seja sincera. ★

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Amélia's pov.

Eu havia me declarado a Helena. De forma calma e sem mais detalhes. Após cair na real que havia beijado a mesma menina a qual eu tenho uma queda desde pequena me deixa em êxtase, eu não sei mais oque pensar ou fazer. Mamãe ficará furiosa se descobrir que isso aconteceu.

17 de julho de 2018.

Fazia menos de um ano que Helena havia chegado no Paddock, uma menina brasileira dos cachos lindos! Ela me parecia muito atraente e divertida, em pouco tempo desenvolvi uma admiração a mais por ela. Aquela admiração que você sente pelo menino bonito da sala, sabe? Aquela admiração.

Eu não via problema nessa admiração que eu tinha por ela, tanto que vivia falando dela em casa para minha mãe. Em uma manhã, na mesa do café, falei para minha mãe sobre essa admiração por Helena. Eu era muito inocente.

— Sabe mamãe, ela é tão linda e talentosa!

— Você não deveria bajular ela dessa forma, é estranho.

Mamãe sempre foi séria e grossa.

— Mãe ela é o tipo de garota que os meninos são apaixonados! Eu certamente me apaixonaria por ela se ela não fosse minha rival. Ela é realmente muito atraente!

Mamãe engasgou com o café, me olhando com um olhar bravo e com desgosto.

— Não, Amélia. Você não se apaixonaria por ela, você é uma menina, e ela também. Isso é nojento, eu teria vergonha se você gostasse disso.

Ela falava com tanto repúdio do que eu havia dito. Eu tinha apenas 11 anos e achava que era normal sentir isso, não via problema em sentir a mesma admiração que eu sentia por meninos por meninas também.

— Mas mãe, eu só estou dizendo! Claro que não gosto de meninas, só estou dizendo que os meninos se apaixonam facilmente por ela e isso me deixa brava, porque eu queria que eles se apaixonassem por mim!

Era mentira. Eu queria toda a atenção de Helena.

— Que bom. Não me dê este desgosto.

A Partir desse dia, comecei a tratar Helena mal, implorando para que este sentimento saísse se mim. Não queria que mamãe me olhasse e falasse comigo com o tom de voz de repúdio que havia falado naquela manhã.

Real life.

S

inceramente, não lembro de mais nada da noite passada depois do beijo, é como se meu cérebro tivesse apagado. Não lembro de dirigir de volta ao hotel, nem de me deitar na cama, mas lá estava eu, enrolada nas cobertas. Acordo com um barulho no banheiro, resolvo checar para ver oque era.

Era Helena vomitando tudo oque tinha bebido na noite passada. Corro em sua direção e seguro seu cabelo para que ela possa vomitar de forma mais confortável — meio impossível.

— Meu deus você está bem? Precisa de remédio? 

Eu estava preucupada. De verdade.

— Estou bem, só acho que é melhor por pra fora todo esse líquido demoníaco que vocês me deram! Que irresponsabilidade!

Ela me dava uma bronca, eu só sabia rir de sua feição brava, ela estava tão bonita com os seus cachinhos não finalizados e bagunçados. 

— Meu deus você bebeu muito ontem. Muito mesmo, eu salvei sua vida, se não fosse por mim você continuaria naquela festa e teria bebido mais!

Ela cora. 

— Ah verdade, você me tirou da festa.

Ela lembrou do que aconteceu. Sinceramente, não quero mais esconder esse sentimento. Não dela.

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