Capítulo: Te vejo em sonhos!

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Tudo começa a ficar com formatos.

Estou no meu quarto rosa.

Sentada agarrando o Scar e chorando.

— Perguntei onde está sua irmã?

Chegou gritando no quarto

Ele agarra meu braço, eu lembro desse dia. Foram dois dias depois dela ir embora.

Tudo tinha sido uma loucura.

Eu tinha ficado presa dentro do quarto enquanto vários homens entravam e saiam do quarto de Brenda.

Todos me olhavam como se eu fosse a peça que não encaixava, a garota que sabia onde estava o fim dos problemas da vida deles, eu nunca fui.

— Pai, eu já falei que eu não sei!

Ele começa a gritar de novo com a mine eu.

Eu não vou viver isso de novo, penso enquanto saio do quarto abandonando o passado.

O corredor ainda é o mesmo de madeira com a foto da família de um lado e do outro uma estante de livros, minha porta era de frente da minha irmã e no final do corredor tinha o banheiro

Entro no quarto dela que está todo bagunçado, cortaram os pôsteres do One Direction, claramente ela mataria se soubesse disso, mas quando paro para pensar sobre acho que não, ela já não vinha aqui, aqui era seu inferno, há anos, ela já não era a mesma, ela tinha crescido mandava cartas para um garoto e tudo.

Mas ela ainda era incrível, forte e poderosa.

A cama tinha sido rasgada e o guarda-roupa quebrado. No chão um papel com um coração desenhado e dentro dele tinha escrito h+b.

Com vários mine corações, seguro o papel, eu nunca tinha reparado no mesmo. Como eu nunca tinha reparado nele?

— O que está fazendo no meu quarto?

Viro e lá está ela de novo.

Brenda com sua linda regata preta, tatuagem e calça larga do exército.

--Eu não tinha reparado, nisso aqui.

Aponto para o papel.

— Ninguém reparou.

Ela se senta na cama e coloca a mão do lado, me chamando para sentar-se do seu lado.

Vou lá e nas duas ficamos olhando para o nada.

— Como ele era?

— Não sei, eu sou da aqui.

Fala apontando para minha testa.

— Fruto da sua imaginação, eu não sei, ela não me contou também.

— Por que será?

Ela pega minha mão.

— Deve ter motivo, você é tudo para ela.

— Sempre me falam isso, é difícil acreditar.

— Você tem que manter a fé, ela teria mantido.

— Ela sempre mantinha a fé, a força, eu não sou ela.

Ela fica calada por um tempo e eu fico só olhando para ela e decorando a tatuagem.

— Por que um leão?

— Você sabe, ele é forte e é o rei.

— Não é o rei, somos os reis.

Falo passando o dedo em cima das linhas na tatuagem em seu braço

— Não as armas são os reis, somos só idiotas que se acham inteligente, já é forte o bastante para ela? Vai fazer?

. Eu vou fazer essa tatuagem, eu sou forte o bastante agora.

Ela dá um beijo em minha testa.

- Eu sei, sempre foi.

— Não sei se realmente sou.

— Acho que essa tatuagem se tornou um monstro para você, só faça uai.

— Você fala como se fosse simples.

Ela me olha com dúvida.

— E não é?

Não é simples, é a única missão que ela me deixou.

Levanto-me.

— Então por que eu não fiz?

— Não sei por quê?

— Eu não sou né?

— Na minha opinião é.

— Não, eu finjo ser mais estou quebrada por dentro desde que vocês se foram, sou fraca.

Ela me fita com dó

— Se fosse fraca como pensa, não deveria ter sobrevivido a tudo.

— Esse é o ponto, eu não entendo.

Olho para o nada, ela não vai me responder nem ela sabe.

— Você quer ver uma coisa?

— Não por quê? Quer sair daqui?

— Esse é o pior lugar de toda sua memória, na minha opinião.

— Tem piores na minha opinião.

— Vamos...-Ela olha para trás de mim-Amanhã hoje você vai correr daqui.

— Onde?

— Acorda!

Ela me balança.

— Por quê?

— Acorda agora!

Sempre em guerraWhere stories live. Discover now