Amor Fardado

Cap 8

Narrador Laura

Finalmente o dia acabou, enquanto eu ia pra casa pensava em como ficaria minha vida quando o Neto virasse um deles, não queria que seu coração mudasse pra esse lado tão escuro que aquele Capitão me mostrou ser.

As vezes a gente fecha os olhos e só enxerga o que queremos, era isso que as vezes acontecia comigo eu só via as partes boas, não via que quase todos os dias chegavam jovens baleados pelo menos nos meus dias, era algo que minha cabeça ignorava, eu fazia o que eu tinha que fazer e seguia os meus dias.

2 meses depois

Organizar um casamento, enquanto seu noivo não tem tempo nem de dormir direito não é uma tarefa fácil.
As primeiras semanas do treinamento foram fáceis, o próximo passo dele são as missões dentro de favelas, o que mais me preocupa é algo o machuque.

Depois de tomar um banho, vou fazer o jantar, quando o vejo entrar pela porta da sala.

- Oi amor, como foi seu dia ? - pergunto

- Oi amor, foi agitado - disse vindo em minha direção e me dando um selinho

- Agitado ?

- É, amanhã temos uma missão dentro do morro do Turano, temos que apaziguar o morro até a chegada do papa.

- Aa, entendi - disse com o olhar meio triste

- Mas amor, fica tranquila, eu já te prometi que eu sempre vou voltar pra você, sempre - disse segurando meu rosto com as duas mãos e me dando um beijo.

- Tá amor, vai tomar um banho e vem jantar que já está quase pronto.

NARRADOR NETO

2 meses antes

Hoje inicia a nossa instrução no BOPE e parceiro sei que não vai ser fácil.
100 alunos se inscreveram, certeza que nem metade vai chegar ao final, mas uma certeza eu tenho eu vou entrar nessa porra.
Nos levaram pra um lugar de mata e iniciaram as instruções.

- Boa noite senhores, meu nome é Capitão Nascimento, serei o coordenador de vocês do curso de Operações Especias - disse ele e um grupo de polícias entram.

- NUNCA SERÃO - gritam todos juntos e entram correndo.

Desceram o cacete em todo mundo, mal tínhamos iniciado e de pouco vi os alunos desistindo.
Mal conseguíamos comer, mas de uma coisa era que se deixamos comida na hora que devíamos comer, a porrada comia.
Eu tinha me encontrado, sabia que a minha decisão tinha sido a melhor pra mim, mesmo que Laura, as vezes tentasse me fazer entender que não, eu seguia com o meu propósito.
Mais cedo ou mais tarde, ela ia se acostumar, mas até lá, eu pisava em ovos, amenizava muito o que acontecia pra não deixa ela com mais medo.

Aos poucos, as instruções foram ficando, menos radicais (o que parece ser meio difícil), eu quase não tinha tempo para nada, mal conseguia dormir pensando no dia seguinte, o que teria de novo.
O que mais me deixava ansioso, que eu esperava demais, seria nossa primeira missão.

Até que esse dia chegou.

2 meses depois

Amanhã seria nossa primeira missão, apaziguar o morro do Turano para a vinda do papa. Essa porra, não seria nada fácil, mas era o que eu tento esperei, contar isso pra Laura, não seria nada simples.

Depois de mais um dia de expediente, a caminho de casa, fui pensando em como contaria pra ela sem assusta-lá.
Chegando em casa a encontro fazendo o jantar, vestindo apenas uma camiseta e calcinha, o que me deixa animado, entro e a observo dessa forma.

- Oi amor, como foi seu dia ? - ela me pergunta

- Oi amor, foi agitado

- Agitado ?

- É, amanhã temos uma missão dentro do morro do Turano, temos que apaziguar o morro até a chegada do papa.

- Aa, entendi - disse com o olhar meio triste

- Mas amor, fica tranquila, eu já te prometi que eu sempre vou voltar pra você, sempre - disse segurando meu rosto com as duas mãos e me dando um beijo.

- Tá amor, vai tomar um banho e vem jantar que já está quase pronto.

Fui tomar banho pensando em como ela aceitou bem a notícia, isso te me soando de certa forma estranho, apesar de Laura ser a calmaria em pessoa, o assunto polícia a deixa inquieta.
Depois depois de tomar banho, fui jantar e pra minha surpresa ela havia feito minha comida preferida.