Meu Primeiro Herói... {IMAGINE BAKUGOU}

Hospital.

         O desespero era notável nos olhos do loiro, a dupla de futuros super heróis corriam em direção do hospital mais próximo, quando chegaram logo foram atendidos, a garota agora estava na UTI.

Bakugou on

Eu estava preso em meus pensamentos, a visão do choro dela estava me assombrando. Sentado naquelas cadeias brancas de hospital , com os braços apoiados nos joelhos, a voz de um meio a meio me retirava do transe:

-Ei...- Todoroki estava parado em minha frente- estou te chamando faz tempo- diz ele com a típica cara de peixe morto.

-Tsc, O que você quer?  - respondo sem paciência.

- Endeavor ligou, disse que os policiais estão na frente do caso, logo ele vai chegar aqui- Todoroki se sentava ao meu lado - disse que devemos ficar de guarda até que tenham policiais disponíveis para cuidar dela- Ah é mesmo, não sabíamos se ela era uma vilã, ou se iriam até ela. Olho para parede em minha frente, o relógio marcava 4:45 da manhã, o bicolor continuava - provavelmente ele vai demorar, os policiais vão fazer um série de perguntas e como a garota não está em condições de falar, acho que só depois do amanhecer eles viram, isso se ela acordar.

Realmente, ele estava certo.

- MERDA,  vamos ter que ficar de babá - me levanto na cadeira.

- Onde vai ? - Todoroki perguntava confuso, claramente iria fazer perguntas sobre Ela.

- banheiro - falo enquanto me distanciava.

Entro dentro do banheiro, paro na frente da pia,
ligo a torneira, molho as mãos  e jogo as no rosto, a imagem dela sobre o chão, o cheiro de cadáver estava impregnado nas minhas narinas , o sangue, nada disso saia da minha cabeça.
- Porra -  exclamava olhando para o espelho, eu estava péssimo, aquilo mexeu com a minha cabeça de um jeito que eu nem imaginava, pensar que o Deku passou quase pela mesma coisa com a Eri.

Meus pensamentos são cortados.

Podia ouvir, não muito longe Todoroki gritando meu nome, saio do banheiro e vejo o mesmo parado em pé com sua individualidade ativada enquanto olhava para o lado oposto que eu estava, me viro, era ela, dessa vez estava em pé, com a roupa de hospital , no meio do corredor, perfeitamente... saudável?  Os ossos que antes eram visíveis, agora eram cobertos por músculo, gordura e pele.

O rosto dela era de choque, desespero, claramente desnorteada, ela segurava o braço, estava levemente queimado

- O QUE OUVE PORRA ???- grito para Todoroki

- Ela tentou sair correndo, quando não deixei ela tentou me socar

A garota chorava incessantemente enquanto gritava

- NÃO NÃO NÃO - arrancava os acessos venosos do seu corpo, finalmente ela olhou para mim, era medo, ela estava com medo, o horror tomava conta de suas ações.

- EI... OLHA PRA MIM- grito tentando chamar sua atenção - olha pra mim, aqui - aponto para os meus olhos- tá tudo bem agora, não vamos fazer nada com você, confie em mim- dava pequenos passos em sua direção, não podia assustar ela mais ainda

Ela dava passos para atrás

-confia em mim- estendo a mão para que ela possa segurar

Ela olha para trás de mim, Todoroki estava lá, longe , mas estava, junto com os médicos.

A garota olha para os lados tirando sua atenção de mim, vê uma janela, a alguns metros atrás da mesma.

Estávamos no nono andar do prédio do hospital, ela não pularia, né?

Ela correu para a janela, se arremessou contra o vidro, o estilhaçando.

Questão de milésimos, eu ativo a minha individualidade e corro até a janela, ela estava caindo , em alguns segundos atingiria o chão, se eu não a pegasse , ela morreria.

Salto, a procura de segurar seu corpo em queda livre. Abraço seu tronco.

Todoroki cria debaixo de mim uma rampa de gelo, fazendo com que o impacto diminua. Escorregamos até o chão em segurança.

Agora, estávamos sentados no chão, uma multidão de pessoas se reuniam em volta de nós.

-SAIAM DE PERTO SEUS BOSTAS - eu gritava irado

Ela tentava continuamente sair, fugir , ela gritava
-EU NÃO QUERO VOLTAR PRA LÁ, ME SOLTA, NÃO-
se debatia, chutava, tentava bater em meu rosto. Suas forças pareciam estar se acabando, os olhos começaram a se fechar, porém ela lutava para se manter acordada, apesar dos esforços logo desmaiou.
Novamente ela estava em meus braços, desacordada, lágrimas caiam sobre o seu rosto, seus cabelos laranjas bagunçados que nem tinha tido a oportunidade de notar a cor, muito menos o comprimento . A pequena queimadura que Todoroki tinha feito nela havia sumido. Estávamos sob o chão, eu estava sentado bem na frente do hospital, ela estava no meu colo, o cansaço toma conta de mim, me jogo no chão deitando com os braços abertos enquanto fechava os olhos.

- Bakugou ? - Endeavor havia chegado, junto com a polícia- que merda aconteceu aqui? - ele me fitava com os olhos, parecia irritado, olhou para o hospital, viu a enorme rampa de gelo.

Bakugou ! - Todoroki grita correndo em minha direção junto com os médicos, a polícia também se aproximava.

Os médicos retiraram a garota do chão, os policiais colocaram algemas em seus pulsos e a levaram.

Ignoro Endeavor, não estava com saco para dar satisfações pelo ocorrido
Olho para Todoroki, seu rosto estava inchado e estava começando a ficar roxo. Todoroki percebe meu olhar, coloca a mão sobre o rosto machucado e diz
- Ela tem um soco forte.
Realmente, para alguém que deveria estar doente, seus socos e chutes eram fortes.

Olhei para o horizonte, dava pra ver os primeiros raios de sol , o céu estava finalmente se clareando, mas o trabalho não havia acabado.

Endeavor nos guiou para dentro do hospital, junto com alguns polícias. 

Agora eu estava sentado em outra cadeia branca, ao meu lado Todoroki, dessa vez, na sala dos médicos forenses, Endeavor estava em pé, em frente a porta, sem demora o médico começou a falar enquanto apresentava alguns exames no telão .

- Pelo o que o Jovem Bakugou relatou, a garota estava com correntes que supostamente furavam seus pulsos e injetavam um líquido-

- SUPOSTAMENTE? ELA ESTAVA! - interrompo ele alterando minha voz, ele estava duvidando do meu relatório? Maldito

Endeavor já indo em minha direção é impedido

-certamente- diz o médico- a moça que você salvou, estava sendo drogada, o líquido que era injetado em suas veias era uma substância poderosa que a envenenava, impedia que sua individualidade funciona-se do jeito correto, se não fosse por sua individualidade, ela já estaria morta a tempos.

- tá mas, quem é ela? Qual sua individualidade? E por que ela estava lá? - Todoroki fazia várias perguntas

- Aí que está o dilema - o detetive que estava quieto até o momento se levantou- Era para está garota estar morta!

Ele jogava sobre a mesa um atestado de óbito