14. Rainha Visenya

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Depois de se trocar e rir-se um pouco, Visenya esteve na sala do pequeno conselho junto de seus senhores conselheiros, mas sem Aegon e Aemond, que ainda não tinham efeitos especiais de onde quer que viesse.

"Vossa Graça, acredito que devemos esperar por Aegon. A senhora ainda está abatida pela morte de seu filho e temo que tome uma decisão imprudente." – Falou Jasper Wylde, o mestre de leis. A rainha olhava para o homem e tinha a sobrancelha, como se o desafiasse a continuar.

"Caso não se lembre, Lorde Wylde, antes de meu marido ser nomeado herdeiro do Trono de Ferro e coroado rei, eu fui a herdeira de Rhaenyra, a primeira na linha de sucessão ao trono, e fui treinada desde o nascimento para governar este reino. Fui criada para ser uma rainha e pretendo desempenhar esse papel com excelência." - Respondeu Visenya, sentando-se na cadeira do rei e calando Wylde.

"Meus senhores, como bem sabem, meu filho foi morto de uma forma cruel e imperdoável, e isso é simplesmente consequência da morte de meu irmão, Lucerys Velaryon. Já estou ciente da mensagem divulgada ao reino sobre o pretexto de arruinar a imagem de Rhaenyra , mas existe algo que também deveria preocupar a mente de vocês." – Começou Nya, olhando para todos os presentes e analisando suas reações.

"Acredito que todos aqui saibam o que move um reino: o povo. Sem os plebeus de King's Landing, nós não viveríamos no luxo, não teríamos roupas ou alimentos." – Disse, ainda encarando a todos na mesa.

"Agora, quero que me digam o que estão fazendo quanto a eles. A população está ficando sem comida, vários estão morrendo por doenças, e nem mesmo o teatro é entretenimento para eles." – Informei.

"Estamos entrando de cabeça em uma guerra civil, e se ao menos desejamos vencer, deveríamos conquistar os aliados internos primeiro. Tudo o que eles precisam é de comida e entretenimento, e logo mais se ajoelharão para seus legítimos soberanos." – Explicou Visenya, esperando uma ocorrência dos senhores.

Lord Wylde engoliu seco e trocou olhares nervosos com os outros membros do conselho. O silêncio na sala era palpável, interrompido apenas pelo crepitar das chamas nas tochas.

"Vossa Graça, a senhora está certa." – Admitiu finalmente Lord Tyland, o mestre da moeda. "Precisamos redirecionar os recursos para garantir que o povo seja alimentado e cuidado. No entanto, estamos em guerra e nossos recursos são limitados. Precisamos de apoio adicional para sustentar essas medidas."

"Então, encontre uma solução, Lord Tyland" —  Ordenou Visenya, em voz firme. "Corte os luxos desnecessários, reavalie os impostos, e garanta que as reservas de grãos sejam distribuídas de maneira justa. E quanto ao entretenimento, revitalize o teatro, promove festivais e torneios. Mostrem ao povo que seus governantes se importam."

Lord Lannister concordou, anotando rapidamente as instruções. "Irei começar imediatamente, Vossa Graça."

Visenya virou-se para o mestre dos navios. "E quanto à nossa frota? Precisamos de patrulhas mais atentas para garantir que os suprimentos cheguem sem interferências. Além disso, precisamos proteger nossas rotas comerciais."

Ó Senhor acenou com a cabeça. —  "Sim, Vossa Graça. Reforçarei as patrulhas e garantirei que nossas rotas comerciais sejam seguras."

"Ótimo. E quanto às alianças? precisamos de mais apoio. Enviem embaixadores para as casas que ainda estão indecisas. Mostrem a elas que nosso lado é o certo e que temos o apoio do povo." — Continua Visenya, olhando agora para o mestre dos suspiras.

"Já estou trabalhando nisso, Vossa Graça," ele respondeu, inclinando-se suavemente.

"Perfeito. Agora, quero relatórios diários sobre o progresso dessas medidas. Não podemos dar ao luxo de cometer erros", declarou Visenya, levantando-se da cadeira.

As Chamas do Dragão - Aegon TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora