cap 2

16 2 0
                                    

Essa já é a 6 vez que uma mulher que encostou em mim morre com um tiro na cabeça. Estou começando a perceber sinais de suspeita.

Deixo meus pensamentos de lado e me levanto da cama. Vou até o banheiro, tiro a roupa e jogo no cesto. Ligo o chuveiro e sinto a água fria caindo sobre meu corpo. Terminei o banho, enrolo minha cintura com uma toalha e vou em direção ao closet. Visto uma cueca e logo em seguida meu terno preto com uma gravada azul.

Chegando a cozinha encontro a senhorita Margareth arrumando a mesa para o café da manhã. Parece que ela não me viu chegando.

- Bom dia, dona Margareth. - Ao escutar minha voz, ela se vira e curva suas costas iniciando um cumprimento.

- Bom dia, senhor Tyler. - Ao terminar sua fala, a mesma se indireta e coloca a garrafa de café sobre a mesa.

Me sento e pego somente uma xícara de café sem doce. Dona Margareth é a cozinheira mais antiga aqui dessa casa. Ela já é uma senhora de idade e a única que tem meu respeito. Termino meu café e me despeço da dona Margareth, pego minhas chaves acima do balcão e saio de casa indo em direção à garagem.

Escolho a Lamborghini Aventador vermelha, minha preferida. Adentro ela e saio de casa. Chegando em minha empresa, sou recebido por uma funcionária vestida com seu uniforme que, destaca muito seus grandes peitos.

- Bom dia, Sr. Adams. - a garota loira me cumprimenta.

Dou um simples aceno com a cabeça e ela me acompanha até o elevador. Essa garota trabalha aqui aquando tempo?

- Elizabeth já chegou? - pergunto para a garota que está apertando no último andar, que, coincidentemente, meu escritório é lá.

- Sim senhor. Ela está aguardando lá em cima. - Ela responde ainda de costas para mim. — Você sabia que responder seu superior de costa é um total desrespeito? - A loira se vira rapidamente na minha direção e se curva em um pedido de desculpas, ela coloca suas duas mãos no joelho.

- Me desculpe, Sr. Adams. - Esse movimento brusco que ela iniciou vez seus peitos se mexerem. Será que ela não sente dor nas costas?

- Que isso não se repita. - Digo simplesmente e saio do elevador logo após as portas se abrirem. Ando calmante o enorme corretor até ser recebido por mais outra mulher, só que dessa vez é a Elizabeth.

- Bom dia, Sr. Adams - Elizabeth me cumprimenta e caminha ao meu lado. Seu pequeno cabelo crespo estava amarrado em um rabo de cavalo com várias tranças na frente.

- Oque temos para hoje? - Pergunta para morena que pega seu caderno e começa a ler suas anotações.

- Uma reunião com o Sr. William, com o Sr. Lucas e sua mãe disse que iria ver o senhor. - Elizabeth falou abrindo a porta do meu escritório e dando espaço para eu entrar.

- Algum pedido, Sr. Adams? - a garota perguntou olhando para mim sentado em minha poltrona

- Não, obrigado. Pode se retirar. - Encaro Elizabeth se virando e caminhando até a saída, vejo que sua roupa é bem curta, principalmente atrás. Elizabeth tem peito pequeno, mas sua bunda é enorme. Acho que preciso parar de reparar na bunda e no peito das mulheres. Será que isso é falta de sexo?

Paro de pensar em besteira e começo a pensar em todas as mulheres que coincidentemente faleceram com um tiro na cabeça logo após tentarem algo a mais comigo. Algo de errado não está certo.

Olho para a foto minha que estava pendurada na parede, percebo que tem um ponto vermelho bem nas minhas mãos, ao olhar direito vejo ser uma mira. Mira de sniper.

Pego um espelho e, devagar, coloco bem do lado da minha cabeça para dar visão das minhas costas. Percebo uma figura preta com uma arma apontando bem na minha foto. Em movimentos suaves, pego meu celular e tiro uma foto do reflexo. Parece que a figura percebe que estou vendo ele pelo espelho e rapidamente guarda sua arma e some de vista.

Será mais um dos paparazzis? Bom, isso é que descobriremos. Mando a foto para meu segurança.

WhatsApp Marcus
Quarta-feira

*Foto enviada*
- Quero que você descubra quem
É essa suposta figura.
*Enviada 8:45*

- Entendido, Senhor.*Recebida 8:46*

WhatsApp off

Oque diabos era aquilo? Era pequeno, será uma mulher? Mas como uma mulher iria subir no alto de um prédio e focar a mira exatamente na minha mão? Isso não faz sentido algum! Sou interrompido dos meus pensamentos por um som de batidas na porta.

- Entre. - A porta se abre e Elizabeth me avisa sobre a reunião que eu tinha às 9:00. Concordo com a cabeça e ela some de vista.

Me levanto e vou até a sala de reunião. Chegando lá, já estavam todos reunidos apenas, esperando minha presença. Terminei minhas duas reuniões marcadas mandando mensagem para Elizabeth dizendo querer meu almoço. Cinco minutos depois, escuto batidas na porta. Que rápida, mando entrar.

- Oi, meu filhinho! - Valentina, minha mãe. Chega abrindo a porta e vem me abraçar. Eca.-

Bom dia! - Digo cautelosamente após ela parar de me abraçar.

- Aí meu amor, eu estava sentindo tanta sua falta! - ela diz dando pulinhos e vindo novamente me abraçar. Me afasto, odeio contato físico.

- Que legal - Ela estava sentindo falta do meu dinheiro. Falsa.

Valentina é infelizmente minha mãe. Essa mulher é completamente louca quando se trata de dinheiro. E quando meu pai faleceu, a herança foi praticamente dela, eu só fiquei com a empresa e o carro. Ela gastou toda sua herança em cirurgias plásticas, casas, homens, roupas e muitos outros. Agora que o dinheiro do meu pai acabou, ela veio pedir o meu. Valentina nunca amou de verdade meu pai, ela sempre amou o seu dinheiro.

- Está com quantos centímetros? - Ela pergunta para mim, vindo em minha direção. De novo. - Mesmo comigo de salto, você fica muito maior que sua mamãezinha. - Ela compara nossos tamanhos.

- Tenho 1,98. - Não quero fingir simpatia com ela. Por que ela não chega logo ao ponto? - Se a senhora quiser pedir algo, por favor peça. Tenho uma reunião há dez minutos. - Essa reunião é ir embora, tomar banho e dormir.

- Você é rude igual ao seu pai, sabia? - Ela se senta na cadeira de frente para mim. - Quero 250 mil dólares. - finalmente ela foi direto ao ponto.

Esse foi o menor valor que ela pediu em todos esses 7 anos.

- Tudo bem. Depositarei na sua conta amanhã cedo. - Digo, me levantando da cadeira e arrumando minhas coisas para ir embora.

- Quero hoje. - Valentina se levanta bruscamente da cadeira.

- Que pena. Eu só posso amanhã. - Estou com preguiça de ir ao banco agora. Saio do meu escritório deixando ela me xingar pelas costas. É completamente inútil discutir argumentos com essa mulher.

Deixo um aviso sobre ela para meus seguranças e vou embora. Hoje foi um dia normal, assim como todos os outros. Exceto a parte da suposta criatura de preto mirando em minha mão.

Elizabeth Colleoni
20 anos
Teimosa/corajosa/destemida

Em mundos diferentesOnde histórias criam vida. Descubra agora