𝟏𝟔 | 𝐘𝐎𝐔 𝐃𝐈𝐃 𝐈𝐓.

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VIVI LUCAS 💘

qual é o grande problema comigo?

por que toda vez eu tenho que sair magoada?

por que sempre eu sou a tola?

e por que no final eu sempre caio?

fui interrompida de meus pensamentos ao escutar a porta bater, no fundo desejava ser Gian, pois queria escutar sua voz ou até mesmo sentir seu toque, porém sabia que o melhor para mim era ficar longe dele.

———Vivi, abre essa porta, você não sai daí faz quase uma semana!—Jolie insistiu batendo na porta

———eu não quero, Jo.—digo ajeitando minha posição na cama para ficar mais confortável

———meu amor, eu tenho certeza que nem comendo você está, eu te conheço.

———mentira!—minto

———então se eu entrar no seu banheiro não vou ver a comida no lixo ou até mesmo remédios?—fiquei calada por saber que ela estava certa———posso entrar?

———entra.—digo e ela tentou abrir a porta, aí me lembrei que estava trancada, então me levantei pra abrir, quando abro ela me abraça

———por favor, nunca mais me deixe preocupada assim.—ela pediu abraçada

———desculpa, mas eu não consigo...ficar sem Gian é complicado, ele é uma pessoa ruim para mim, mas eu não consigo odiar ele, só essa dependência repulsiva.

———era sobre isso o que eu queria falar...o Miguel foi hoje na casa do Gian, e ele estava péssimo também.

———ele me magoa e ele que fica triste?—pergunto irritada

———Gian é um pouco burro, ele fala sem pensar só pra descontar a sua dor, mas isso não significa que ele realmente ache isso, ele nunca diria pra você o que ele disse pra valer.

———sabe o quão odeio cigarros, e ver ele fumar me assusta, por saber que..—ela me interrompe

———por saber que ele te lembra o vovô, eu sei. Ward já está morto, Vivi.

———eu era só uma criança Jolie, eu tive que pagar a culpa pelo os conflitos dos mais novos, aquele homem não consegue morrer na minha cabeça.

———mas naquela época Gian conseguiu te ajudar, se não fosse por ele..—a interrompo

———eu estaria morta, eu já sei.

onze anos, eu tinha onze anos quando eu morri.
porém meu coração não teve que parar pra eu sentir a dor da morte.
porém naquela noite a minha alma estava morta, e junto dela toda a inocência e bondade que havia dentro dela.

toda criança costuma ser ingênua, talvez por conta da idade, por não entender sobre os problemas no mundo, e esse era meu caso.

estava sozinha em casa com o meu avô—se é que consigo chamar ele assim, pois para mim ele não passava de um monstro—meus pais e Jolie estavam na casa de tia Kiara, porém não fui pois não queria ver o chato do filho da Kiara depois dele jogar glitter no meu cabelo!

a porta do quarto bateu, estava brincando com minhas bonecas sorridente por ter ganhado uma boneca nova ontem junto de um cartãozinho com uma letra toda desengonçada escrevendo: de minha mãe—porém essa parte tava riscada—de tia Kiara.

𝐄𝐧𝐞𝐦𝐢𝐞𝐬 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐔𝐬 𝖵𝗂𝗀𝗂𝖺𝗇 Onde histórias criam vida. Descubra agora