Harlot ‐ JH.TY

A dispor da Desgraça - Cap. 28

Era por volta das 2 da manhã. Taeyong
depois de um longo banho se deitou, enquanto sua mente lhe sucumbia. Gostaria que aquelas águas levasse sua mente, amenizasse sua alma e lhe poupasse do desespero interior que lhe matava naquele momento.

– O Rei que lidera dois reinos com excelência, e matou milhares de soldados inimigos, tomou baldes de cerveja velha em todas tabernas das regiões, a tão desejada ex prostituta do Reino, feiticeiro, filho de Mo Young e esposa de Jung Taeyong, estar foragida como um terrorista criminoso, após matar todos do Reinado da Princesa Wendy HAHHAHHAH. – Taeyong rindo, sentiu molhar o travesseiro ao lado, que em meio a sua bolha de angústia, não sentia uma presença ali.

— Alteza. – Jung disse depois de escutar toda aquelas palavras de Taeyong, oque fez seu coração apertar em um misto de raiva e tristeza. Jaehyun se perguntava como, depois de tantos e tantos anos juntos, seu esposo poderia esconder uma coisa tão delicada como essa? Aquilo tudo era verdade? Ou apenas uma blasfêmia de Wendy? Estava tão absorto em seus pensamentos, que ao menos notou que Taeyong se assustou com sua presença, logo sacando uma espada e apontando em sua direção.

– J-jaehyun! Por quê não bateu na porta? Quer morrer?

– Eu bati na porta, mas você não escutou.

Taeyong e Jaehyun se olharam sem saber por onde iniciar aquela conversa.

– Me chamou ao seu quarto pra me olhar?

– Vamos nos divorciar.

– Tá maluco?? Que porra estar falando? Sei que nossa relação nunca foi boa, mas nunca pensamos nisso! Por qual motivo em meio todo esse caos, decidi essa merda?

– Jaehyun...  - Taeyong gostaria de abraçar Jaehyun nesse momento e nunca mais solta-lo. Ele sabia e sentia, que a vida ainda o tiraria de si, ele sentia que os dias próximos seriam como pisar em ovos. – Se afaste antes que você possa se envolver em qualquer coisa que estar por vir, por favor minha Majestade.

Jaehyun se assustou ao ver Taeyong se ajoelhar em sua frente, enquanto encostava sua cabeça nas pernas longas de Jaehyun, que ouviu o soluços baixos de Taeyong, oque fez soltar as lágrimas que estava segurando desde cedo.

– É tudo verdade. E além de tudo, eu e você somos malditos irmãos! Eu não me arrependo de definitivamente nada, Jung Jaehyun, eu mataria nosso pai da mesma forma que minha mãe matou... ela ou eu faria isso, mas a justiça teria que ser feita. Eu não vou tentar me desculpar por algo, pois afinal, meu único erro foi guardar esse segredo de você, porém a algo que você não sabe... faz exatamente 1 mês que descobri tudo isso, eu nunca soube que Moyoung teve um filho com seu pai, eeer... e-eu juro por todos os deuses que existe, eu juro por  Chittaphon, pelo meu Reino, por fav-

Antes que terminasse, Jaehyun tomou seus lábios. O beijo podia se considerado de início grosseiro e áspero, dando a transparência de alguém que beijava com ódio e raiva, o sabor salgado devido as lágrimas, deixava também com um ar de tristeza, angústia e desespero. O gosto de sangue mexia com o cérebro dos dois, fazendo ambos sentir seus olhos mais lacrimejados.

Jung Jaehyun, gostaria de esmurrar Taeyong, queria dizer pra todos que era tudo verdade, gostaria da justiça pelos seus pais. A falta deles lhe corroeu por muitos anos, mesmo lembrando do quanto seu pai era carrasco consigo, ou quanto batia na sua mãe, das várias vezes que trouxe suas amantes para o Palácio, seu pai era um completo desgraçado e ele sabia, ele sabia por tudo que Mo Young passou, afinal, ele a viu várias vezes e até mesmo lhe ajudou a fugir, ele só não sabia quem e por quê, aquela pessoa tinha que sofrer tanto pelas torturas de seus pais.

— Me desculpe.

— Desculpe pelo oque, garoto? – Mo, perguntava para o adolescente a frente.