~Damian POV~
Depois de avisar os amigos de Maerik que eles poderiam ir embora do hospital pois eu cuidaria dela, liguei para Dylan.
— Fala que que é? — E depois de tanto tempo, ele finalmente atendeu.
— Que demora pra me atender ein?!
— É que eu tava com sua tia, fala logo.
— As nove horas me encontra na frente do hotel que fica perto da minha casa.
— Não vai me pagar nem um jantar antes? — Respirei fundo.
— Já viu alguém pagar jantar pra puta? Tô falando sério, seu animal.
— Ixi se acalma aí, tá te encontro as nove. — Ele desligou.
Conheço o Dylan desde o fundamental, pouco tempo antes de eu conhecer Maerik, desde então ele me apoia em todas as merdas que já fiz por ela.As nove em ponto eu já estava em frente ao hotel, fumando mais um cigarro enquanto esperava Dylan, era normal dele se atrasar toda vez que a gente marcava algo, ele sempre foi péssimo em seguir horários.
— E aí meu consagrado, onde vamos? O que faremos? — Ele se apoia em meu ombro e olha para mim. — Você não tinha parado de fumar?
— Nunca parei. Vamos ao hospital, entra no carro logo. — Joguei o cigarro no chão e pisei nele o apagando.
— Vai querer que eu segure sua mão pra você tomar injeção é?
— Estamos indo para lá por conta de Maerik, entra logo no carro antes que eu te faça entrar a base do soco. — Eu disse adentrando o lado do motorista enquanto esperava Dylan entrar no lado do passageiro.
Durante o caminho expliquei a situação para ele e finalmente ele havia ficado sério por saber que era algo que colocava a vida de Maerik em perigo. Quanto mais o tempo se passava mais eu ficava nervoso em pensar que alguém já poderia estar dentro daquele quarto e estava prestes a matar a minha garota, Dylan tentava me acalmar mas suas tentativas eram falhas e só me irritaram mais.Quando chegamos fomos direto ao quarto de Maerik e para minha surpresa Apolo não havia mandado ninguém, ele mesmo estava ali para matá-la.
— Veio visitar sua ex? — Ele sorriu como se já estivesse me esperando. — Você ainda não entendeu que ela não pertence mais a você? Que ela nem ao menos sente o mesmo? — O sorriso em seu rosto tornava meu autocontrole inexistente. — Achou mesmo que poderia me impedir de entrar aqui? Meu pai é o prefeito e eu consigo entrar onde eu quiser, enquanto você não tem poder algum.
Antes que ele prosseguisse com suas falas, Dylan fechou a porta atrás de nós e eu fui para cima de Apolo dando um soco certeiro em seu rosto, enquanto eu o socava diversas vezes e ele falhava em tentar retribuir, Dylan checava o cano de soro de Maerik para ver senão havia nada, ele checou cada equipamento daquela sala para ver se Apolo havia alterado algo. Durante os seguidos murros que eu desferia em Apolo, senti minha coxa ser perfurada e cortada de modo profundo, quando olhei para baixo Apolo havia feito o corte com um bisturi, o que me fez cair para o lado e então ele aproveitou a deixa para subir encima de mim e retribuir os socos que eu havia dado porém quando Dylan notou, ele puxou Apolo e então a luta começou a ser entre Dylan e Apolo. Eu procurava algo para estocar o sangue que estava saindo de minha coxa, peguei um pano que estava encima da bancada que havia outros utensílios de cirurgia e o amarrei em minha coxa, por mais que eu ainda estivesse com dificuldades para andar, peguei uma tesoura e perfurei o ombro de Apolo, enquanto Apolo gemia por conta da dor e tentava estocar o sangue, Dylan pegou uma seringa e colocou sonífero na mesma, sonífero esse que eu havia trazido, então, quando Apolo se virou para pegar uma gaze, Dylan injetou o sonífero em seu pescoço fazendo com que Apolo desmaiasse.— Olha o trabalho que você me dá. — Ele disse ofegante enquanto tentava puxar o ar.
— Eu que estou sangrando e você que tá reclamando? — Dei risada e me sentei sobre o chão.
— Agora temos mais um trabalho... — Eu o olho sem entender. — O segurança tá vindo, temos que sumir com o Apolo.
Dylan começou a arrastar o corpo de Apolo até o canto da sala, sabíamos que o segurança iria só passar e olhar pela janela da porta e realmente assim foi feito, enquanto eu e Dylan estávamos no canto da sala, ao lado da porta, carregando Apolo e quando o segurança finalmente passou, ambos soltamos o corpo de Apolo o deixando cair no chão.— Eu achei que você ia segurar ele. — Dylan disse como se estivesse me repreendendo.
— Que? Era pra você ficar segurando! — Ambos estávamos conversando em um sussurro.
Esperamos um tempo até o segurança estar longe o suficiente para conseguirmos sair e sem que ninguém visse nós saímos com o corpo de Apolo sendo carregado por mim e por Dylan, nós os colocamos no banco de trás do carro e eu dirigi até uma casa que havia longe da cidade, perto da floresta que boa parte da população não iria por conta dos assassinatos que ocorrem por lá.
Havíamos deixado Apolo amarrado e com uma mordaça no porão da casa, enquanto Dylan ligava para os seus contatos que ficariam como seguranças no quarto de Maerik, ele explicou quem pode e quem não pode entrar lá. Eu fiquei pensando em como lidaria com a Rachel e o que eu poderia fazer para conseguir ajudar Katie, assim, eu teria mais armas contra Apolo e seu pai.
Eu não poderia matar Apolo pois poderiam ligar a sua morte com a rixa que sempre tivemos um com o outro e isso não me possibilitaria de ajudar Maerik e muito menos de conseguir torná-la minha. Minha mente estava com tantos pensamentos e nenhum me ajudava a criar planos para nenhuma das situações atuais.
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Ardente Vingança
FanfictionApós ser traída por sua melhor amiga e seu namorado, Maerik se vê sem chão e perdida em um forte sentimento de ódio. - Eu vou mostrar pra vocês a verdadeira razão de eu ter que tomar tantos remédios. Vocês irão pagar por cada mísero segundo do infer...