Uma coisa legal nos meus sonhos e que é sempre um lugar lindo.
Hoje eu estou em uma cachoeira, eu lembro dela, quando eu era pequena minha mãe me levava lá, minha irmã amava pular de lá de cima mas eu não, eu gostava de olhar a cachoeira. É perfeita cena e como de regra eu viro para o lado e vejo ela.
A minha mãe.
Na verdade ela não envelheceu nada, nunca envelhece mesmo que agora ela teria uns sessenta anos, mas ela é linda como da última vez que a vi.
-Princesa, vem cá.
Eu ando até ela que está sentada numa canga azul, comendo uma maça.
-Oi mãe, estava com saudades de você.
Ela se aproxima e coloca um cacho do meu cabelo para traz da orelha.
-Eu não a vejo a um tempo.
-Foi semana passada mãe.
-Você cresceu.
-Não muito, eu só tenho emagrecido, desculpa por não ter voltado.
-Você não tem dormido.
-Eu não consigo.
-Porque pequena.
-Eu ainda não me achei, e nem a ela.
-Ela quem?
-A Brenda.
Ela riu alto, na verdade a risada dela era a coisa mais linda do mundo, eu poderia ficar horas a escutando.
-Ela está aqui.
Parece que ela escuta tudo e chega perto de mim.
-Quem? Eu?
Eu aceno com a cabeça.
-Ela não está perdida.
-É sempre isso mãe, ela vem e diz que me quer de volta, mas eu estou aqui, você que vai embora.
Eu começo a olhar fixamente para ela. Como todo dia ela nunca muda, linda de cabelo cacheado e olhos escuros com sua tatuagem no braço, um lindo leão, quando ela a fez eu disse que também queria, ela me falou que só pessoas especiais tem e que teria de esperar.
-Para de me encara -Ela bota a mão no meu rosto.
-Não briguem, vocês precisam ficar juntas- Ela olha para o relógio de pulso-Você não tem muito tempo minha pequena, você precisa pensar mais.
-Eu não quero ir hoje, eu tenho tanto para contar mãe, eu não posso.
Eu as abracei com a maior força que eu conseguia.
-Para, amanhã você vem não é? -Brenda.
-Me deixa ficar, por favor.
As lagrimas escorem no meu rosto e eu nas seco. Agora que tudo cai
Elas começam a sumir e agora estou apertando o vento.
E escuto barulho de bombas.
Tudo fica escuro e estou no carro.
O mesmo de todo dia. O Antenado de 23 de dezembro de 2056
-Pai não para.
As bombas caem do céu.
Meu pai pisa fundo e o carro vai cada vez mais rápido.
O barulho, é horrível.
O céu parece que sabia o que iria acontecer, ele era vermelho.
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Sempre em guerra
RomanceEm um mundo dividido pela guerra em Oriente e Ocidente, onde a comida é escasse e a esperança é nula... Ambar, uma franco atiradora, entra na maior Instituição militar já criada em toda história. Com o objetivo de proteger o legado de sua família...