Rainha Jauregui - Camren

Capítulo 9 - Perigoso

Boa noite meu amores, não desapareci não viu. Já aviso que não sou nenhuma advogada e muito menos no ano de 1800. Erros a parte, boa leitura 🫶🏻🫶🏻

Em um salão do Palácio Real, a audiência estava em pleno andamento. O rei, com expressão séria, era acusado de ter ameaçado apontando uma arma para a rainha, sua esposa. A tensão pairava no ar enquanto a rainha, visivelmente emocionada, pedia para falar.

Com voz firme, a rainha admitiu diante de todos que fora ela quem ameaçara o rei. Ela revelou que estava cansada de ser desrespeitada e vítima de violência por parte do monarca. Contou que, em um momento de desespero, apontou a arma para ele, mas o rei conseguiu se desvencilhar.

Nesse instante crucial, um dos guardas presentes na sala perguntou sobre o disparo da arma. Com a cara séria, a rainha confessou que apertara o gatilho sem intenção, e perdendo o equilíbrio tinha caído no chão.

— Os guardas que chegaram aos aposentos testemunharam a cena após o disparo acidental, interpretando erroneamente a situação. — Lauren falou sem falhar na voz.

A revelação da verdadeira sequência de eventos deixou a audiência em choque. O rei e a rainha trocaram olhares carregados de emoção e arrependimento. A partir daquele momento, as peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar, revelando uma história mais complexa do que parecia à primeira vista.

— E antes disso, quando adentrou o palácio em horas tão avançadas, onde se encontrava? — Indagou a mãe do rei com solenidade.

— Dirigi-me à morada de minha dama de honra, Alteza. — Respondeu Lauren prontamente, sem hesitação alguma.

— E por qual razão tomou tal decisão? — Prosseguiu o juiz com interesse.

— O rei ultrajou-me e agrediu-me. Busquei o conselho e auxílio de minha dama, uma vez que me encontrava extremamente perturbada. — Justificou-se a nobre dama.

— As declarações estão feitas. A rainha agiu em legítima defesa — Sentenciou o magistrado, encerrando assim o caso.

Gradualmente, os presentes foram se retirando do recinto, com exceção do rei e da princesa Wanessa. A soberana permaneceu oculta atrás da porta, a escutar atentamente.

— Como amigo do finado rei, ousaria sugerir à majestade atual que busque auxílio psicológico. Embora não seja especialista na área, pressinto a possibilidade de distúrbios mentais no rei, os quais poderiam afetar a rainha e torná-la vítima desses transtornos no futuro próximo. Há o risco de que a própria rainha venha a desenvolvê-los também. — Expressou com cuidado o confidente da monarquia.

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Os delicados dedos de Camila circundavam a cintura de Lauren, que, por sua vez, acariciava suavemente a nuca da nobre dama. A monarca suspirava com devoção, enquanto o imponente labirinto prometia guardar segredos mais profundos do que uma simples escapada malograda.

Com firmeza, a rainha conduziu Lady Cabello até a parede do extenso labirinto. O contato com a superfície gélida fez a dama estremecer, talvez mais pelo toque de sua majestade do que pela temperatura do lugar.

— Não me parece apropriado que duas damas se entreguem a afetos em um labirinto desprovido de conforto algum. — Pronunciou a rainha com autoridade.

— Então, vossa majestade não vê problema no afeto entre duas damas? — Questionou a Lady.

— Creio que esse não seja o ponto em questão para nós duas. Contudo, concordo plenamente quanto ao desconforto deste labirinto nestas circunstâncias. Venha... Há um lugar que desejo lhe mostrar.