O Começo ou O Fim de Tudo? [HOT]

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Olha quem voltou!!!!
Pra alegria de vocês finalmente, FINALMENTE veio aí, se tiver alguém do conselho de medicina por aqui, finge que não leu tá?


Três dias se passaram e eu já tinha perdido as contas de quantas mensagens tinha mandado, sem nenhuma resposta.
Se não estivesse tão cheia de trabalho, com certeza teria enlouquecido de vez.
Se bem que eu já deveria estar totalmente insana, por surtar com o sumiço de uma pessoa que eu nunca tinha visto pessoalmente, não sabia sequer o nome.
Mas por mais que tentasse me enganar e fingir que estava tudo bem, todas as noites ao deitar a cabeça no travesseiro, cada detalhe dela vinha a mente, me torturando.

[...]

— Que inferno, quem inventou essa porra tão alta? — Gemi tateando cegamente a mesinha, em busca do meu celular, que tocava o alarme. — Não tenho um dia de paz nesse inferno de vida!

Levantei, como nos últimos dias, no meu pior humor e tudo era motivo para me irritar, xingar e querer socar a cara de alguém. [Ótimo momento pro Chet passar na frente né gente?]
Tomei banho e me vesti, pulando o café pois acabei atrasada pro trabalho, o que me irritou ainda mais, então somente catei meus pertences, indo para o hospital de táxi, já que não sabia onde tinha deixado a chave do carro.

— Bom dia, d-doutora... — Minha secretária gaguejou, provavelmente com medo da minha cara de poucos amigos. — Eu tive que encaixar uma paciente de última hora... Foi pedido de uma filha de uns dos diretores!

Ela rapidamente falou, em sua própria defesa, colocando a enorme pilha de prontuários em minha mesa, os olhos enormes por trás das lentes dos óculos.

— Tudo bem, mas vai ficar por último, não vou deixar de atender as minhas pacientes agendadas para dar prioridade a alguma pirralha querendo anticoncepcional ou tratar uma DST, só porque é filha dos chefes. — Respondi entediada, empurrando o prontuário para o final do topo. — Pode mandar entrar a primeira paciente.

A mulher praticamente correu pra fora da sala e logo o dia começou, com os casos comuns de sempre, como já tinha mais de dez anos de carreira podia escolher sempre os casos que atendia, além de ainda ter algum status no hospital por ter sido casada com Chet.

Meu humor ainda não havia melhorado por volta do horário do almoço, então não saí do consultório nem para comer, optando por pedir um sanduíche simples e suco, foi até bom, assim pude agilizar os atendimentos.

Finalmente estava chegando o final do expediente, então resolvi pegar o prontuário que tinha, por pirraça jogado para o final na pilha, abrindo sem muito interesse.
Franzi o cenho ao ver que aparentemente era a primeira consulta dessa garota com uma ginecologista, já que pouquíssimas informações tinham sido preenchidas, somente os dados mais básicos.

Tirei o telefone do gancho e pedi para minha secretária chamar a paciente, logo o recolocando no lugar, meus olhos voltando a baixar para o prontuário, com curiosidade.
Após uma batida baixinha na porta e um "entre" da minha parte, ouvi o som de passos incertos seguidos da porta fechando suavemente, mas a mulher parecia ter parado no meio do consultório.

— Er... Eu... Merda, isso é tão constrangedor! — Uma voz melodiosa e doce proferiu baixinho, gaguejando pelo nervosismo.

Antes que eu pudesse sequer raciocinar o prontuário caiu na mesa e minha cabeça estalou para cima.

Nem fudendo.

A porra do meu cérebro finalmente tinha dado perda total com excesso de trabalho e pouco sono.

Aquela voz... Isso era real?

[ Alguém apanha aqui o queixo da nossa querida do chão?]

Ela estava vestida com um vestido de alças branco, que fazia um contraste imenso com seus cabelos longos e escuros, as bochechas, que eu sempre imaginei, eram redondas e estavam com uma linda cor vermelha, os olhos levemente amendoados piscando enquanto aquelas mãozinhas pequenas, que eu já conhecia bem, torciam a alça da bolsa de forma nervosa.

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