Caio Castellani:
1 mês atrás (início de janeiro)
Campinas (São Paulo) -Brasil
Cheguei... Finalmente, até que foi uma viagem tranquila.
O aeroporto daqui é bem extenso, fiz questão de guardar poucas lembranças dessa cidade.
Estava curtindo minhas férias, lá eu conheci uma doce senhora que me ajudou muito.
Me deu um emprego, ela tinha uma pousada em Hallstatt...
Hallstatt é um vilarejo de quase 1000 habitantes, ou seja, é uma cidadezinha localizada entre belas montanhas e um lago que foi nomeado pelo povoado de Lago Hallstatt.
Essa lagoa virou um dos cartões postais do país, por ter uma vista belíssima e realmente, não sou de elogiar algo ou alguém... Mas aquela vista é de tirar o fôlego.
Essa senhora chama-se Leonor, ela se tornou um ombro amigo.
Cheguei lá tão desnorteado, sem saber o que ou quem eu sou e ela me ajudou desde a primeira vez que me viu... Teve uma coisa que eu não via há muito tempo, compaixão.
Era nítido que ela não precisava trabalhar, nem ter aquela pousada, ela tinha dinheiro, muita grana mesmo.
Me conta tudo e me dava conselhos, nunca escutei nada parecido vindo da minha mãe. Acho que vivendo com meu pai todos os dias se transformou em um ser frio, igual a ele.
Falando em família, falei com o Breno para vir me buscar e até agora ele não chegou... Vive atrasado, isso me irrita tanto. E ele sabe, faz isso para eu testar.
Faz 10 minutos que eu estou esperando aquele filho da puta, mal cheguei e já estou nervoso... A saudade que estava dele passou completamente.
Olho para o lado e o vejo dando risada a três fileiras de mim, tenho certeza de que ele não estava sentado ali há 2 minutos quando eu olhei ao redor.
Levantei, peguei minha mala e fui em sua direção, o cretino ainda tá dando risada.
- É sério? -Disse chegando mais perto.
- Qual foi, irmão? Amo zoar você. -Eu respondi.
- Sempre me irritando, né?
- Sempre. -Me respondeu vindo-me abraçar.
Nos abraçamos e eu estava com saudade disso, saudade de uma amizade verdadeira.
- Ainda tá com ele? -Perguntei.
- Guardei para você, não iria tirar isso.
- Ah, é? Gostei disso.
Saímos do aeroporto e era verdade que Breno ainda está com o meu bebê.
Audi r8 preto, avaliado em 1,5 milhões... Eu disse que tinha carro do ano, comprei ele um pouco antes de ir embora ainda tinha 17 anos.
Uau, ele está inteiro, brilhoso mais que o normal.
- Você usou ele para me procurar?
- Claro, ele é tudo seu. -Eu respondi jogando a chave no ar.
A peguei imediatamente e fui para o lado do motorista, nossa faz muitos meses que não dirijo... No vilarejo quase não tinha carros, pois era tudo perto, dona Leonor tinha um e me deixou dirigir 2 vezes.
Estava com saudades do meu bebê e sim, sou apaixonado nesse carro por isso deixei com o Breno, sabia que ia ser bem cuidado...
Se eu tivesse deixado em casa, meu pai com toda certeza tinha vendido.
- Vamos dar uma volta? -Perguntei.
- Sabe que vai ter que encarar eles, não sabe? -Eu respondi.
- Eu sei, mas fiz questão de esquecer muitas coisas que vivi aqui, então queria relembrar um pouco dessa cidade. Ahhh, qual é? Não preciso ir imediatamente para aquela casa.
-Sua casa. -Falou e eu revirei os olhos.
-Eu entendo, sério mesmo. Mas acho que deveria ir o quanto antes. -Disse.
- Por que a pressa? Aconteceu alguma coisa que eu deveria saber? -O questionei estranhando.
- A tia me contou um negócio hoje cedo, mas me fez prometer que não diria nada a você. Ela mesmo quer te contar.
- Agora tem dessa? Se alguém pedir para não me contar, você não conta?
- Sabe que a resposta é não, mas é um assunto delicado e eu não posso me intrometer dessa vez. -Me disse e minha curiosidade estava me corroendo.
Depois disso não esperava notícias boas, até porque o Breno se mete em tudo, é da família, se não fosse algo grave ele não falaria assim.
Estava indo na direção do shopping, lá não tinha e esse era o nosso passatempo preferido.
Sempre fizemos tudo juntos, sempre fomos melhores amigos, porém o que ele disse me deixou cismado, então fiz o retorno indo em direção à minha casa.
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Amor por uma perdição
RomanceOlívia Dantas, uma adolescente de 17 anos, cursando o último ano do ensino médio, nerd, amargurada, triste com a vida, querendo ter um pouco de paz e sossego, uma garota que já teve o seu coração quebrado e, por isso, jurou nunca mais se apaixonar p...