Escolhas

4 1 0
                                    


A vida é feita de escolhas, quando você dá um passo para frente, alguma coisa fica para trás.

Autor desconhecido


Adrien abriu os olhos e encarou o teto por alguns segundos. Seu sono não havia sido nada reparador, mas sabia que não poderia voltar a dormir. Com o cenho franzido ao notar a baixa luminosidade a seu redor, desviou seu olhar para as janelas do quarto e descobriu que ainda estava escuro lá fora. Achou estranho, porque retornara da casa de Marinette ao nascer do sol.

- Plagg? - Chamou baixinho

Não houve resposta

Esticou o braço para tentar acender a luz do abajur, mas após dois cliques nada de funcionar. Levantou-se e caminhou até o interruptor próximo a porta. Ainda estava meio trôpego devido ao sono. Pressionou o botão e nada. Droga!

Tudo aquilo era muito estranho. Chamou seu kuami outra vez

- Plagg, você está aí?

Novamente o silêncio. Adrien conferiu o dedo anelar da mão direita e respirou aliviado ao constatar que seu anel permanecia ali.

Saiu do quarto e encontrou o restante da casa também imersa em escuridão. Passou pelo quarto do pai e da Natalie onde encontrou portas trancadas. Chamou, mas ninguém lhe respondeu. Desceu para o andar de baixo e chegou a cozinha. Não havia ninguém e todas as lâmpadas pareciam ter queimado de uma só vez.

- Pai! Natalie! Tem alguém aqui? - Ele chamou mais alto, mas só pode ouvir os sons da noite lá fora.

Frustrado e com um estranho pressentimento Adrien tentou o escritório do pai onde com certeza ele estaria. A porta estava entreaberta, mas para sua surpresa não havia ninguém lá dentro. Onde estavam todos? Estava pensando em buscar o celular a fim de ligar para alguém quando ouviu uma voz suave ecoar pelo escritório

- Adrien...

Ele sentiu seu coração acelerar. Aquela voz! Olhou para o quadro onde estava representada a imagem dela. No meio da escuridão o quadro parecia reluzir. Ele ouviu a voz outra vez

- Adrien...

- Mamãe? - sussurrou

Reparou que dos fundos do escritório vinha uma luz difusa e o elevador que dava acesso ao subsolo estava com as portas abertas. Entrou no elevador que desceu sem que ele acionasse qualquer comando. Quando as portas se abriram no subsolo da mansão, Adrien avistou o corredor que levaria até a sala onde estava sua mãe, porém, ele estava diferente. Era um corredor mais longo do que o original. Adrien foi caminhando a passos lentos enquanto luzes de presença iam se acendendo.
Ao longo do caminho começou a ouvir ruídos que pareciam estar apenas na sua cabeça. Pareciam... vozes, milhares delas, que produziam um som como um enxame de abelhas. Ele não conseguia distingui-las, todos falavam ao mesmo tempo. Adrien colocou as duas mãos tapando os ouvidos em uma tentativa infrutífera de calar aquelas vozes. De repente ouviu uma se destacar entre as outras

- Concentre-se Adrien.

Era a voz de sua mãe. Ele passou a andar mais rápido pelo corredor e a chamou

- Mãe, onde você está?

- Concentre-se filho

Ele parou, olhando para todos os lados, mas não podia ver nada além das paredes do corredor e a escuridão atrás de si. As vozes foram aumentando e Adrien fechou os olhos, se concentrando para tentar ouvi-las.

Amor a provaOnde histórias criam vida. Descubra agora