Capítulo 11 - Arrependimentos

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  Estava fazendo meu aquecimento matinal quando Helena e Kusog chegaram. Helena prendeu seu cabelo vermelho e usava uma roupa de treino da Alissia. Kusog Estava usando só uma calça, eu precisava levar eles para comprar roupas. Se bem que o Kusog sempre fica só com uma calça. De todo jeito, vou levar os quatro para uma loja de roupas decente.

  — Já estou saindo – disse já saindo do campo de areia.

  — Não quer lutar contra nós dois?

  — Regras?

  — Vale tudo menos matar – Kusog já estava esticando os braços.

  — Então vamos nessa.

  Eu fiquei de um lado e os dois foram para o outro, era bem simples eu só precisava derrubar os dois. Helena pegou uma pedra e jogou para frente em um arco, quando a pedra bateu no chão eu comecei. Uma investida em linha reta na direção de Helena.

  Senti Kusog se aproximar rapidamente e dei um pulo para trás, areia levantou logo em seguida como uma explosão. Daquela nuvem de areia o gigante Kusog apareceu correndo na minha direção. Seus braços estavam cobertos por uma camada cinza de metal até o cotovelo.

  Voei para a direita e tentei detectar a presença de Helena, ela estava... por toda parte? Vários pontos de luz vermelha intensa surgiram ao meu redor. Antes de tudo esquentar e aquela luz vermelha cobrir minha visão, eu consegui revestir todo o meu corpo com uma camada grossa da minha energia.

POV – Helena

  Assim que mandei os pontos explodirem comecei a recuar e tomar meu lugar atrás de Kusog. Ainda sentia a presença do Fayn no meio daquela bagunça de fumaça e vidro recém-formado.

  De repente, toda a nuvem preta começou a rodar e se concentrou em uma esfera na palma da mão de Fayn. Ele estava coberto por uma camada tão brilhante e densa de energia que eu duvidei ser possível fazer algo assim. As partes da areia que se transformaram em vidro com a explosão refletiam a luz de sua armadura.

  Tudo aquilo parecia uma cena tirada direto de um quadro. A esfera negra do tamanho de uma palma absorvendo a fumaça me lembrou da nossa última luta. Era a mesma esfera, eu tinha certeza, mas essa era um pouco maior.

  Fayn fechou a mão e a esfera desapareceu como se nunca tivesse existido. A armadura de pura energia branca saiu de seu corpo e tomou a forma de várias espadas ao seu redor. Depois de um instante as espadas foram reduzidas a apenas duas. Ele pegou uma em cada mão.

  — Preciso praticar mais – Fayn riu enquanto dizia.

  Kusog deixou escapar um riso mas voltou a se concentrar. Ele olho para mim pelo canto do olho e eu entendi o plano, o meu falhou então vamos a moda antiga. Vamos sobrecarregar o Fayn e rezar para que o nosso corpo aguente.

  Eu parti primeiro e cobri minhas mãos com fogo enquanto reforçava meu corpo com energia. Me foquei nos músculos e ossos para maior impacto, reduziria minha flexibilidade mas tudo tem seu preço. Primeiro tentei um soco direto no rosto e ele desviou já vindo com uma espada no meu peito.

  Kusog usou uma mão para me puxar pela roupa e a outra para disparar um feixe de energia amarelada da mão. Em seguida ele me jogou para frente como um tiro acompanhado o disparo do feixe. Usei rajadas de fogo para me desacelerar o bastante para meio que flutuar no ar. Neste mínimo instante, eu fiquei lado a lado com Fayn, seu olhar me acompanhou me encarando nos olhos.

  Ele estava de pé e as duas espadas haviam se transformado em um quadrado na sua frente. O feixe de Kusog estava colidindo com o quadrado sem causar um mero tremeluzir. Tentei acertar um chute horizontal na nuca de Fayn, fogo foi lançado para acelerar meu golpe o máximo possível.

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