15. Planos de Guerra

476 59 4
                                    

Notas: Mudei a forma de sinalizar a fala no texto.

Na manhã seguinte, as ordens de Visenya já estavam sendo executadas com eficiência. Cestas básicas começaram a ser distribuídas pelo reino, começando pelas casas ao redor da Fortaleza Vermelha e se espalhando rapidamente por toda King's Landing. Pequenos negócios, como os dos ferreiros, receberam uma quantia generosa para investir em matéria-prima e produzir os armamentos e uniformes necessários para a Guarda Real.

Além disso, a rainha decidiu adotar uma estratégia já utilizada por sua ancestral Rhaenys Targaryen: reforçar contos populares. Pessoas específicas foram escolhidas para começar a espalhar rumores que melhoraram a imagem da família real reinante, fazendo com que a população os visse com mais simpatia e respeito.

Logo na primeira semana, o conselho já podia observar bons resultados. A população parecia mais satisfeita a cada dia que passava e, aos poucos, começava a ter acesso a alimentos e entretenimento. Com o reforço das lendas populares de que os Targaryens eram deuses, novas teorias começaram a se espalhar pelos Sete Reinos.

A força demonstrada pela rainha e seu comportamento em meio aos assassinatos das pessoas que ela mais amava resultaram em um novo título: Visenya Targaryen, a Rainha Forjada no Fogo.

Quanto ao seu marido, Aegon Targaryen, ele também ganhou um título. A pedido da esposa, ele se fez mais presente entre seus guardas e retornou aos treinos com Sor Criston Cole, tornando-se conhecido como o Rei Dragão. Apesar da morte do filho, o casal estava em seu auge, e seus aliados estavam firmes ao seu lado. Aemond começou a montar a estratégia de guerra, ciente de que não poderiam agir de forma imprudente, pois os pretos estavam à espreita.

Baela Targaryen passou os últimos dias sobrevoando King's Landing, certamente tentando analisar o próximo movimento dos verdes. Segundo os informantes de Aemond, Jacaerys esteve em Winterfell, provavelmente reforçando sua aliança com os Starks.

Com os planos de guerra em andamento, a atenção voltou-se para duas coisas: o treinamento de Baelon como sucessor de Aegon e o aprimoramento de suas habilidades de luta. Como príncipe herdeiro, é crucial que Baelon seja instruído desde cedo a ter um pensamento sábio e não ser facilmente manipulado pelas opiniões ao seu redor, assim como Visenya foi, em contraste com a criação de Aegon.

A rainha entendia bem que um governante não podia ter a mente fraca; no jogo dos tronos, todos querem uma parte do poder do rei, e se ele não souber lidar com isso, acabará sendo manipulado para servir aos interesses alheios.

Visenya sempre via isso claramente, tendo como exemplo a escolha de seu avô por Alicent Hightower, quando poderia ter se casado com uma casa de sangue valiriano.

No quarto do filho, a rainha estava vestida com um vestido verde-esmeralda em homenagem à Casa Hightower, enquanto um colar com o símbolo Targaryen adornava seu pescoço. Seu cabelo estava preso em um coque adornado com tranças, e ela ostentava uma tiara para destacar seu status real.

Seu filho estava sendo preparado por Meracila para a reunião do conselho que aconteceria em breve. Diferente da mãe, Baelon estava vestido nas cores vermelho e preto para simbolizar a Casa Targaryen, mas também usava um colar presenteado pela avó, com o símbolo dos Hightower.

— O jovem príncipe está pronto, Majestade — anunciou Meracila, olhando para a rainha e aguardando novas ordens.

— Obrigada, Cila. Está dispensada por enquanto — respondeu Visenya, pegando o filho no colo. — Vamos, Baelon, o dever nos chama — disse, recebendo um sorriso da criança.

A Rainha saiu dos aposentos do filho com a criança no colo, percorrendo os corredores silenciosos acompanhada de seu guarda pessoal. Ao chegar à sala de reuniões, foi recebida com cumprimentos por seus lordes conselheiros e criados presentes.

As Chamas do Dragão - Aegon TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora