Sheilla Castro

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Volteiiii

Mais um capítulo e esse com alguns flashbacks.

Curtam, comentem e TORÇAM PELO OURO!









- Criança, né? - Gabi tentou amenizar a situação, rindo amarelo - Tem cada pergunta...

- Por que será que a Ninna perguntou isso, não é? - Sheilla foi irônica - O que diabos você e suas amigas ficaram falando na frente dela?

- Ei, a culpa não foi minha. A Bruna que começou. E você ouviu também - Gabi se defendeu como pôde.

Foram interrompidas por Carol que retornou até onde elas e pegou Ninna.

- Ninna, vamos dar uma voltinha com a madrinha? Vem - e já foi logo colocando a menina nos braços de novo.

- De novo? Mas eu já dei várias voltinhas, tia Carol - Ninna colocou um bico na cara.

- Vai com a Carol, Ninna - Sheilla foi meio dura.

- Mas você não me respondeu, mamãe - ai, Ninna...

- Ninna, depois a gente conversa e eu prometo que explico. Agora, por favor, deixa a mamãe conversar com a Gabi, hum? É importante.

- Tá bom - a menininha assentiu, mesmo sem entender nada e se deixou levar por Carol.

- Vem - só deu tempo de Gabriela sentir o puxão em seu braço e quando deu por si, Sheilla a arrastava para um canto mais afastado do burburinho.

- Ai, Sheilla! - reclamou - Vem cá, eu posso saber por quê esse desespero? Não é como se fosse o fim do mundo a Ninna saber que nós namoramos - a Guimarães protestou.

- E você já parou pra pensar que eu não queria que ela soubesse assim? Que eu queria conversar com ela direito, com calma? A Ninna tem só cinco anos, Gabi e esse é o tipo de coisa que eu queria ter dito a ela diretamente.

Gabi viu seriedade e uma ponta de preocupação nos olhos de Sheilla. E então algo até então impensado lhe ocorreu: e se Ninna deixasse de gostar dela pelo simples fato de saber que ela andara beijando sua mãe um dia? Meu Deus, e se Ninna soubesse que fora ela, Gabi, a causa do choro e do sofrimento de Sheilla? Nunca lhe perdoaria, sendo Sheilla a mãe dela. Começou a entender o lado da empresária. Não era o tipo de coisa que se soltasse no meio de uma rodinha e esperasse que uma criança de cinco anos entendesse.

- Me desculpa - foi tudo que Gabi conseguiu verbalizar - Olha... me desculpa, Sheilla, eu não pensei na hora. Quer dizer, a Bruna, ela falou sem querer, você sabe como ela é e eu acabei entrando na conversa... - viu a cara que Sheilla fez e emendou - Mas também, não era nenhuma mentira. Você foi sim a namorada mais linda que eu já tive e a mais decente também.

- Ah, não... - Sheilla passou a mão pelos cabelos em um claro gesto de impaciência. Gabi prosseguiu com seu monólogo.

- É verdade. Foi você a melhor. Eu até te levei lá em casa. Minha mãe gostava de você.

- Gabi, eu vivia na sua casa! Aliás, eu, o Vitor e o Felipe, né? - havia uma pontinha de descontentamento na voz da Castro.

- É, mas eu não deixei nenhum deles usar meu sabonete francês. Só você - Gabi soltou e Sheilla paralisou, analisando a cara de pau dela.

- É sério isso? - mas não era surpresa no bom tom. Era descrença na coragem de Gabi de dizer aquilo.

- É... só você chegou perto do meu sabonete francês. Eu gostava dele, porque toda vez que eu sentia o perfume, lembrava de você.

Mil Acasos - SheibiOnde histórias criam vida. Descubra agora