Comunicação

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Fui dormir tarde e acordei muito cansada, fui acordada as pressas pela minha colega, estávamos atrasadas para o café.

Me arrumei e me aprontei em um pulo, fomos para o grande salão e tomamos o café, a noite anterior ainda estava gravada na minha memória, tinha quase toda a certeza que fora um sonho.

No meio-dia me chamaram para ajudar na horta, nunca fui boa com plantas, mas não podia fugir dessas obrigações.

A horta era um campo fechando por árvores e arames farpados, tinham várias fileiras de cebolas, cenouras, beterrabas e repolhos. Fui colhendo uma por uma com minha irmãs, o dia estava ensolarado e quente, nem parecia que na noite passada tinha dado uma tempestade.

Passaram-se 2h nesse processo, tiramos um tempo para descansar e beber água, quando terminei de beber meu copo, vi uma discussão se formando a duas fileiras de mim, curiosa, me levantei para ver o que era.

Uma garota gesticulava tentando se explicar, mas as outras irmãs não entendiam, ela estava desesperada para explicar que ela não pisou nas beterrabas de propósito.

Me aproximei perto dela, e falei para as outras irmãs:

- Parem de atormentar ela, não estão vendo que ela é surda?

As irmãs se olharam entre si, a culpa aparaceu no rosto de cada uma quando perceberam que a garota tentava falar em libras.

- Ela disse que não pisou nas beterrabas de propósito, e está se desculpando por isso.

A freira mais velha disse:

- Nossa, não fazíamos idéia que ela era surda, pensávamos que ela tinha problema.... Bom, pessa desculpa dela pela gente Samantha..

Me virei para a garota e gesticulei:

- "qual seu nome?"

Ela respondeu:

- " Meu nome é Liza"

-" Prazer em conhecer Liza, as irmãs estão se desculpando por terem sido grossa com você, elas não sabiam que você era surda."

- "Não tem problema, ainda bem que você sabe linguagens de sinais, eu estava ficando cansada de tentar falar algo."

Liza se acalmou e voltou a fazer o que estava fazendo, as irmãs me agradeceram e terminaram a colheita.

Nós fomos para dentro da abadia, ajudei novamente no almoço e depois fui orar, no tempo livre tirei a liberdade para ir no segundo andar de novo, mas antes peguei minha câmera, precisa de uma foto dele. Fui ver se o anjo estava lá, e para minha surpresa ele estava mesmo.

Dessa vez ele estava com uma expressão triste no rosto, olhava para baixo como se lamentasse por algo, suas asas abertas davam acolhimento, mas seu olhar transparecia sofrimento.  Eis aqui a foto que bati dele, a qualidade é sofrível, mas é nítida o bastante:

  Eis aqui a foto que bati dele, a qualidade é sofrível, mas é nítida o bastante:

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Amor e Pecado Em Monte CassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora