|Pov Kaya|
Depois que o Chad me explicou quem poderia nos ajudar eu fiquei descrente, ele estava quase que confiante demais que Tommy Jarvis poderia nos ajudar.
Eu queria muito acreditar nisso mas eu me pegava pensando como só um homem poderia dar conta de um assassino em série, parecia muito improvável.
Chad me disse que ia procurar alguma casa que tivesse um rádio, já que não tinhamos telefone, assim ele poderia entrar em contato com o Tommy, um cara que sobreviveu ao Jason.
Ele insistiu para mim ir junto com ele, não queria que eu corresse perigo, acho que ele se odiaria se algo ruim acontecesse comigo também. Se sentiria ainda mais culpado.
Porém eu neguei, separados podemos achar o rádio mais rápido, era arriscado mas tínhamos que tentar, nossas vidas dependiam disso.
Ele concordou muito a contra-gosto, mas só depois de eu prometer voltar a casa inicial em no máximo meia-hora. Se eu não voltasse nesse tempo o mesmo iria me procurar, com certeza.
Ele foi para um lado e eu fui para outro, nos despedimos com um abraço forte e desejos de boa sorte. Eu estava com medo mas não queria ser um fardo para Chad, se Jason fosse atrás da gente e ele tivesse que me proteger, isso seria péssimo.
A única coisa que me dá esperanças agora é sermos salvos por Tommy, eu não acho que minha irmã ou os outros estão vivos então vou fazer de tudo para achar esse rádio e fugir por eles.
O fato de Jason ter poupado minha vida uma vez me vem a mente, eu não posso ser tola e imaginar que vá acontecer novamente, eu preciso lutar, por isso eu estou segurando o taco de beisebol firmemente, se eu revidar posso ter uma chance.
Eu ando pela floresta, sentindo o frio e o medo a cada passo que dou, apenas seguindo a trilha por entre as árvores. Em algum momento eu me vejo perdida, a trilha acabou e eu não sei para onde ir, ou se devo voltar.
Assim que eu estava me convencendo a voltar, vejo não muito longe uma cabana no meio do mato, parecendo abandonada.
"Devo entrar? Pode haver um rádio lá" - Penso comigo mesma, hesitando se devo continuar já que parece perigoso.
Eu me forço a continuar, me embrenhando por entre as árvores, não é hora de fraquejar agora, eu prometi a mim mesma que vou lutar até o final, pela minha irmã, pelo Chad e pelos outros.
-
|Pov Narrador|
A garota entra na cabana, a madeira rangendo um pouco a cada passo e a poeira a fazendo tossir levemente. Dentro é escuro sujo e não cheira bem, o que a faz se arrepender de ter entrado.
Andando pelos cômodos pequenos ela se assusta ao encontrar algo que parece um altar, há uma cabeça do que parece ser uma mulher em decomposição no centro e algumas velas derretidas em volta.
O grito ecoa por além da cabana, o que a deixa arrependida instantâneamente, ela pode ter chamado atenção de Jason.
A Cox se aproxima do altar, controlando a vontade de vomitar por causa da aparência e principalmente o cheiro do lugar. Avistando uma plaquinha que dizia Pâmela Voorhees e um suéter que provavelmente era dela.
Ela pega o suéter, olhando-o com curiosidade, ela se pergunta se isso é a única coisa que ele tem dessa mulher. "Já que está nesse altar deve ser importante". - Ela pensa, cogitando levar consigo por uma possível troca com Jason.
Ela sabe o quanto objetos podem ter valor sentimental, não custava tentar afinal. "É tudo pela sobrevivência". - A Cox fala tentando se convencer, a garota sabe que se sentir mal por fazer isso é bobagem, ele matava pessoas, isso não era nada. Mesmo assim ele ss sentia um pouco culpada.
Kaya veste o suéter, mesmo com nojo por ele estar perto do cadáver, ela não pode ficar carregando nos braços então esse seria sacrifício necessário.
A garota pretendia sair da cabana agora, já que não encontrou nenhum rádio mas ela foi impedida por uma sensação sombria em suas costas. Ela se vira, apertando seu fiel companheiro nas mãos, o taco de beisebol.
Jason a olha se virar, ele estava logo atrás dela não muito longe do altar de sua mãe. Se a máscara não estivesse cobrindo seu rosto, a garota teria muito medo da expressão que ele estava fazendo nesse momento.
Um misto de sentimentos o invadindo. A fúria e a sede de sangue crescendo dentro dele, mas também um sentimento de...familiaridade.
Talvez por ela estar usando o casaco de sua mãe, ele não conseguia simplesmente atacar ela. Seu senso justiça estava gritando junto a voz de sua mãe mandando matar a garota.
Ela era inocente, mas invadiu a propriedade dele então era o certo matá-la. Esse era seu pensamento, mesmo assim ele não conseguiu.
Kaya vendo seu estado de confusão tentou atacar ele o que não funcionou como esperado, aquilo o despertou do seu transe e o fez atacá-la de volta. Foi um golpe forte mas não o suficiente para matar.
A garota cai no chão, a dor em sua cabeça a fazendo se sentir fraca e sonolenta. Não conseguindo se manter acordada, ela finalmente desmaia naquele chão frio e sujo.
Continua...
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Noite Sombria - Jason Voorhees
Romance|🪓| • Férias no Acampamento Crystal Lake, o que poderia dar errado? • Kaya Cox junto a sua irmã e alguns de seus amigos resolvem passar as férias em um acampamento chamado Crystal Lake, mas as coisas acabam saindo do controle quando um de seus amig...