Confie em mim - Narusasu

capítulo 12

ESSE CAPÍTULO NÃO FOI TOTALMENTE REVISADO, LEIA SABENDO DISSO

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Desbloqueio meu celular. Olho as horas. Duas da tarde.
Com os olhos semi cerrados eu olho em volta do meu quarto ainda sonolento. Tudo relativamente arrumado, mas eu ainda não estava raciocinando. Vejo de longe as roupas do Naruto e lentamente vou recobrando a consciência à medida que meus olhos arregalam.
Eu transei com o Naruto ontem.

- PORRA EU DEI PRO NARUTO ONTEM. - e uma pontada de dor me alcança imediatamente após eu falar em voz alta.

Me levanto, minhas pernas fraquejam um pouco mas nada que eu não acredite ser normal. Pego meu celular novamente pra enviar uma mensagem pro Naruto que parecia não estar na minha casa, o que era bem estranho ainda mais depois do ocorrido de ontem. Ele não sairia assim sem avisar, sairia?

"Oi sasu, tive uns probleminhas em casa mas já já eu tô de volta! vou trazer um presentinho pra vc"

Eu leio pela barra de notificação e estava constando como número desconhecido, como se ele tivesse com algum outro número ou algo assim. Fico pensando no que pode ter acontecido. A mensagem foi enviada a quase cinco horas e ele ainda não voltou. De qualquer forma só vou saber quando ele voltar.

Não sei se foi a foda que me deixou desse jeito mas eu me sinto meio aéreo, ao mesmo tempo meus sentidos estão hiper sensíveis ao ambiente, num sentido bom. Me sinto vivo.

Vou pro andar de baixo e preparo um lanche pra não morrer de fome, enquanto como reparo no quão silenciosa minha mente está. Não consigo definir se isso é bom ou ruim, é algo incomum. Mas então começo a me sentir inquieto.

Preciso de som.
Preciso de música.

Eu respiro fundo e paro por um momento. Vou até o quarto que costumava ser dos meus pais e vejo a guitarra parada, empoeirada. A guitarra que Itachi usou pra me ensinar a tocar. Eram ótimos dias.
Me sento na cama e boto a guitarra no meu colo depois de ter ligado o amplificador de som.

Faço sons aleatórios tentando me distrair enquanto o Naruto não volta.
Por mais que esteja velha, a guitarra ainda funciona perfeitamente. Me lembro de passar horas vendo o Itachi ensaiando pra banda que ele tinha com alguns amigos, frequentemente os vizinhos reclamavam do barulho tarde da noite. Agora parece engraçado lembrar disso.

As coisas realmente mudam.

Começo a tocar as cordas fracamente enquanto a melodia invade meus ouvidos me trazendo várias memórias de novo. Mas não me sinto triste.
Meu maior medo era morrer sozinho, deixar essa família morrer sendo um completo fracassado que ninguém se importa.
Mas um loiro de repente aparece e muda tudo. Talvez eu não morra tão sozinho e fracassado assim.

N: Ai toca pra mim Sasuke - olho em direção a porta e lá estava ele parado com aquele mesmo olhar bobo de sempre, óbvio que aquele tom era claramente malicioso mas eu já me acostumei a essa altura. Ele se aproxima me dando um selinho e se senta do meu lado.

- Tava ali desde quando? - eu coloco a guitarra no lugar e volto minha atenção pro Naruto.

N: Faz um tempinho. Então, você tá bem?

- Tô com um pouco de dor na parte de trás né, mas sim eu tô bem - eu sorrio me lembrando vagamente da noite de ontem. - Mas e você? Aconteceu alguma coisa na sua casa?

N: A Kushina teve problemas na madrugada e eu tive que ir atrás de resolver as merdas dela, já que o Minato não tem responsabilidade emocional nem pra isso. 

- Ela deu pt em algum lugar?

N: Antes fosse. Começou a espalhar informações pessoais minhas e do Minato pra todo mundo que ela via na rua. Informações do tipo ENDEREÇO, SENHA DO CARTÃO, NÚMERO DE TELEFONE. - eu começo a ficar meio assustado com a loucura dessa mulher. - Eu acordei com meu celular lotado de notificações e acredite algumas delas eram bem pertubadoras. O Minato começou a me ligar pra que eu resolvesse essa merda toda enquanto ele "cuida de outras coisas". Só se ele foi cuidar do cu dele por que eu tive que botar a Kushina em algum hotel barato até que as coisas voltem ao normal, tive que trocar de número por que eu simplesmente não aguento mais mulher no meu zap me mandando foto da buceta - eu fico mais indignado a cada frase que eu ouço ele dizer. - Tive que até ir fazer boletim de ocorrência. - ele diz enquanto se joga na cama suspirando alto.