Depois de cuidar de suas feridas, Aether e Paimon subiram as escadas para a primeira visão da cidade de Liyue que tiveram nos últimos tempos. Ao mesmo tempo que parecia a primeira vez que a via, ainda carregava um peso forte e diferente da primeira vez, era ameaçadora, como se a qualquer momento um monte de flechas fossem voar em direção a eles.
Paimon parecia expressar o mesmo sentimento, sua respiração estava um pouco errática e seus olhos quase paralisados na cidade. Ela ficou ali observando por um tempo, enquanto Aether respirou profundamente e tirou o resto de um perfume que carregava consigo. A fragrância era semelhante a aquela que havia entregado a estátua dos sete na época em que ainda era bem-vindo na cidade. Talvez nem tanto, já que logo que chegou foi considerado culpado por ter matado o arconte geo, o que foi provado ser mentira no futuro.
Aether se aproxima da Estátua do Arconte Geo e olha para ela, seu olhar era emotivo e quase triste, mesmo que ele soubesse que Zhongli agora o odiasse, as memórias do tempo em que todos eram companheiros ainda cegava suas emoções de fúria, era difícil entender o porquê era tão problemático para Aether odiá-los, quando eles mudaram de lado tão rápido.
Com cuidado, o loiro deixou o vidrinho de perfume meio cheio no pé da estátua. O corpo dele estremeceu.
— Droga, Zhongli. — Ele resmungou segurando o choro. — Me pergunto se em algum momento realmente jogamos do mesmo lado, recentemente tive tempo para pensar sobre muito e... realmente queria saber o que ocorreria se aquele acusado por sua morte fosse uma pessoa comum... Ou se em algum momento você se arrependeu por deixar tudo nas mãos dos humanos que são tão imperfeitos quanto os próprios deuses...
Aether olhou para cima, como se esperasse por algo, alguma resposta de seu velho amigo, mas nada.
— Me perguntei muito, se, no dia que vocês finalmente descobrirem que a culpa de tudo isso não é minha, virão me pedir perdão por tudo ou voltarão a me usar como burro de carga. — Sua voz lentamente se tornou irritada. — Me perguntei o que eu faria quando esse dia chegasse... Incrível como eu ainda não sei qual seria o melhor caminho para seguir.
— Mas eu ainda quero mudar, espero pacientemente enquanto tento pagar pelo o que nem fiz, se eu apenas sumisse, o que ocorreria com as cidades às quais criei tanto afeto.
Um suspiro deixou seus lábios, seu coração estava um pouco mais leve, ele não queria falar isso para Paimon, até porque a pequena já carrega muito peso em seu peito, talvez o arconte o escutasse, mas se não o fizesse melhor.
A fada finalmente saiu da própria mente, ela havia pensado sobre muita coisa, principalmente sobre pessoas que pensava que eram confiáveis. Assim que 'acordou', Paimon olhou ao redor.
— Aether? — Ela disse sem vê-lo em seu campo de visão, apesar disso, sua voz estava calma, acima de qualquer confusão que tivesse, sabia que seu companheiro nunca a deixaria.
O viajante se afastou da estátua e voltou correndo.
— Estou aqui, Paimon! — Ele acenou com seu sorriso gentil enquanto subia as escadas.
Paimon piscou algumas vezes e finalmente o viu. Ela voou até seu lado como sempre fez e esperou por algum movimento.
— Está tudo bem, certo? — 'Perguntou.
A pequena acenou ansiosa.
— Vamos! Paimon não aguenta mais ver a cidade daqui! — Ela exclamou pegando a mão dele.
Aether se deixa levar e segue a sua amiga ao redor da cidade, o viajante ignorou a visão da cidade, ele permaneceu olhando para o horizonte ou para as paredes de pedra pelas quais passava.
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Traitor Aether - Reescrevendo (Genshin Impact)
Fiksi Penggemar✦Depois que Aether descobriu, por um Dainslaif, que os Hilitruls um dia haviam sido humanos, ele começou a se negar matá-los, não importava a comissão ou o preço que o pagariam, Aether apenas os levava para longe, mesmo que os machucassem um pouco. ...