Sem ter escolha resolvi me arrumar.
Tomei um ótimo banho, arrumei meu cabelo deixando ondinhas, fiz uma boa maquiagem e vesti o lindo vestido. Coloquei minhas sandálias de salto alto na cor preta. Quando me olhei no espelho me vi diferente. O brilho nos meus olhos, a expressão leve. Tudo isso por causa de Brian Campbell, a coisa.
Como pude me deixar levar tanto? É como dizem, o amor e a paixão não batem na porta e nem pedem licença para entrar. Eles simplesmente entram.
Olhei para o relógio e marcavam exatas seis da tarde. Onde Brian se meteu?
Meu celular vibrou em cima do criado mundo e corri até ele com o coração acelerado. A que ponto chegamos Anna Backer.
Olho no visor e é uma mensagem de Brian dizendo: "Pode descer!" Respirei fundo e inspirei tentando controlar o tremores dentro de mim. Qualquer passo em falso que eu desse com certeza eu iria ao chão, pois minhas pernas pareciam gelatinas.
Coloquei o celular em uma bolsinha de mão e sai do quarto entrando no elevador. Assim que as portas se abrem, Brian está lá parado me esperando, e meu queixo quase vai ao chão. Ele está super bem vestido. Com um terno maravilhoso, bem aperfeiçoado ao seu corpo. E seu cheiro... caramba! Aposto que é um perfume Francês!
— Tu es prête, ma chére? – pergunta em francês enquanto me estende a mão. O que ele andou bebendo?
— Que? – eu realmente não era boa em francês. Ele revirou os olhos.
— Você sempre arranja um modo de estragar o romance. Vou fingir que nada aconteceu. – sorriu e enlaçou meu braço no seu. — Você está linda!
— Obrigada, mas o que significa isso tudo, exatamente? – parei de andar e o encarei.
— Eu disse que queria te convencer!
— Mas sabe que não vai adiantar.
— Isso é o que vamos ver! –piscou para mim.
— Como se arrumou se não ficou no quarto?
— Tive uma grande ajuda! – acenou para um senhor a nossa frente.
— Quem é esse?
— Pierre. Ele me ajudou com algumas coisas, agora chega de papo e vamos logo! – saímos do hotel e entramos em um carro preto e luxuoso. Eu queria perguntar e perguntar mas ele não deixou.
Logo paramos e descemos do carro. Quando olho a minha frente e minha boca se abre em total surpresa.
— O que... mas... me explica!
— Vamos jantar. – ele respondeu calmo.
— Na Torre Eiffel?
— Sim!
— Mas como?
— Fiz reservas, vamos! – me puxou.
Passamos pela fila de pessoas ali e entramos no elevador subindo até o primeiro andar. Ao chegar, vi que era um restaurante bonito e aconchegante. Brian falou com o garçom que nos levou até nossa mesa. Ao sentar, olhei para janela e fiquei encantada, a vista era incrível!
— Uau! – não evitei exclamar.
— Lindo né?
— Completamente! – o garçom nos entrega o cardápio. — O que significa tudo isso?
— Bom, é nossa última noite aqui. E queria que fosse especial! – o encarei. Não faz isso por favor! — E também porque eu quero te convencer a ficar! – sorriu. — Seja sincera, já pensou em vir jantar aqui todos os dias?
— Está difícil para você tirar essa ideia da sua cabeça, né?
— Muito! Agora vamos pedir. – fez sinal para que o garçom se aproximasse. Fizemos nosso pedido e começamos a beber um delicioso vinho francês.
— Não acha isso tudo muito...
— Estranho?
— Eu iria dizer louco, mas estranho também serve. – ele riu novamente. — Não sei, são três semanas e tudo mudou completamente!
— É... confesso, isso é louco!
— A duas semanas atrás nós estávamos quase nos matando! E agora, estamos bem. Você me chamava de feia e agora de linda! Que evolução!
— Eu nunca te chamei de feia!
— Na cara não, mas já deu a entender!
— Desde o começo eu te achei boa! – me engasguei com o vinho e o encarei.
— O que?
— Eu quis dizer, bonita. – consertou.
— Ridículo! – ele riu novamente. — Essas últimas semanas tanta coisa aconteceu comigo! – digo encarando o lado de fora.
— Por exemplo?
— Dei um tempo na faculdade, estou casada, conheci Paris, ganhei uma inimiga, me a...– me interrompi.
Que droga eu ia dizer?
— Me a...?
— M-me alcoolizei loucamente! – corrigi rindo de nervoso. Droga de língua!
— E coloca loucamente nisso!
— Com certeza! – tomei um pouco do meu vinho. — Sabe, até hoje não me lembro do que realmente houve naquela noite.
— Que bom. – franzi o cenho e ele me olhou. — Digo, é bom pois assim não precisamos relembrar coisas desastrosas. – sorriu.
— Você se lembra de algo?
— Eu? Não! – desviou o olhar.
— Então como tem certeza de que foi desastroso? – perguntei cerrando os olhos em desconfiança.
— As vezes aparece alguns flashes, mas pouca coisa. Nunca consigo entender nada. Você quer mais vinho? – mudou de assunto.
— Só quero saber uma coisa.
— O que? – diz enchendo novamente minha taça.
— Não que eu esteja achando ruim mas, por que está fazendo tudo isso? Me levando para sair, um jantar tão... perfeito! Isso tudo não é só para me convencer a morar aqui. Por que últimamente você tem sido tão gentil comigo? – ele me encara.
— Porque não tem lógica eu ser um imbecil com você! Sei lá, você é diferente. Eu não consigo ser um canalha com você, nem que eu tente. Te juro que tentei, mas parece que tem um ímã da coisa certa que me puxa para fazer o correto. Essa é a verdade! – concluiu me olhando nos olhos.
Eu acho que meu coração parou. Eu não consigo falar, nem resirar direito. Por que tudo parece tão surreal?
— Uau! – foi a única coisa que eu consegui dizer antes de virar mais um gole do vinho.
A comida não demorou chegar e e começamos a comer.
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Já vou logo dizendo que a frase em francês foi obra do tradutor. Era só para dar um charmezinho.
Tradução: Pronta, querida?
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Casamento Por Contrato
RomanceAnna acaba de descobrir que sua madrasta roubou tudo de seu pai e fugiu. E como se não bastasse, deixou várias dívidas para ele e para ela. Agora ela não sabe o que fazer. Se os dois não pagarem tudo, irão ficar sem absolutamente nada! Sem ter outra...