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SÃO PAULO - sexta feira, 17 de março

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SÃO PAULO - sexta feira, 17 de março.

APÓS A MENSAGEM de Maya, desligo meu celular e volto minha atenção ao pequeno Anthony que estava jogando bola no quintal.

Eu nunca gostei muito de futebol, ao contrário de meu pai. E com toda certeza ele puxou o avô. O pior era que Anthony é realmente bom pra idade dele. Tiro meus pensamentos de meu filho quando ouço meu celular vibrar novamente, e dessa vez infelizmente não era Maya.

Chat on
PROGENITOR DO ANTHONY

A gnt pode conversar?

Não, não podemos Peter.

Quando é q vc volta pra NY em?

Não vou voltar, eu te falei.

E o Anthony? Eu tenho direito de ver meu filho.

Então se vira na justiça pra conseguir a guarda dele meu filho, ele não sai de perto de mim nem amarrado.

Então se muda de volta pra cá, simples.

Até parece
Não quero e não vou.
Só te comunicando que agora vou te bloquear, se quiser resolver alguma coisa sobre a guarda do Anthony ou sobre a papelada do divórcio vc já tem o e-mail da minha advogada.
Passar mal.

*você bloqueou este contato*

Chat off

Não é como se ele fosse morrer se ficar sem ver o Anthony. Ele mal ficava em casa, e quando ficava nem ligava pro garoto. Mesmo morando juntos, Anthony nunca teve uma verdadeira figura paterna. O mais próximo que ele chegou disso foi com meu pai. Então não, eu não tinha nenhum peso na consciência em deixar meu filho longe desse palerme, sei que só estaria fazendo o bem pra ele.

— mamãe, mamãe! — Anthony me tira dos meus pensamentos correndo em minha direção.

— o que foi meu amor?

— eu tô com uma dor na barriga... — ele reclama manhoso enquanto eu o pego no colo.

— oh meu amor, tenta explicar pra mamãe como é essa dor. — um aperto se faz presente em meu coração, seus olhos realmente expressavam dor.

— eu não sei... só tá doendo. — ele me abraça.

— vamo' lá pra dentro então. Mamãe vai te dar um remedinho e ficar deitada com você. — digo já o levando pra dentro.

Após não muito tempo deitada no sofá da sala com Anthony em meu colo, meu pai chega.

— iiiih, o que houve com meu príncipe que não tá agitando a casa toda? — meu pai pergunta se aproximando ao ver a quietação do pequeno.

CONFUSÃO DUPLICADA •Raphael Veiga•Onde histórias criam vida. Descubra agora