Imagines Gilbert Blythe

Segura comigo (parte 2)

Autora original: mangoesblythe ou FeetOffTheTableX

ALERTA DE GATILHO: Este capítulo contém conteúdo de abuso doméstico.

Nota: palavras em itálico são usadas para dar ênfase, e palavras em negrito e itálico representam pensamentos.

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Você acordou realmente descansada pela primeira vez em semanas. Com um vestido azul e uma fita no cabelo combinando, você desce as escadas e vê sua mãe sentada na mesa de jantar. Tremendo, você faz o café da manhã. Sua mãe não diz nada, apenas te olha com desgosto. Você a entrega o café da manhã, pega um pão e sai da cozinha.
—Sua imprestável!, você esqueceu da minha bebida!— sua mãe grita. Dando meia volta, você coloca um pouco de leite para ela e vai embora novamente.
—Tenha um bom dia, mãe— você diz, sem esperar uma resposta.

Andando pela floresta, você começa a chorar e olha para suas mãos. Por que ela estava fazendo isso? Sentindo alguém cutucar seu ombro, você olha para trás e vê Gilbert, rapidamente escondendo suas mãos e limpando as lágrimas.
—O-oi
—Você está chorando?— Gilbert pergunta olhando nos seus olhos com a testa franzida.
—É só o vento.
—Certo...— a mão dele começa a encostar na sua, mas você rapidamente a afasta. Ele parece ter ficado meio desapontado.

Quando vocês chegam na escola, todos já tinham entrado. Ele abre a porta para você, ganhando um sorriso como resposta. Durante a aula, você tenta focar na sua lição, mas olha para Gilbert. Ele te envia um sorriso e você responde com outro, sentindo suas bochechas esquentarem.

No intervalo, você senta no mesmo lugar de ontem. Seu estômago dói quando você senta.
—Oi, S/n— Gilbert diz se aproximando— Eu trouxe outra maçã para você.
—Obrigada, isso é realmente gentil de sua parte.
—Posso ir para casa com você de novo?
E se ele ver meus machucados?
—Eu não sei...
—Por favor— ele implora, te lançando olhos de cachorrinho.
—Tudo bem— você responde, não conseguindo resistir aos seus olhos.
—Ótimo!— ele diz, sorrindo novamente. Ele começa a olhar nos seus olhos— você é linda— lentamente, ele coloca uma mecha de cabelo atrás de sua orelha.
—O-obrigada... mas eu não sou— sentindo suas bochechas quentes, você se levanta— te vejo depois da aula— você anda em direção à escola e morde um pedaço da sua maçã. Ela estava ainda mais doce que a de ontem.

A aula estava chata como sempre, e parecia que nunca iria acabar- embora você não quisesse que acabasse, você não queria ter que ir para casa. E, julgando por essa manhã, sua mãe não estava com um bom humor hoje.

Quando o Sr. Philips dispensou a turma, rapidamente você colocou seu casaco e chapéu e viu Gilbert te esperando do lado de fora.
—Oi, Gilbert.
—Oi, S/n. Eu gostaria de saber se você pode parar na minha casa para tomar um chá?
—Oh, minha mãe não vai deixar— você responde com um sorriso triste— Hm, nós devíamos ir. Eu não posso me atrasar.
—Seria tão ruim assim se você se atrasasse?— Gilbert perguntou rindo. Você parou e olhou para as suas mãos:
—Sim.
—Por que?— ele perguntou franzindo as sobrancelhas.
—Eu só não posso me atrasar— você responde. Agora Gilbert está andando do seu lado esquerdo, o lado da mão que não está machucada. Você decide ser audaciosa e segura a mão dele. Ele te olha e sorri de lado, você apenas ri. Vocês andam em silêncio, apenas aproveitando o som do vento e das folhas sendo esmagadas embaixo dos pés de vocês. Quando vocês chegam no final da floresta você olha para Gilbert.
—Obrigada por andar comigo.
—S/n, posso te falar uma coisa?— Gilbert pergunta olhando para o chão.
Será que ele sabe da minha mãe?
—C-claro—você responde nervosa.
—Eu... eu, hum...
—Girlbert, por favor, seja rápido, eu não posso me atrasar.
Gilbert desiste de falar e se aproxima. Ele encosta na sua cintura, mas você se encolhe de dor, fazendo ele rapidamente tirar a mão.
—D-desculpa, eu não queria...—Gilbert diz envergonhado. Você olha para ele com olhos arregalados, e se ele percebeu que você estava machucada?
—Eu realmente deveria ir agora—dito isso, você sai correndo.

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Gilbert observa enquanto você corre em direção à sua casa. Eu assustei ela? Eu não deveria ter tocado nela, eu sou tão idiota.

Ele começa a ir para casa até que ele vê flores e para para observa-las. Ele pega as mais bonitas, fazendo um buquê. Eu vou me desculpar com flores. Voltando para sua casa, ele consegue te ver pela janela. Ela é linda. Até que ele vê sua mãe. Ela parece estar furiosa. Ele consegue ouvir os gritos abafados de sua mãe:
—Primeiro você chega atrasada, e no café da manhã você queimou a minha torrada!
—Desculpe, mãe— você começa a chorar.
—Sua inútil! Você não vai jantar hoje e nem comer o café da manhã amanhã!
—Mas mãe, foi um aciden...— sua mãe te interrompe te empurrando, fazendo você cair.
—Saia da minha cozinha!
Gilbert fica parado assistindo toda a cena com a mandíbula cerrada. Eu não a assustei, provavelmente só toquei num machucado. Por que ela não me disse? Acho que ela só ia me dizer quando estivesse pronta. De qualquer forma, vou faze-la se sentir segura e amada enquanto isso. Ele faz o caminho de volta para casa, com punhos cerrados e lágrimas nos olhos. Agora não era hora para flores. Ela não merece isso.

Na manhã seguinte, Gilbert acordou mais cedo. Ele pegou duas maçãs e as flores que ele colheu ontem e foi para a floresta, esperando por você. Ele vê você saindo de casa e vai na sua direção.
—Bom dia, linda— ele sorri, tentando fingir que não sabe de nada do que aconteceu.
—Gilbert, você me assustou!— você diz rindo.
—Eu te trouxe duas maçãs, uma para agora e uma para o intervalo. Também trouxe essas flores.
—Obrigada— você responde. Você está tonta e tremendo por não ter comido, e rapidamente morde um pedaço da maçã.
—S/n, eu queria pedir desculpas por ter te tocado ontem. Eu não queria te assustar ou machucar, eu sinto muito.
Você fica com lágrimas nos olhos após a fala dele.
—Gilbert, eu preciso te falar uma coisa. Eu não me encolhi porque não queria que você encostasse em mim, eu me encolhi porque eu estou com um machucado na cintura.
Ele pega suas mãos, fazendo você se encolher de novo. Analisando, ele vê suas mãos machucadas.
—Você limpou isso?— ele pergunta com olhos arregalados.
—Claro que sim.
—S/n, eu sei sobre a sua mãe. Eu ia te entregar as flores ontem e acabei vendo tudo. S/n, eu quero que você saiba que eu estou aqui por você. Eu quero te ajudar, se você deixar.
—Por que? Por que você quer me ajudar? Eu sou uma inútil, e todo mundo sabe disso— depois de dizer isso, você começou a se sentir tonta novamente.
—Porque eu te amo— Gilbert diz enquanto passa um dedo sobre o seu rosto.
—Você o quê!? Gilbert, eu preciso me sentar— você diz se tremendo— eu não como desde a hora do almoço de ontem
Gilbert te ajuda a se sentar e em seguida senta do seu lado. Você estava chorando. Gilbert lentamente bota os braços dele em volta de você. Você começa a se sentir cansada pelas noites sem sono, colocando sua cabeça no ombro de Gilbert.
—Gilbert, eu estou tão cansada.
—Eu sei— ele diz te puxando mais para perto— Nós vamos faltar a escola hoje. Você merece muito mais do que isso— Gilbert diz depois de um tempo. Ele começa a acariciar seu cabelo.
—O-obrigada, Gilbert. Eu também te amo— você diz antes de começar a cochilar nos braços de Gilbert. Ele apenas sorri e beija sua testa.
—Você está segura comigo.

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Autora original: mangoesblythe

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xoxo, soso