo. Eu gosto da sua filha, por que eu não posso ficar com ela?
Duda se levanta bruscamente da cadeira, encarando meu pai. Todos presentes na sala parecem ficar em choque, inclusive eu. O silêncio que permaneceu durante segundos pareceu durar horas. Antes que meu pai fosse capaz de responder, doutor José Ricardo se levanta, arrumando seu terno.
- Por favor, Eduardo. Chega! Vamos embora. E que fique bem claro, vocês estão proibidos de namorar.
Aquelas palavras soavam para mim como uma facada.
Logo em seguida, ele se despede brevemente do meu pai, e sai pela porta da frente. O resto dos convidados fazem a mesma coisa minutos depois, e vão embora.

Passei o resto do dia pensando em tudo aquilo, e me perguntando se Duda era a pessoa certa pra mim. Eu estava frustrada, e sem opções, decido recorrer a pessoas que iriam me ajudar.
Coloco uma simples roupa e ando em direção da porta da frente, pedindo para o motorista me levar ao local desejado. Após alguns minutos, ele me deixa na porta do orfanato. Ao chegar, percebo que não há ninguém na sala, então ando em direção a cozinha, encontrando todos almoçando.

- Maya! Como vai? Sente-se para comer.
Carol diz.

- Oi, Carol. Vou bem! Obrigada, eu aceito.
Eu me sento com Mosca, Mili e Pata, que me cumprimentam. Eu realmente estava faminta, pois aquele estresse todo me fez nem sequer ter tomado café da manhã. Pata percebe que pareço desanimada, e assim sussurra:
- Você tá bem? Parece triste.

- Depois eu conto para vocês.
Eu digo a todos na mesa.

Logo após o almoço, nós dirigimos a sala, e ficamos deitados apenas conversando, quando finalmente chegamos a conversa:

- Ah, é. Maya, o que ia nos contar?
Mili me pergunta, curiosa. Assim que a garota termina sua fala, me ajeito no sofá para contar a história de melhor forma. Eu explico toda a situação a eles, que me ouvem de forma atenta.

- Cara, você deve estar triste.
Mosca diz, como se não fosse óbvio, me abraçando.

- Quer minha opinião?
Mili me pergunta com uma cara de "você talvez não goste da minha sinceridade" eu apenas assinto com a cabeça, e ela começa a dizer:

- Olha, embora você goste do Duda, ele é muito complicado. Talvez seja melhor um romance fácil, como o Janjão.
Mosca solta uma risada irônica, e eu viro em direção ao garoto, questionando a risada

- Qual é, Maya? O Janjão é ridículo. Melhor você ficar sem nenhum dos dois. Depois você acha coisa melhor.
Pata finalmente se manifesta.

- O Janjão é ridículo com a gente, mas não foi ridículo com ela. Talvez seja mais fácil você dar uma chance pro Janjão, porque vai ser uma luta com o Duda.

*QUEBRA DE TEMPO*
(Em casa...)

Não me sinto mais em duvida. Talvez seja melhor mesmo pra mim e para o Duda.
Pego meu computador e mando uma mensagem a Duda:

Maya: Duda, melhor não nos falarmos mais. Em pouco tempo vamos achar pessoas melhores.

Antes do garoto sequer responder, o bloqueio, evitando nosso contato. Eu só queria um sinal, para saber se o que eu estou fazendo é o correto.
Durante dias me senti deprimida, apesar de ter tirado esse peso das minhas costas. Até eu receber uma mensagem, que parecia ser o verdadeiro sinal.

Janjão: Me encontre na casa da árvore, se quiser resolver o que ficou pendente. Amanhã de manhã.

Finalmente o sinal que eu pedi.

You are my Romeu. 💋Where stories live. Discover now