A Golpista | J-Hope (+18)

Capítulo 13 - Maldita

POV JUNG HOSEOK

O sol mal havia se levantado quando entrei no escritório que uma vez pertenceu ao meu pai.

Ainda era difícil acreditar que ele não estava mais aqui.

Seu falecimento foi repentino, e a responsabilidade de assumir a empresa caiu sobre mim de maneira abrupta.

O luto ainda pairava sobre mim como uma sombra, mas havia tarefas que não podiam esperar.

Entre elas, a contratação de uma nova secretária, alguém que pudesse me ajudar a navegar por essa nova fase.

Sentei-me à grande mesa de madeira que agora era minha, sentindo o peso da responsabilidade em cada fibra do meu ser.

Passei os olhos pelas pilhas de currículos e respirei fundo, tentando me preparar para a série de entrevistas que se seguiria.

As entrevistas se seguiram uma após a outra.

Todos eram competentes, mas minha mente vagava frequentemente para lembranças do meu pai. Sua ausência era uma ferida aberta.

Então, ela entrou.

A porta se abriu e Bak Yu-na entrou na sala com uma graça natural que imediatamente capturou minha atenção.

Havia algo nela que fez o tempo parecer parar. Seu sorriso era gentil, seus olhos brilhavam com uma inteligência viva, e seu porte elegante irradiava confiança.

Sua voz era suave, mas carregava uma firmeza que me cativou instantaneamente.

Convidei-a para se sentar e comecei a entrevista, tentando manter o profissionalismo, mas minha mente estava inundada por uma mistura de admiração e algo mais profundo.

E ela respondeu todas as minhas perguntas com um sorriso confiante.

Cada palavra sua era uma confirmação de que ela era a escolha certa, mas havia algo mais. Algo na sua maneira de falar, no brilho dos seus olhos, na sua postura segura.

Yuna era linda, com um corpo escultural e um rosto de anjo, mas era sua aura de confiança e determinação que mais me impressionava.

Enquanto ela falava, percebi que, pela primeira vez em muito tempo, algo dentro de mim se acendeu.

Uma faísca de esperança que eu não sentia desde a morte do meu pai.

Yuna não era apenas qualificada; ela era inspiradora. Sua presença era reconfortante, quase como se ela estivesse trazendo um pouco de luz para a escuridão que eu estava sentindo.

Ao final da entrevista, eu sabia que ela era a escolha certa.

Ela apertou minha mão com firmeza e sorriu novamente.

— Fico grata pela oportunidade.

Assim que ela saiu da sala, recostei-me na cadeira e suspirei profundamente.

Pela primeira vez desde a morte do meu pai, senti uma faísca de algo positivo.

Nunca havia me sentido assim antes. Uma coisa era certa: Bak Yuna havia deixado uma marca em mim, uma que eu sabia que não poderia ignorar.

Ela era mais do que uma candidata a secretária; era alguém que eu queria conhecer melhor, alguém que, de alguma forma, já tinha começado a transformar minha vida.

Atualmente...

Bato a porta do meu quarto e sinto as lágrimas que estavam presas descerem por meu rosto.