Capítulo 4

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Aether e Paimon seguiram o caminho, foi uma boa caminhada. Antes de chegar em algum lugar, a pequena fada já havia se sentado nos ombros de seu companheiro, eles caminharam assim até avistarem a próxima torre de vigia.

Entre as duas torres, aquela era a pior, não era fácil de explicar, mas haviam muitos monstros por aquela área, às vezes se escondiam, às vezes não, aquilo só deixava tudo pior. Se ao menos não houvesse ninguém na torre, Aether passaria sem problemas, mas ter que dar a volta seria problemático...

— Viajante, o que nós vamos fazer? — perguntou Paimon.

Analisando a situação, a escolha era clara, ele não buscava por uma guerra com os homens que guardavam os portões de suas casas como cães, seria cansativo e Paimon odiaria, as duas opções dariam no mesmo final: dor.

Derrotado por seus pensamentos, Aether cuidadosamente recuou, seria realmente chato se aqueles homens o notassem. Mas como o mundo nunca foi gentil o viajante, um dos guardas no topo da torre levantou a mão e pareceu dizer algo para seus colegas, eles se juntaram e começaram a falar entre si. Aether sequer notou o movimento, estava focado em achar um lugar para se esconder que quando sentiu o vento da flecha passando pelo lado seu rosto, os guardas já estavam vindo em sua direção.

"Oh não..."

— Aether!! — Paimon gritou com os olhos arregalados, suas mãos pequenas agarravam os loiros cabelos do menino com força, sua respiração já estava ofegante pela flecha que quase a acertara no rosto.

Outra, outra flecha passou pelo lado de seu rosto e causou um pequeno corte em sua pele, Aether começou a correr o mais rápido que conseguia, um grito de raiva ecoou.

— Peguem ele! — A voz distante ecoou como uma ordem.

O loiro estava desesperado, ele não queria trazer tantos problemas...

Conforme corria, Aether pegou Paimon pela roupa e a puxou para a frente de seu corpo, ali ela não receberia dano nenhum se estivesse em sua frente. Mais flechas vieram e poucas acertaram de raspão, mas ainda ardia com passos, ele teria que costurar suas calças novamente, uma das flechas havia rasgado novamente.

— Aether, por favor, não pare de correr! — Paimon chorou se encolhendo no colo.

Ele não respondeu, apenas correu e correu, ele estava entrando dentro da mata. Seu plano era dar a volta e finalmente passar para o lado em que Liyue estava.

Paimon fechou os olhos e tapou os ouvidos, ela estava com medo e com raiva, aqueles caras não precisavam ir atrás deles! Paimon sabia que não haviam enviado uma ordem para que eles os caçassem, mas os malditos guardas ainda os seguiam como se fossem animais. Como se estivessem brincando!

Paimon se segurou para não fazer nada, não que ela conseguisse ferir algum deles. Conforme Aether corria, ela conseguia ouvir os guardas correndo, flechas passavam perto de aceitá-los, mas nunca o faziam.

Ela tentou ignorar, porém um chiado foi solto por Aether e isso fez o coração de Paimon acelerar, sua respiração quase parou quando ouviu o coração de seu amigo acelerar.

— Aether! — gritou a pequena abrindo seus olhos.

— E-Esta tudo bem... — Ele gaguejou ainda correndo.

Paimon tentou levantar sua cabeça, mas Aether a segurou com força para que não pudesse, então ela ficou ali em agonia apenas ouvindo o batimento acelerado, os passos rápidos e os homens gritando.

Traitor Aether - Reescrevendo (Genshin Impact)Onde histórias criam vida. Descubra agora