~ Narrador's POV ~– Não que isso te interesse, mas eu e o Alastor éramos... Amigos.-
– Ah, saquei. Amigos que se comiam.-
– Esse não é o termo correto! Mas... É meio que isso.- Vox termina a frase com um tom de voz envergonhado.
– Que? É sério?! Tipo, vocês já foderam?-
– Quase... Quero dizer, não! Aquele corno é assexual.- Ele fala, quase como um sussurro.
– Hm, então vocês namoravam?-
– A gente... Nós ficavamos, ok? Satisfeita?-
– Na verdade, não.- Nina se senta em frente ao Vox.
– Me conta TUDO. Tudo com o máximo de detalhes que puder!-
– Olha... Eu conto. Mas... Você tem que prometer segredo.-
– Eu prometo, televisão escrota.-
Os dois apertam ambas as mãos.
– Bom... Tudo começou... Na terra. Eramos muito amigos, íamos em bares e festas juntos, chegamos até a trabalhar juntos. Até ele ir pro... Programa de rádio irritante.- Vox dá uma pausa, olhando para baixo, tendo uma sessão de nostalgia e memórias antigas.
– Sua mãe tinha acabado de falecer, era a coisa que mais importava para ele. O programa de rádio o salvou da depressão, mas, o afastou de mim... Eu não odiava ele, só me perguntava, porquê ele tinha que se afastar? Eu era bem apegado, mas...- Ele pausa novamente.
– Eu não guardei rancor. Alastor era canibal, sua mãe descobriu isso alguns dias antes de morrer. Isso só fez ele imaginar que ela morreu sentindo desgosto dele.- Ele respira fundo.
– Então?- A garota de cabelos vermelhos pergunta.
– Em uma caçada canibal que ele fez à noite, acabou sendo pego pela polícia. Ele correu o quanto pode. Acabou tropeçando, e sendo pisoteado por cervos até sua morte completa. Por isso aqueles... Chifres.-
– Beleza. Mas eu ainda não entendi porquê vocês se odiarem TANTO.- A garota aponta.
– Calma. Bom, eu fiquei sabendo quando passou na rádio... Não existia televisão na época. Eu chorei... Bastante. Mas, eu superei. Demorou, mas eu fiquei bem. No futuro eu conheci televisões e... Eu não podia mais ouvir rádios. Eu lembrava dele e voltava a ficar mal... Mas, de qualquer forma. Eu morri, e quando cheguei aqui no inferno, não o encontrei de cara...-
– Porque ele não era conhecido como Alastor...-
– Exatamente. Eu demorei pra associar o “demônio do rádio” com o Al... Alastor. E, quando encontrei ele, eu fiquei muito animado... Pensando que tudo podia voltar ao normal. Mas, ele estava... Diferente. Mais arrogante. Ele me olhava com desgosto...-
– Não sei se chamo ele de vagabundo por ignorar o ‘melhor amigo’ ou de inteligente por se livrar de você tão rápido, sinceramente.-
– Vai se fuder, Nina. Mas, depois... Eu consegui me aproximar.-
– Que merda.-
– Ah, toma' no cu. Eu já estava com a Voxtec formada. Eu ofereci uma aliança, um acordo. Entre a Voxtec e o programa de rádio dele. Mas... Ele negou. E esse não foi o problema. O problema foi a maneira... Ele riu de mim como se eu fosse um estranho pedindo pra casar com ele! Eu era quase... Namorado dele... E ele me tratou assim. Agora ele fala que eu fiz birra. E eu nunca mais quis olhar na cara dele. Tenho ódio daquele sorriso, e de tudo nele.-
– Uau... Que bosta, nossa.-
– Se mata, Nina.-
De repente, os dois escutam batidas na porta. Era Valentino.
– Nina, ‘querida’. Preciso conversar com você.-
Nina vai até a porta e a abre, olhando para Valentino com desdém.
– Fala, mariposa calva.-
– É sobre Angel. Eu tenho um plano.-
– De novo? Você não desiste? O que aquela puta tem de tão especial?-
– Ele é talentoso. E me dá dinheiro. Algo que você só está fazendo eu perder.-
– 'Tá, fala de uma vez!-
– Então. Você disse que matou o ‘gatinho bartender’ quando era viva, certo?-
– Sim. O que tem?- Ela fala, receosa.
– Você vai sequestrar Angel.-
– O... O que?-
– Exatamente. Amanhã ele vem trabalhar, e você vai apagá-lo e prende-lo em uma sala aqui do estúdio. Eles terão que vir aqui, matamos eles, e Angel não terá pra onde fugir.- Valentino fala, com um olhar maldoso em sua face.
– E como você espera que a gente mate geral daquele hotel?-
– Se virem. Eu vou estar ocupado com Angel.-
– Amanhã? Beleza.-
– Conto com você, gracinha.- Valentino fala, antes de sair da sala.
☆★☆
Angel estava sentado no sofá mexendo em seu telefone. Husk estava com Lúcifer, que estava obrigando todos a aprender a fazer patinhos de borracha. Husk aproveitou e tentou fazer um do Angel.
Após alguns minutos esperando a tinta secar, Husk pega o patinho e vai até Angel no sofá.
– Thony, Thony!- Suas pupilas estavam dilatadas, suas orelhas em pé. Ele aparentava estar animado.
– Oi, gatinho. O que foi? Algo te animou...- Angel fala, se levantando do sofá.-
– Olha, olha!- Ele levanta o patinho Angel, que ele apelidou de “PatoDust”.
– Que lindo, gatinho! Fez com o Lúcifer?- Angel fala pegando o pato e olhando os detalhes que tinham em seus olhos.
– Sim. Gostou?- Ele pergunta, animado.
– Eu amei, gatinho. Obrigado.- Angel puxa Husk para um abraço.
Husk dá um sorriso bobo. Eles se separam.
– Tem algo dentro...- Angel fala, e olha com uma cara duvidosa par Husk, que está visivelmente ansioso.
– Como abre isso, gatinho?-
– Descobre.-
– Tinha que ser um gato fazendo isso...- Angel fala, com um sorriso meigo para Husk. Ele vira o pato de vários jeitos, tentando achar como abrir o brinquedo.
Após algum tempo, ele acha uma abertura quase invisível na parte inferior do pato, e abre cuidadosamente a área.
– O que...-
Ele retira objetos pequenos, dourados e brilhantes do brinquedo. Seu rosto sai de um sorriso meigo para um sorriso envergonhado, mas feliz. Junto tinha um bilhete.
Angel abre o bilhete.
– “Namora comigo?”... Alianças... É sério, gatinho?- Os olhos de Angel marejam, enquanto ele encara o presente.
Husk acena com a cabeça, concordando. O rosto de ambos estando corado.
– Mas, gatinho...- Angel interrompe.
~ Continua.
Capítulo curtinho, só pra compensar o tempo sem nada.
Uma tortura no final, amo.
Não me matem, por favor! bjs.
Total de palavras: 996
(EU NÃO SHIPPO RADIOSTATIC!)
Beijos da Liz~