CONCLUÍDA, MAS SENDO REPOSTADA.
Predestinados pela lua, uma história de amor que se reencontra e se reescreve pela décima terceira vez.
O destino não falhou e os colocou no mesmo caminho outra vez, para se reencontrar e cumprir a mesma promessa doz...
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Posso afirmar com clareza que me tornei adulto rápido demais.
Com a morte de minha mãe, quando eu tinha doze anos e as viagens constantes de meu pai à Coréia, eu tive que me virar sozinho.
Não tão sozinho, cercado de empregados, a maior parte deles humanos e uns dois híbridos.
Dentre eles, meu maior apego era com Dolores, nossa cozinheira.
Dolores, uma senhora ômega, que assumiu o papel de minha mãe sem nem mesmo se dar conta. Ela tinha dois filhos para criar sozinha e me criar era só mais um bônus na vida dela.
Por ser a mais velha de nossos empregados, e também de confiança, papai ofereceu um aumento de salário e moradia na mansão para ela e os filhos se ela aceitasse cuidar de mim na ausência dele.
Já não era tão necessário que eu tivesse uma babá aos dezesseis, mas nunca questionei meu pai.
E foi assim que finalmente conheci os filhos de Dolores: Enrique e Dulce.
Enrique era um alfa destemido, atrevido e muito protetor com sua família, mesmo tendo só dezessete anos.
Dulce tinha um ano apenas, uma ômega muito fofa que passava a maior parte de seu tempo assistindo desenho, enquanto Dolores cuidava das refeições.
Enrique e eu nos tornamos amigos, mesmo que fossemos o completo oposto.
Eu gostava mais de observar de longe, ser cauteloso, absorver e depois agir. Enrique era mais impulsivo, agir primeiro, pensar depois, e por conta disso vivia se metendo em encrenca.
— Hoje briguei com um dos integrantes do Gajok. — Enrique disse nervoso, andando de um lado para o outro dentro do meu quarto.
Tirei meu pincel da tela já riscada e o descansei na espátula.
— A máfia? Você está louco?— Perguntei nervoso por ele.
— Foi a única maneira de mostrar minha força e você sabe, eu quero fazer parte do Gajok. — Enrique respondeu, sentou-se em minha cama, suspirou frustrado e esfregou o rosto com as mãos.
— O que aconteceu? Por que você está tão nervoso? Fala!— Me levantei do banco e deixei as coisas na mesinha ao lado.
Andei até ele e me sentei ao seu lado na cama.
— Diz! Talvez eu possa te ajudar, somos amigos... Melhor que isso, somos irmãos. — Pedi em tom mais manso. Emanar minha irritação alfa só o deixaria mais irritado também.
