[05] Casa de praia

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Com o passar do tempo, a relação entre Kirishima e Bakugou ia se aprofundando, mas claro, sem ninguém saber

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Com o passar do tempo, a relação entre Kirishima e Bakugou ia se aprofundando, mas claro, sem ninguém saber. Afinal, não namoravam.

Eijiro nem conseguia denominar o que ele e Bakugou de fato eram. Talvez ficantes? É, por aí.

— Talvez se encarasse menos o livro e procurasse estudar mais, entenderia o conteúdo — o loiro despertou o garoto de seus pensamentos.

— Não é minha culpa se é tão desinteressante  — ele voltou a reclamar enquanto se afundava no sofá.

— Chega, amanhã a gente continua — falou firme, percebendo que Kirishima não tinha entendido uma parcela do que ele passou tantas horas explicando.

Para Eijiro, era muito difícil se concentrar, às vezes se pegava reparando em todos os detalhes do mais velho, e nossa, ele ficava muito sexy dando uma de professor.

— A gente pode fazer outra coisa agora... — Kirishima sorriu, sendo correspondido com um sorriso cafajeste do mais velho. E antes que percebesse, ele "engatinhou" até o garoto, que o puxou para um beijo. As mãos de Bakugou apertavam as nádegas do menor por cima do tecido fino de seu short. Kirishima gostava do jeito atrevido do loiro, mas sem ultrapassar seus limites, é claro

Afinal, quando as coisas começavam a esquentar e a ficarem interessantes, Katsuki se obrigava a interromper.

Foi quando uma batida na porta fez com que os garotos se distanciassem.

— Eiji!! — era Mina, que gritava do outro lado, ela batia repetidamente na porta. — Eu sei que vocês estão aí.

Kirishima se levantou para abrir a porta. Os olhos de Bakugou não disfarçavam o quanto estava irritado por ser atrapalhado.

— Finalmente! — a rosada entrou no dormitório. — Eu tenho uma ótima notícia — seu sorriso não negava o quão empolgada ela estava.

— Tenho até medo.

— Kirishima — ela o encarou — o que é isso no seu pescoço?

Eijiro sentiu seu coração parar de bater por dois segundos. Ele sabia muito bem o que era: uma das marcas que Katsuki deixava para o provocar — O que? — ele pôs uma de suas mãos por cima, a cobrindo.

— Você tem alguma coisa pra me falar, Eijiro Kirishima? — ela questionou de forma amedrontadora, pelo menos para Kirishima, com certeza foi.

— É, Kirishima. Você tem alguma coisa pra falar? — Katsuki se escorou no balcão da cozinha.

Ele gostava de ver como as bochechas do avermelhado ficavam coradas quando estava envergonhado. - Ah, isso aqui? Eu acho que foi a minha unha - Eijiro falou gaguejando, e por incrível que pareça, Mina acreditou na mentira esparrafada do ruivo.

—Então, como eu estava dizendo, eu tenho uma ótima notícia.

— Desembucha logo — Ordenou Bakugou, já irritado pela enrolação.

— Tá, tá — ela proferiu — já que todos nós passamos direto, com exceção do Sero, que precisou recuperar matéria, o que vocês acham de irmos para a praia? Meus pais têm uma casa de praia, a gente pode ficar hospedado lá durante a semana.

— E o Denki e o Sero?

— Eu já falei com eles e eles acharam uma boa, só falta vocês confirmarem.

— Agora você falou minha língua — o loiro falou, visivelmente como um "sim" à pergunta da garota.

— Perfeito! — ela deixou um beijinho na bochecha de Kiri — Vejo vocês amanhã — e então a rosada ausentou-se do dormitório.

— Unha, é? — provocou Katsuki, relembrando Kirishima

— Haha, muito engraçado você — ironizou o mais novo, cruzando os braços e balançando a cabeça com um sorriso sarcástico em seus lábios.

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— Já tá chegando? — era a décima vez que Denki perguntava para Bakugou, mas não obtinha respostas, apenas encaradas e, às vezes, alguns xingamentos dispersos.

— É aqui — a rosada apontou para a casa; suas paredes brancas refletiam a luz dourada do pôr do sol. O telhado de palha, que por sinal, estava cuidadosamente trançado, conferia um charme rústico e acolhedor, enquanto as janelas amplas permitiam que a brisa salgada do oceano invadisse cada canto do interior.

Eles entraram no edifício. — São três quartos: Kirishima e Katsuki ficam no de cima, Sero e Denki no de baixo e o maior é meu, claro. — Proferiu Ashido

— E por que o seu tem que ser o maior? — Sero cruzou os braços.

— Simples, eu sou a maioral — respondeu convencida.

— Fiquem aí brigando sozinhos — Katsuki os deixou para trás, sendo acompanhado por Kirishima até o quarto.

— Isso é perfeito — Eijiro se jogou na cama. — Dá pra acreditar que a gente vai passar uma semana aqui? — seus olhos não disfarçavam a empolgação. Já era bom não ter que ficar o dia todo estudando, imagina na praia.

— Realmente, a vista é linda. — E de fato era perfeita; o som relaxante das ondas quebrando na praia. O céu era de um azul profundo, pontilhado por algumas nuvens brancas que pareciam flutuar preguiçosamente. Abaixo, a areia dourada se estendia até onde os olhos podiam ver.

Katsuki despejou as malas ao lado de uma pequena cômoda que ocupava o lugar perto da cama e ajeitou cuidadosamente os pertences do ruivo.

Podia não parecer, mas ele sabia ser fofo, não com palavras, mas com atos. Afinal, ele não faria isso por ninguém; mas Kirishima, ah, ele era uma exceção.

E quando tudo estava arrumado, os dois desceram para a sala da casa.

— E aí, o que querem fazer hoje? — indagou Ashido.

— Ah, eu vi uma festa na entrada — Denki sugeriu. — Era uma boa, aí amanhã a gente curava a ressaca na praia — Sero complementou.

— Até que enfim deu uma ideia que prestasse — Katsuki bateu palmas de forma mordaz. A implicância realmente era um traço de sua personalidade.

— E você, Kiri? — A atenção toda se voltou ao garoto, que permanecia calado até então. — Ah, pra mim tá ótimo — ele acariciou os cabelos de sua nuca.

— Ótimo então — ela se levantou. — Vou começar a me arrumar já, se precisarem de mim, se virem — ela deu as costas para os garotos.

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Eu não sou seu amigo | Kiribaku/BakukiriOnde histórias criam vida. Descubra agora