Capítulo 15

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Julieta

Quando Matias pediu minha ajuda fiquei um pouco em dúvida. Ainda não tinha esquecido o que ocorreu há uns meses. O jeito que ele me provocou, me levando a fazer aquilo, a me entregar aquelas sensações, nossa, quando me pego imaginando... É difícil não lembrar daquela cena, ele com a cabeça enterrada entre minhas pernas, me enlouquecendo com seus toques, beijos e carícias, ou melhor, com sua língua entre meu clitóris. Fico ali deitada em minha cama pensando ainda mais nisso, lembro dos seus lábios, da imagem dele bem ali embaixo.

Eu poderia tentar resistir àquela tentação, não pensar nele e o quanto eu queria aquilo, muito embora eu tenha prometido à mim mesma que não deixaria isso acontecer de novo, não deixaria que ele brincasse com os meus sentimentos, mas como eu iria fazer isso se meu corpo o desejava, implorava para tê-lo de novo.

Enquanto continuava pensando, tomada pelo desejo que já estava sobre mim, me vi colocando as mãos entre as pernas. Coloquei um dedo dentro da minha buceta e comecei a me tocar, fazendo movimentos circulares, explorando cada parte dela que pulsava por conta da excitação que estava sentindo. Levantei minha blusa com a mão esquerda, sem querer tirar a outra mão de lá de baixo. Coloquei a mão sobre meu seio, acariciando, sentindo que meus mamilos começaram a ficar rígidos.

Tomada pela excitação e adrenalina, eu comecei a gemer, a desejar cada vez mais ter o Matias sobre mim, dentro de mim. Meu corpo o desejava. Não conseguia entender o que estava havendo comigo. Estava completamente fora de mim. Quando dei por mim, estava toda molhada. Mas ainda sentia aquele desejo e queria mais. Ia continuar quando minha mãe bateu na porta, me sobressaltando.

— Ju, querida, o jantar está pronto. — Me sentei sobre a cama.
— Tô indo mãe.

Após o jantar, eu e mamãe lavamos os pratos. Enquanto conversamos naturalmente, como sempre fazemos depois de uma refeição.

— Então, como foi o seu dia, querida? — perguntou mamãe, esfregando uma panela com a esponja.

— Ah, foi tranquilo, só algumas aulas e depois eu estudei um pouco — respondi, tentando parecer descontraída.

— Que bom, querida. E como estão suas amigas? — perguntou, virando-se para pegar um pano para secar a louça.

— Elas estão bem. A Mônica está animada para o projeto de ciências que temos semana que vem — comentei, ajudando-a a colocar os pratos no armário.

— Que ótimo! E como estão os namoradinhos, percebi que você tem andado bem pensativa, imagino que seja alguém que está tomando conta do seu coraçãozinho. —  Por essa eu não esperava. Mamãe me observava com um olhar curioso. Hesitei por um momento, tentando esconder a surpresa.

— Ah, mamãe... — sorri, tentando despistar. — Não tem ninguém, não. Só estou focada nos estudos mesmo.

Mamãe arqueou uma sobrancelha, claramente não convencida, mas não insistiu. Em vez disso, mudou de assunto, como se soubesse que eu precisava de um pouco de espaço.

— Está bem, querida. Então, você já decidiu o que vai fazer no fim de semana? — perguntou ela, colocando o último prato no armário.

— Acho que vou aproveitar para descansar e talvez sair com as meninas. Precisamos relaxar um pouco depois de tanta correria com os estudos — respondi, enxugando minhas mãos na toalha.

— Ótimo, descansar é importante. E se precisar de alguma coisa, é só me avisar — disse mamãe, dando-me um abraço rápido antes de voltarmos para a sala.

Enquanto nos acomodávamos no sofá para assistir a um filme, eu não podia deixar de pensar em como mamãe sempre conseguia perceber quando algo estava diferente comigo. Mesmo sem palavras, o vínculo que tínhamos era forte o suficiente para transmitir tudo o que precisávamos saber uma sobre a outra.

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⏰ Última atualização: Aug 21 ⏰

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