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SÃO PAULO - domingo, 19 de março

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SÃO PAULO - domingo, 19 de março.

— mamãe, mamãe, mamãe! — acordo com repentinos pulos de Anthony na cama.

— bom dia pra você também... — digo ainda meio sonolenta tentando me levantar.

— já tomei café. Vovô tá saindo já, hoje tem jogo! A gente vai né? — pergunta empolgado conversando alto.

— deixa eu acordar primeiro meu amor... — resmungo me levantando, logo indo até o banheiro. Anthony desce até a cozinha, voltando novamente pra ficar com meu pai. Faço minhas higienes, volto pro meu quarto e pego uma das roupas que ainda estavam nas malas, vestindo-a.

Quando pego meu celular do lado do meu travesseiro, havia várias chamas perdidas da minha advogada, Lauren. Então logo a retorno.

— o que houve? — pergunto já preocupada assim que ela atende.

— Bella, olha... o Peter já entrou com o processo da guarda do Anthony.

— mas ele nem era um pai presente. Não tem como ele ganhar né?

— então Bella, se lembra da candanga com quem ele tava? — se refere a garota de programa cujo o mesmo me traia frequentemente.

— como me esquecer?

— eles estão juntos. Depois de um tempo, o Rodriguez pode alegar uma união estável e fonte de renda melhores que as suas... que no caso atualmente são nenhuma. Ele tem mais chance que você nisso Bella... — joga na lata.

— Lauren, você tá me dizendo que ele vai conseguir a guarda do Anthony? — pergunto entredentes.

— se você não correr atrás de fazer algo pra melhorar suas chances, sim Bella. Mas o começo das audiências são só daqui a um mês. Você vai precisar vim com ele pra Nova York nos dias.

— tá bom... obrigada. — desligo logo após agradecer. Minha mente já estava uma confusão. Como eu iria melhorar minha vida em um mês? Ele vai declarar que tem um relacionamento estável e uma fonte de renda boa fixa. Como eu vou competir com isso? É oficial, eu acho que eu vou infartar...

— Bella? — meu pai bate na porta do quarto. — posso entrar?

— claro! — sorrio falsamente. Meu pai não poderia nem sonhar nesse caos todo, iria pirar mais que eu.

— eu já tô indo pro CT. Você vai no jogo hoje, né? — pergunta animado.

— acho que sim. — dou de ombros.

— vou deixar sua entrada liberada. — assinto pro mesmo e sorrio. Logo então ele sai me deixando sozinha no quarto.

Suspiro pesadamente e então tomo coragem pra descer.

— mamãe, joga bola comigo?

— vovô já foi? — pergunto pro pequeno.

— acabou de sair. Joga?

CONFUSÃO DUPLICADA •Raphael Veiga•Onde histórias criam vida. Descubra agora