Duas Metades (GN)

Nossa História

"O que há dentro do meu coração

Eu tenho guardado pra te dar.

E todas as horas que o tempo tem pra me conceder.

 São tuas, até morrer.

E a tua história, eu não sei.

Mas me diga só o que for bom.

Um amor tão puro que ainda nem sabe a força que tem.

É teu e de mais ninguém..."

Casamento é casamento em qualquer cultura, o que muda basicamente é a quantidade de dias de festa. Então, depois da cerimônia, partimos para a festa que seria em um espaço meio jardim, meio bar, já que na igreja eu tentei atrasar o mínimo possível e tudo terminou exatamente às 19:00h.

Nosso voo sai amanhã final da tarde, por esse motivo a festa tem hora pra acabar, e eu estando ainda no primeiro trimestre de gravidez estou naquela terrível fase de tonturas, enjoos, sono e todo combo desse estágio inicial, mas nunca vou reclamar de nada disso, sabendo que carrego um pouquinho de Nero misturado a um pouquinho meu e todo nosso amor personificado.

Na hora do brinde dos noivos eu já havia providenciado para mim uma bebida sem álcool, mas antes anunciamos para os presentes a descoberta da nova vida que estava sendo gerada em meu ventre.

Foi uma comoção geral de gritos, palmas e choro por parte dos avós e de mim é claro - Os hormônios da gravidez estão me tornando uma manteiga derretida.

Passado todo clichê, aproveitamos a presença dos nossos amigos e familiares e claro que o assunto mais comentado não era a beleza do meu vestido, nem como Alexandre chorou na hora dos votos se segurando para não entregar a surpresa que faríamos no brinde. O bebezinho foi o rei da festa, e eu amei ceder meu lugar pra ele. Farei isso sempre que for preciso até o fim dos meus dias.

- Tá cansada pequena, quer ir pra casa? - Meu marido chegou perto de mim enquanto estava sentada conversando com Jade, Marina e Alessandra, deixando um beijo em minha testa.

- É 1:00h da madrugada, acho que estou vencida. Podemos ir? - Olhava pra Nero com uma cara de exaustão e felicidade, se é que isso é possível.

- Podemos, meu bem! Vamos só despedir dos que moram fora, pois amanhã temos o voo e não sei se você vai estar bem para encontrar ninguém pro almoço não. - Esbocei meu melhor sorriso, me dando conta de que casei com o melhor exemplar da raça.

- Vamos então! - E saímos abraçando quem víamos pela frente, e procurando quem não estava à vista, até chegarmos no carro que nos levaria pra nossa casa.

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Chegamos em casa e tratei de pegar Giovanna em meus braços pra fazer a entrada com a noiva, e aqui, senhores, eu tinha certeza que carregava meu mundo inteiro. Coloquei ela de pé do lado de dentro em nossa sala e fechei a porta atrás de mim.

- Finalmente a sós, marido. - Giovanna lançou os braços sobre os meu ombros e encaixou o rosto na curva do meu pescoço.