Capítulo 22

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Assim que chegamos Brian pediu uma pizza conforme o combinado. Não me deixou levantar um minuto. Nossa compra já tinha sido entregue. Logo a pizza chegou e comemos enquanto assistiamos um filme qualquer.

— Brian!

— Hum. – resmungou em resposta.

— O Eduardo. – rapidamente ele se levanta e me senta ao meu lado me encarando.

— O que é que tem ele?

— Por que o desespero? – perguntei franzindo o cenho com o seu desespero repentino.

— O que? Quem está desesperado aqui? Diz logo o que ia dizer!

— É que, a hora que nós fomos fazer o exame...

— Já sei, rolou algo entre vocês! – disse me cortando. Lhe olhei indignada.

— Não claro que não! – lhe dei um tapa no ombro. – De onde tirou isso?

— Não sei, veio na mente. – argumentou. – Mas o que aconteceu?

— Ele percebeu que nem eu e nem você usamos aliança. – ele abriu a boca em surpresa. – Eu inventei uma história lá mas, não acha que já deveríamos estar usando uma?

— Amanhã eu resolvo isso, eu tinha esquecido.

— Tudo bem. – ele volta sua atenção para a TV. – Brian, você tem mais amigos além do Daniel? – perguntei curiosa.

— Não chegam a ser amigos, são só colegas.

— Como se conheceram?

— Por que a curiosidade repentina? – me encarou.

— Só estou tentando te conhecer melhor, é algum crime por acaso? Nem vou perguntar mais nada. – ele bufa.

— Por que tudo você fica estressadinha hein? Já procurou algum profissional para cuidar desse seu estresse?

— Quem disse que eu estou estressada?

— Eu estou dizendo que você está estressada!

— E quem é você para ficar dizendo que eu estou estressada?

— Seu futuro marido!

— Futuro marido falso, sem credibilidade alguma. – ele ri.

— Por que estamos discutindo?

— Não estamos discutindo, você está discutindo!

— Estamos discutindo sim pois você está me respondendo.

— Não, não estamos. Só estou te respondendo porque sou educada.

— Educada? Você? – gargalhou e desligou a TV para me encarar. – Você não é educada nem aqui nem na China!

— Eu sou educada sim, quem mandou desligar a TV? Eu estava assistindo! – reclamei.

— Não, você não estava. Estava muito ocupada discutindo comigo! – revirei os olhos.

— Me dá o controle! – estendi minha mão.

— Não. Vamos continuar nossa discussão, você é muito mal educada!

— Brian, eu quero assistir!

— Mas eu não quero! – retrucou.

— O problema é seu! Me dá o controle. – ele nega e afasta o controle de mim. – Brian!! – me estendi para tentar pegar.

— Sai, eu não vou te dar! – estendeu o braço como se realmente fosse adiantar alguma coisa.

— Me dá seu idiota! – pulei sobre ele para pegar o controle.

— Não vou dar! – rolou no sofá e me jogou no chão caindo por consequência em cima de mim. Sorriu com esse fato e me encarou vitorioso. – Eu avisei.

— Sai de cima de mim! – digo lhe empurrando.

— Sabia que estamos parecendo um casal real? – parei e o encarei.

Sim, nós parecíamos um casal real.

— Sai de cima de mim agora ou eu te juro que nunca irá poder cogitar a ideia de ter filhos algum dia! – ele riu mais ainda e saiu de cima de mim estendendo a mão para que eu me levantasse.

— Eu realmente vou procurar um profissional para você, é muita agressividade para alguém de meio metro. – provocou.

— O que disse? Você acabou de brincar com a minha altura? – lhe encarei.

— O que? Nunca te disseram que você parece um anão de jardim?

— Agora você foi longe de mais! Vem aqui! – ele saiu correndo pela sala de estar, mas só de colocar meu pé no chão doeu. Tive que esquecer a ideia de correr atrás dele.

— Não pode correr não é mesmo? Oh dó, Aninha não pode correr. – debochou.

— Deixa só meu pé estar recuperado, espera só. – avisei me jogando sobre o sofá.

— Vou esperar. – ele se jogou contra o outro sofá ligando a TV em seguida.

— Brian, não acha muito estranho justo o carrinho da Alicia me atingir? – ele me olha por um momento e dá de ombros.

— Pode ser que tenha sido mesmo as peças do carrinho.

— Brian, sabemos bem o que foi que aconteceu! – insisto.

— Não temos prova. – revirei os olhos.

— Acho melhor eu ir dormir!

— Tá.

— Boa noite.

— Boa noite! – me levantei e fui para o meu quarto. Após fechar a porta atrás de mim grunhi de frustração. – As peças? As peças é o meu nariz!

Escovei meus dentes e troquei de roupa colocando meu pijama confortável e comportado.

Me deitei sobre a grande e espaçosa cama. Não demorou para que eu caísse no sono.

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