party. ★

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tudo oque eu queria era me isolar. Já havia se passado horas desde o fim da corrida. Clarisse havia terminado a corrida em primeiro lugar, consequentemente Valentina em segundo, e em terceiro; Amélia.

Eu estava deitada no meu quarto de hotel, com o corpo e cabeça virados para baixo do travesseiro — que estava todo molhado pelas águas do meu choro. Eu não conseguia raciocinar nada. Me levanto da cama em direção a minha mala, pego minha bolsinha que carrego remédios de mal estar e coisas desse tipo. Coloco três remédios de insônia na minha mão, pronta para me dopar novamente, igual eu havia feito sexta. No momento em que eu iria ingerir as pílulas, alguém bate na porta.

— Olá? Tá acordada ainda? — Era Valentina. Denovo. Que inferno. — Tá bom então. — no momento em que Valentina vira as costas para ir embora eu abro a porta.

— Oi. — Digo seca, para ela entender que eu não quero papo. Não funcionou, porque Valentina entra disparada no meu quarto, mas ela tinha milhares de coisas em suas mãos.

— Você ainda não tomou banho? Tá fedendo menina! Vai pro banho enquanto eu arrumo meu cabelo, aí eu te espero pra gente fazer as maquiagens juntas pra sairmos combinando. — mas que porra que ela tava falando?

— Se você tá pensando que eu vou com você na festa, pode tirando seu cavalinho da chuva. Eu não vou sair. Acho que você não entendeu que eu perdi a porra de um título. — Valentina gesticula de forma engraçada, me imitando. Eu amo ela, mas as vezes eu gostaria que ela se tocasse um pouco e fosse mais sensível.

— Pois o cavalo que aguente a chuva. Olha, vou ser realista com você. A equipe errou? Errou. Você errou? Não. Quem tem que ficar se lamentando e se sentindo um bosta é a equipe, não você. Além do mais, ano que vem você tem outra oportunidade, agora ao lado de Amélia.

Eu não tinha me dado conta de que eu teria que dividir o box com Amélia. Isso piorou minha noite.

— Você vai nessa festa sim. Eu como sua amiga não posso te deixar apodrecer nesse quarto. — Ela diz, me empurrando no banheiro, me sentando no bacio e ligando o chuveiro. Ela para na minha frente e cruza os braços. — Entra.

ela virou minha mãe?

— Eu não vou ficar nua com você no banheiro, sai. — Valentina fica vermelha quando eu digo isso, ela sai imediatamente.


Já havia se passado um bom tempo desde que eu saí do banho; cheirosa e divonica. — Palavras de Valentina.

A bagunça no meu quarto de hotel me incomodava. As paletas de maquiagem toda espalhadas, as bases, contornos e blushes abertos pelo quarto, os produtos de cabelo melecados. Tudo estava um caos para mim, mas Valentina se via confortável nessa situação. Ja faz um tempo que estou pronta, coloquei apenas uma camisa preta com um decote não tão decotado — Isso faz sentido? — e uma saia jeans um pouco curta e uns acessórios no pescoço e nos meus dedos. Valentina estava com um vestido tubinho de brilho.

— Vamos, estamos atrasadas. — Digo a Valentina, sou extremamente certa com os horários.

— Já vou. — ela diz finalizando a maquiagem. Alguém bate na porta.

— Oh meu Deus se eu ouvir alguém bater na minha porta de novo ou desisto de ir nessa festa. — Digo indo em direção a porta, quando abro vejo Gabrielle totalmente arrumada.

— Ah, oi! Valentina está aí? — Ela pergunta, olhando curiosa pra dentro do quarto. Quando vê Valentina em frente ao espelho da um sorriso.

eu me recuso a ficar de vela hoje.

Mirrorball - Formula One. ★Onde histórias criam vida. Descubra agora