Capítulo 7 - O que é um Anhangá?

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— Elara! — o selkie a chama de canto curioso

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— Elara! — o selkie a chama de canto curioso. — Estava conversando aqui com o Lucca, e achamos que o Kael deve ter magia. — diz animado, afinal não era comum os feéricos treinarem seus poderes como antigamente, já que a praticidade da tecnologia erradicava a necessidade disso. — Ouvi falar que ele é estrangeiro, pode ser que por lá ainda mantenham os costumes, não é maneiro?

— Mas se ele usou magia para o cara confessar isso é ilegal não? Ele tem porte pra usar isso? Existe porte? — o outro comenta mais curioso do que qualquer coisa.

— Olha, independente que ele tenha usado ou não, se tem licença ou não, ele ajudou o Thalos, e isso é o que importa. Deixem ele em paz, o coitado não gosta de ficar chamando atenção, só quer viver na dele e vocês ficam falando nele, já não basta o que aconteceu na imprensa.

— Mas o cara é interessante. Todo misterioso. Quem já viu um sátiro na dele? Não deu em cima de ninguém, será que ele já é comprometido? Não vi aliança. — o selke se põe a tagarelar e ela tem tempo de apenas se virar e sair dali.

De fato, Kael era misterioso, ele sabia mais dela do que ela sobre ele.

E logo no almoço o grupo se reúne para comer, e ela pode o perceber esconder debaixo do purê de batata, pedaços de carne, algo muito anormal para uma raça exclusivamente herbívora.

— A comida aqui sempre é gostosa, mas hoje está bem especial não é Kael? —  Elara comenta a fim de indicar que havia percebido ficando mais ao lado do sátiro, mas o lerdo não entende.

As bochechas dele ficam coradas na hora, e suas longas orelhas se mexem.

— {Que papo é esse? Ela tá me dando ideia? Não! Se acalma não entende errado. Respira.} N-nao sei... é a segunda vez que venho aqui. Mas achei tudo bem feito. — ele apenas sorri logo dando atenção ao selke que novamente tenta o perguntar de onde veio, mas ele se esquiva fingindo não ouvir entrando em outra conversa.

Como ela estava bem ao seu lado, percebeu que em seu prato continha alimentos nada condizentes com um sátiro, disfarçados abaixo das saladas que ele mal tocava, e como gesticulava bem os demais mal percebiam isso.

Assim que eles terminam de almoçar, Elara olha que ainda restavam uns minutos para eles voltarem, então tem uma ideia. Ela chega um pouco perto do ouvido do sátiro e fala pra ele:

— Kael, aqui por perto tem um lugar legal que eu quero te mostrar, juro que vai ser rápido.

Curioso o rapaz acena que sim com a cabeça, se despedindo dos demais.

Para um sátiro que era famoso por grandes gestos teatrais naturalmente cantores e chamativos, ele tinha gestos extremamente minimalistas e sutis, com certa elegância até. Algo muito mais próximo de...

— Fiquei curioso. — corresponde com um sorriso simples e ela pega em sua mão, o levando correndo, o mesmo quase cai devido a velocidade e a empolgação dela.

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