"Me chamo Leon Kennedy."

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Assim que chego em casa tomo um banho e visto uma roupa confortável, ao descer as escadas, Dani diz enquanto caminhava tranquilamente.

"Vou para meu quarto dormir um pouco."

Eu apenas aceno, observando Daniela se afastar, se transformando em uma nuvem de moscas como de costume.

Eu vou até a biblioteca, me sentando na poltrona grande e confortável, ainda sem saber como agir diante de toda aquela situação.

Eu poderia levar Dani para um lugar seguro e afastado, mudar completamente minha aparência, e talvez pensar em contar a verdade pra Rose...

Fico encarando a ladeira por mais alguns segundos, lembrando de Bela e Cassandra, eu não poderia fazer nada se elas não quisessem vir, porém acredito que um dia vão enxergar quem Alcina é de verdade.

Enquanto continuo a observar a ladeira, escutando a madeira estalar, sinto meus olhos ficando pesados e a vontade irresistível de dormir me abraçando enquanto eu me entregava ao sono.

Depois de um tempo, sinto frio, muito frio, enquanto sentia a ausência do calor da ladeira.

Com muita dificuldade abri meus olhos observando ao meu redor, o clima estava estranhamente frio, o que não era para acontecer, não naquela época.

Eu me levanto cuidadosamente da poltrona, quase como se qualquer mínimo barulho pudesse ser estridente.

"Daniela?"-Eu chamo Dani, enquanto checava as janelas para ver se havia passagem de vento frio.

Para minha surpresa, todas as janelas estavam fechadas, sem nenhuma brecha se quer.

Antes que eu pudesse pensar qualquer coisa, escuto um barulho atrás de mim e me viro rapidamente.

"Rose?!"-Eu disse confusa, meus olhos enchendo de lágrimas, minhas mãos frias e trêmulas-"O-Oque você tá fazendo aqui?!"

Ela permaneceu parada, não conseguia ver seu rosto por culpa da escuridão, mas eu escutava seus dentes baterem, com frio.

"Rose?! Rose, me responde!"-Eu me aproximo dela, tocando seu rosto e sentindo meu coração errar a batida, seu rosto estava frio, muito frio, congelando, quase como se a estrutura de seu rosto não fosse músculos mais, mas sim gelo.

"Rose! Por favor!"-Eu a abraço,chorando, ela estava viva, escutava sua respiração funda e dificultada.

"Precisa parar ela."-Ela diz com uma voz trêmula e com muita dificuldade.

"Ela quem?! A Alcina?! Miranda?!"

"Ela quer um experimento, não deixe-a conseguir."

Eu sinto meu sangue gelar, continuava com a mão em seu rosto, até que me afasto de rose por um momento, abrindo a cortina para enxergar rose.

O que eu vi, e uma coisa que vai me assombrar para o resto da minha vida sem sombra alguma de dúvidas.

O rosto de Rose...metade dele estava desfigurado, como se tivessem arrancado pequenas partes dele e substituído por um gelo tão transparente que eu conseguia ver seus ossos, enquanto ela tremia em agonia, seus olhos me encarando como se fosse sua última visão de sua curta vida.

Eu fico em choque sem saber o que fazer, até que minha primeira reação, foi gritar, não de medo, mas de raiva.

Escuto um livro cair no chão, me levanto rapidamente, percebendo que tudo aquilo foi só um sonho.
Eu estava suando frio, minhas mãos trêmulas e muito gelada, principalmente a mão que tocou o rosto dela, fria como gelo.

O calor da ladeira volta a aconchegar a temperatura ambiente enquanto eu respiro fundo, me apoiando na poltrona, não por muito tempo, só até conseguir recuperar minhas forças e levantar novamente.

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⏰ Última atualização: Jul 18 ⏰

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O diabo em forma de mulher. Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora