Prólogo!

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Um fato: Ser uma jovem de dezoito anos não é nada fácil.

Estamos na intermediária. Entre sermos adolescentes ou adultos. Indecisos entre curtir e começar a ter responsabilidades.

Na cabeça da minha mãe eu faço muito drama, diz que essa é a melhor fase da vida. Em parte concordo, mas fala sério, se eu contasse todos os meus problemas, creio que ela pensaria diferente.

Me formei com notas razoáveis, o que me rendeu um belo sermão. Passei as duas semanas finais de dezembro só na vadiagem. Não leve a palavra vadiagem tão ao pé da letra, por favor. Eu só queria acordar tarde, sair para dançar, beber e ficar de bobeira com o Léo.
Quando as festividades de fim de ano passaram é que começaram os problemas.
Não tinha a menor ideia de qual faculdade cursar. Então decidi, que começaria a estudar, só no segundo semestre, depois de pensar bem, no que é melhor para mim.

Queria muito poder dizer que meus pais entenderam meu lado, mas não. O que eu escutei, quando disse, minha decisão foi mais ou menos isso:

- Mariana, não venha com essa história de estar indecisa. Isso é apenas uma desculpa, para ficar atoa com aquele delinquente, que você chama de namorado.

Eu esperava no mínimo
que eles entendessem meu lado. Caramba, até meus colegas de classe que apenas me viam na parte da manhã, sabiam que sou a pessoa mais indecisa do mundo.

Se eu estiver com fome, nunca sei se opto por doce ou salgado. Short ou saia. Sapatilha ou salto. E até namorado foi difícil escolher. Eu estava ficando com dois caras ao mesmo tempo. O Léo e o Caique. Como não queria ficar mal falada, escolhi o Léo. O que não foi uma boa ideia. Mas enfim, bati o pé, até que meus pais se encheram do assunto, e lavaram as mãos. Ou seja, estudar só no meio do ano. Se é que até lá, vou ter certeza do que quero para meu futuro.

Mudando de assunto... Vocês devem estar se perguntando o porquê dos meus pais acharem meu namorado um delinquente. Calma eu explico.

Toda essa raiva, é porque em uma noite que enchemos a cara, sem querer, eu disse sem querer, pichamos a casa do nosso professor de matemática. O cara era um mala, e injusto com as nossas notas. Infelizmente fomos pegos com a mão na massa pelo policial, que fazia ronda. Ainda éramos de menor, então depois que nossos pais foram nos buscar, e de uma longa bronca, ficamos um tempão de castigo. O que lógico, não nos impediu de aprontar. Toda noite fugiamos para nos encontrar na casa de um amigo. Tudo o que é proibido, é mais gostoso.

E o pior dos meus problemas, foi exatamente com o Léo. Estávamos namorando já a um tempão, isso mesmo "estávamos" do verbo não estamos mais.

Depois de brigar com minha mãe, o que é muito comum, fui procura-lo. Ele estava em casa com o irmão mais velho. Fomos para seu quarto e nos deitamos na cama. Desabafei, chorei e ele me disse que seria sempre meu refúgio. O que foi muito fofo na hora, mas que agora toda vez que lembro tenho ânsias. Começamos a nos beijar, e o clima esquentou. Sou meio louquinha, apronto muito sem me preocupar com as consequências, mas quando o assunto era sexo, eu tinha um pezinho atrás. Já tinha rolado umas preliminares, mas ainda não tinhamos chegado aos finalmente. Como estava fragilizada, e as palavras doces soaram como um incentivo, cedi as suas vontades. Foi aí que perdi minha virgindade com o cara mais idiota do mundo.

No dia seguinte, voltei a casa dele, acreditando que nosso namoro iria melhorar. O meu ex cunhado estava do lado de fora jogando basquete, e disse que eu podia entrar e que os pais dele não se encontravam.
Fui entrando sem fazer barulho. Queria fazer uma surpresa. Mas quem foi surpreendida, fui eu.

Peguei o Léo atracado, com uma loira. Ser traída já é ruim, mas ser traída depois de ter me entregado pra ele é covardia. Como estava perto da estante, peguei a pequena pilha de livros que se encontrava ali, e atirei nos dois. Em meio a gritos com palavras de baixo calão, deixei aquele lugar.

   Doeu, confesso. Mas agora é hora de seguir em frente.

Resumindo tudo isso que eu contei:

1-Tenho uma convivência conturbada com meus pais.
2- Sou a pessoa mais indecisa do mundo.
3- O futuro é algo que eu temo.
4- Em matéria de relacionamento, sou azarada pra caramba.
Como podem ver, minha vida não é um mar de rosa. E prevejo que mais problemas e confusões virão por aí.

Espero que tenham gostado do Prólogo. :)
Estrelinhas e comentários são sempre bem- vindos. Só assim saberei se estou indo no caminho certo. Bjs

Mudança de Ares [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora