Talvez eu só estivesse frágil.

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No dia seguinte, eu acabo acordando um pouco mais cedo que o costume.

Por incrível que pareça eu não tive sonhos esse noite, o que já e um alívio gigantesco.

Eu observo Daniela enquanto acarencio seus cabelos, ela já estava muito melhor, não havia mais aquelas partes cinzas em seu ",corpo, seus lábios estavam corados e ela apenas parecia dormir profundamente agora.

Eu decido ir até o celeiro, para ver como o gatinho estava, era até melhor eu ir agora que está cedo, provavelmente Alcina e Miranda devem estar dormindo a está hora.

Eu chego no celeiro, me assustando assim que percebo que o gatinho havia sumido, eu sinto um desespero genuíno, revirando tudo, aquele gatinho não conseguiria sobreviver sozinho se ele fugisse, ainda mais com tantos lobos e licans por aí.

Eu paro depois de alguns minutos procurando, respirando fundo, fechando meus olhos e pensando como eu diria a Daniela que o gatinho fugiu.

Até que sinto um pelo suave acarenciar meu tornozelo, e eu olho para o chão rapidamente, e era o gatinho, que estava se esfregando em meu tornozelo enquanto ronronava.

"Que susto você me deu gatinho! Achei que tivesse fugido..."-Eu disse pegando o gatinho no colo e logo em seguida enrolando ele em alguns panos.

O gatinho me olhava como se eu fosse a mãe dele, como se eu tivesse o salvado de tantos destinos ruins que poderia ter acontecido com ele.

Eu respiro fundo, olhando para o gatinho.

"Quem se importa com Alcina né, gatinho?"-Eu disse acarenciando sua cabeça-"Vou te adotar sim, se ela tiver incomodada ela que se mude."

Eu sabia que se eu levasse o gatinho pra dentro do castelo, eu teria que ser ágil, por que se Alcina descobrisse poderia muito bem o botar para fora de casa ou até mesmo o machucar.

Eu o enrolo até o pescoço, escondendo ele, vou até o castelo, assim que entro, Miranda me avista.

"Aonde estava tão cedo?"-Ela perguntou num tom sarcástico, sabendo que havia me pegado no flagra.

"Longa história..."-Eu disse respirando fundo.

"Oque você tem ai?"-Ela disse se aproximando lentamente, vendo o gatinho e o acarenciando enquanto ele ronronava.

"Foi por isso que Daniela saiu no frio não foi?"

Eu aceno que sim.

"Não conte pra Alcina. Eu não iria trazer ele pra dentro, mas eu acho que vai ser bom Daniela ter uma companhia, você e eu sabemos que Daniela e a mais solitária das irmãs dela."

"Tudo bem querida, eu te ajudo a esconder."-Ela disse beijando minha bochecha-"Como está Daniela?"

"Bem melhor, ainda não acordou. E melhor eu já ir subindo inclusive, quero fazer uma surpresa pra ela, eu quero estar perto dela com o gatinho quando ela acordar."

"Está bem meu bem, eu te amo muito."-Ela disse me abraçando-"Querida... Vamos até a biblioteca hoje a noite, oque acha? Eu percebi que você anda afastada de Alcina."

Eu fico em silêncio por alguns segundos, engolindo a pergunta de Miranda. Não me surpreende Miranda ter percebido, ela sempre pega as coisas no ar.

"Vou sim, me espere na biblioteca às seis."

Miranda sorri e logo em seguida eu subo as escadas, indo até o quarto de Daniela, eu fecho a porta e sento na cama dela cuidadosamente.

Daniela logo começa a acordar lentamente, eu cheguei na hora certa.

O diabo em forma de mulher. Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora