I - O Início

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Eu estava caindo, caindo dos céus.

Não, eu não sou um "anjo caído" (mas bem que parecia). Eu estava caindo de forma abrupta do céu, seu tom azulado e suas nuvens brancas enchiam meus olhos e, cada vez mais, iam se destanciando deles. Eu me sentia desesperado. "Como fui parar alí? onde estou?" e outras perguntas haviam em minha cabeça.

Até eu cair num gramado esverdeado, macio e sem nenhum inseto ou qualquer outro tipo de vida animal por perto. Caí de costas nela e não senti nenhum tipo de dor, apenas um desconforto ao ver o horizonte vazio.

 Caí de costas nela e não senti nenhum tipo de dor, apenas um desconforto ao ver o horizonte vazio

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Eu estava confuso, muito confuso. Não fazia idéia de onde eu estava, como fui para alí e até de quem eu era. Me levantei devagar, por eu estar descalço consegui sentir a maciez da grama esverdeada, não estava com muita roupa (apenas calças, sem nem blusa) então senti um arrepio quando um vento forte passou por cada entranha de meu corpo. Tudo era como um sonho (literalmente).

Andei de devagar, sentindo aquela brisa boa do vento em meu rosto. Não precisei andar muito para achar um porta, mas ela estava em um lugar meio "inapropriado". Só pude a observar de longe por um tempo com cara de "o que?", andei e andei até ela até alcança-la.

 Só pude a observar de longe por um tempo com cara de "o que?", andei e andei até ela até alcança-la

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Abri... não tinha absolutamente nada. Nem chão, nem teto, nem paredes, apenas escuridão total, eu não conseguia dizer nem se quer uma palavra, me sentia completamente sufocado. Me desesperei e sai pela porta novamente tossindo, tossindo flores... FLORES. Elas saiam de minha garganta de uma forma que aparentemente nunca ia acabar. Quando me dei conta, parei de tossir e reconheci de conde eu estava: a escola, o pior lugar onde um adolescente pode coexistir com outras pessoas e, também, o pior lugar onde um adolescente pode achar um amor. "Esquece" pensei.

[Imagem não-autoral]

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Comecei a andar, haviam flores no piso, consegui sentir a mesma maciez da grama. Olhava para as salas de aulas me recordava dos tempos escolares (os piores momentos da minha vida).

— Oliver? — Ouvi alguém sussurrar meu nome bem no meu ouvido e quando me virei, tinha voltado ao passado de forma abrupta.

O chão já não era de flores e a gritaria enchia meus ouvidos... me vi de longe, entrando numa sala. Aquele era o dia, o primeiro dia no inferno. Corri até o eu do passado esbarrando em todos aqueles "NPC".

— NÃO! — Gritei de longe esticando meu braço, querendo tocar a mim mesmo e alertar-me do que estava para acontecer.

Senti uma mão fria no meu ombro me puxando e quando vi tinha passado para o presente, o chão de flores inundaram meus olhos juntos a lágrimas. "Não foi culpa minha" dizia a mim mesmo, mas era inevitável sentir uma culpa crescente no momento.

Voltei a andar, soluçando e chorando. Mas o ambiente me acalmava, as flores me acalmavam, o vento batendo no meu corpo me acalmava. Eu amava aquele ambiente e poderia ficar ali para sempre, mas não pude... nunca pude.

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